Na sequência da discussão do famigerado caso da deslocalização da Farmácia da Bemposta, e da petição apresentada e discutida na Assembleia Municipal de Fevereiro passado, o Armindo Silveira fez esta declaração que pela sua firmeza, frontalidade e clareza merece todo o nosso apoio.
O que está aqui em jogo é naturalmente uma opção política que é decorrente do modelo de desenvolvimento escolhido pela maioria e secundado pelas forças do sistema: abandonar o campo e concentrar tudo no cabeço.
O que se esqueceram é que o feitiço se volta contra o feiticeiro, os chefes desta tropa, lá em Lisboa, aplicam a versão nacional deste modelo, concentrar tudo em Lisboa e em algumas capitais de distrito próximas ao litoral e abandonar o interior à sua sorte.
E naturalmente o cabeço começa a ver todos os serviços essenciais encerrados, como a Bemposta ou Alvega.
O Armindo peca apenas por caridade. Acha que os do poder actual municipal, e a sociedade civil organizada que os secunda, ''talvez'' não sejam incompetentes .
Ora são incompetentes em doses épicas.
Se houvesse uma epopeia da incompetência municipal seria uma epopeia cavaquista. A epopeia clássica, como a que Vergílio compôs (a Eneida) tem 10 cantos e foi este o modelo que seguiu Camões. Os Lusíadas segundo Cavaco têm 14 cantos. A epopeia da incompetência municipal deve ter pelo menos esses 14 cantos e mais alguns.
O Armindo diz que as posições laranjas e do PS não são claras. É natural.
Aliás que coligação tipo Bloco Central é que governa na Bemposta? PS/PSD.
Sustenta ainda com razão que quem deve receitar os medicamentos é o médico. É assim que diz a Lei. E assim deve ser.
Porque se continuarmos a defender que os amadores se devem dedicar à medicina, podemos fechar todos os serviços médicos do Pego e deixar que seja a bruxa a passar receitas.
Finalmente sob a autoridade da Fábrica da Igreja de São Vicente são distribuídos medicamentos no Convento da Esperança. Uma botica para trabalhar precisa de boticário, diz, sensata, a Lei. No Convento da Esperança a botica para trabalhar só precisa dum sacristão.
Se a moda pega a distribuição de medicamentos na Bemposta terminará a ser feita na sacristia da Igreja, por algum fervoroso crente.Ámen.
MA
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