Esta magnífica tese A bomba explosiva no Porto 1920-1927 retrata o boom bombista na Invicta e o papel dos amigos do abrantino e grande empresário João Augusto Silva Martins, conhecido por Martins Júnior, no uso do dinamite como forma de acção política. As acções bombistas visaram sobretudo padarias e indústrias de moagem. Mas houve azar, em 11 de Setembro de 1923 foi pelos ares a sede portuense do P.Radical porque os incautos enganaram-se a dosear as doses de pólvora.
Martins Júnior com Afonso Costa, 1910, foto Josua Benoliel, ANTT
O autor, Rui Miguel Lamas Pais, salienta que foram apreendidos explosivos, propaganda revolucionária e houve 3 mortos e foram feitas várias prisões. Objectivamente o bombismo tripeiro não pode ser só atribuído aos amigalhaços do poeta Martins Júnior. Andaram por esse campo sindicalistas revolucionários, anarquistas, membros da Legião Vermelha, etc.
As ligações entre o Partido Radical, Martins Júnior e o PCP de Carlos Rates aliás já estão estudadas.
Um dos atentados bombistas tripeiros mais curiosos foi contra a Santa de Arcozelo, já agora toda a bibliografia sobre a miraculosa, citada na Wikipedia, é obra dum ex-colunista do Jornal de Abrantes,Humberto Pinho da Silva.
O mais divertido de tudo é que o milionário Martins Júnior era um dos donos da Companhia de Moagem de Abrantes, a meias com o mano Henrique Augusto.
O que resta da moagem Afonso XIII da família Silva Martins
mn
finalmente: a tese citada faz um levantamento exaustivo dos bombistas tripeiros a partir de fontes primárias: os arquivos policiais, os nossos parabéns ao Autor
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