Em nome de Deus e da Cruzada, abençoada por Sua Santidade, um tribunal militar condenou à morte Alexo Diz Jurado, médico de Tuy, que assistia às Doroteias do Colégio luso local, onde a vidente Lúcia, servia de porteira.

O facultativo, conotado com o partido Izquierda Republicana, de Azaña, uma formação ligada à Maçonaria, era um médico notável e tinha sido alcalde da galega terriola.

Era o médico da Santa e das Freiras. Pediu a intercessão delas, junto das forças nacionalistas, que limpavam a Galiza de ''bolchevistas''. Cousa simples, dada a tendência dos galegos para fascizarem.

Alguns tinham-se atrevido em Ferrol, que seria do Caudillo, a resistir. 

A limpeza custou 2.500 fuzilamentos só na terra natal do mais bravo dos Generais, Franco. Os resistentes tinham incendiado 15 igrejas e fuzilado 2 padres na província de Santiago. Os anarquistas, sob comando de Fandiño, defenderam a catedral, para que não fosse reduzida a cinzas.

Os que estavam nos cárceres, esperando a Justiça nacionalista, pediram apoio e clemência à Igreja. Foram dadas ordens expressas para que qualquer apoio lhes fosse negado.

O Dr. Jurado pediu o apoio de Lúcia e das Doroteias, recusaram-se a prestá-lo. Mas ofereceram-lhe um crucifixo para apaziguar os últimos momentos, face ao ''pelotón''. Morreu a gritar Viva Cristo Rei- conta o P:António Marujo,  no Expresso. 

E a Igreja de Lúcia apelou à Cruzada:

''A mão omnipotente de Deus suscitou o Movimento Nacional e a luta provocada por este não é uma guerra civil, mas uma cruzada patriótica e religiosa, para que Espanha não morra, para que não seja assassinada, como o ia ser pelo socialismo, comunismo, anarquismo, numa das guerras mais terríveis do Anti-Cristo''.'' (1)

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(1) Francisco Carballo, ''A Igrexa Galega''