Vieram lembrar "pecados velhos" !
Conheci, por dentro, a história da herança dos viscondes do Sardoal. A Perpétua era avó da minha mulher. Em tribunal, foram provadas as vigarices e subornos promovidos pelos outros herdeiros para retirar à Perpétua os direitos que lhe assistiam. A força do dinheiro até conseguiu subornar o então conservador do Registo Predial de Abrantes e os vários advogados que a Perpétua contratava. 
As limitações financeiras da Perpétua forçaram-na a um acôrdo que lhe atribuiu, apenas, a posse da propriedade no Paúl, que hoje me pertence.
Ontem, como hoje, o capital substitue a razão.

Caro amigo,

A história faz-se assim, aos poucos, decifrando velhas notícias dos jornais e desfiando a memória. Assim ficamos a saber que a D. Perpétua Pimenta do Avelar andou em pleitos pela herança da viscondessa do Sardoal e como  correu essa demanda e de como a propriedade do Paúl foi ficar na pertença do nosso amigo Sr.Lalanda.

O processo terá de estar no Arquivo Distrital de Santarém onde repousam todos os processos  antigos cá do burgo e cuja leitura constitui uma fonte de primeira ordem para a História de Abrantes.

Um filão quase inesgotável e pouco explorado. Talvez vá ler esse, mas primeiro vou ler o posto em 1974 pelo presbítero José da Graça contra a Junta de São Facundo, que terminou em bendita glória lá na terra, segundo me contou o falecido comandante de posto da GNR.

Para saber a história dos Viscondes do Sardoal, recomenda-se a bibliografia da especialidade.

A propósito qual era o ex-Ministro do PSD que estava casado (até há pouco) com uma descendente dos Viscondes?

Um dia destes vou beber um copo com ele.

Até à próxima, caro amigo

MN