''Relativamente à administração territorial, Abrantes foi entregue ao domínio senhorial em 1476, com a nomeação de D.Lopo de Almeida como primeiro Conde da Vila. Este novo poder intermédio, concedido à única família nobre existente em Abrantes, foi aumentando durante toda a Idade Moderna'' (...)
Ana Paredes Cardoso, p. 14 do livro ''património edificado Centro Histórico de Abrantes''
O despautério continua.
O domínio senhorial já existia pelo menos 200 anos antes.
A Hermínia Vilar situou esse momento entre 1281-1287 com a doação do senhorio a Isabel de Aragão. D.Fernando atribuiu o senhorio a Leonor Teles, barregã do monarca e depois Rainha.
E parece-me que há uma doação a outra rainha antes.
Mas por razões de economia do post vou cingir-me ao período posterior a D.Dinis.
A doação a Santa Isabel foi efectiva?
Foi. Os notários locais, os tabeliães, intitulavam-se ''da Rainha'', diz Hermínia Vilar .
O primeiro Almeida a ter direitos senhoriais na vila não foi Lopo, mas o seu antepassado Fernão Álvares de Almeida em 1400 (Vilar. p.84).
O poder dos Almeidas não foi aumentando abruptamente ''durante toda a Idade Moderna'' , D.Manuel diminui-o drasticamente ao atribuir o senhorio da vila ao seu filho o Infante D.Fernando, Duque da Guarda, que viveu na vila e foi enterrado em São Domingos.
D.Manuel também não renovou o título de Conde de Abrantes, que só voltou a ser atribuído depois de 1640.
Devo parar as críticas a este espantoso parágrafo ?
Não.
A Senhora Ana Paredes Cardoso sustenta que os Almeidas eram a ''única família nobre existente em Abrantes''.
Como é que ela sabe?
Encontrou um nobiliário abrantino inédito de 1476?
Um nobiliário que escapou a Diogo Oleiro, Eduardo Campos e à Hermínia Vilar?
E a Alexandre Herculano que também esteve aqui rebuscando papéis velhos?
E a Anselmo Braancamp Freire, o dos Brasões da Sala de Sintra?
E ainda ao Marquês de Abrantes, depois de Braamcamp, o historiador que mais sabia de nobres?
Em 1396 sabemos que Fernão Martins Coutinho tinha casa no Castelo e herdades no termo. A lista do seu pecúlio está na Torre do Tombo.(Vilar, p.36)
Não era nobre o Coutinho?
A nobreza também se divide em categorias e dedicava-se às armas, com as chatices que isso traz.
Ora bolas, não serei eu que retirarei foro de nobreza ao Diogo Delgado, escudeiro, criado de D.João I, que pela Cristandade jazia cativo em terras de mouros.
Nem Afonso V lhe retirava esse foro.
Quem é a Paredes Cardoso para dizer que Diogo Delgado não era nobre?
Saberia ela mais que Afonso V?
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