É um dos grandes processos judiciais abrantinos de finais do dezanove, um processo de abuso de liberdade de imprensa, onde o Padre José Gonçalves, Capelão da Santa Casa, associado a Hermínio Dias Ferreira, resolveu exercer o seu múnus pastoral e a sua misericórdia, contra o director da ''Voz do Artista'', António Marques Farinha e o proletariado de que o Farinha se erigira em porta-voz abrantino
A voz do artista : hebdomadario defensor dos interesses do operariado / propr. Marques Farinha. - A. 1, nº 1 (25 dez. 1896) - a. 1, nº 38 (19 set. 1897). - Abrantes : M. Farinha, 1896-1897. - 46 cm.
(Biblioteca Nacional)
Marques Farinha foi um jornalista muito dado a conflitos judiciais e alvo de muitos processos e difamações (incluindo por parte dos republicanos, que viam nos socialistas uma concorrência `perigosa), inclusivamente foi preso.
No entanto o que Capelão misericordioso não esperaria é que o Advogado do Farinha fosse um dos mais famosos juristas católicos da época, o dr. António Lino Neto, que depois seria chefe do Partido Centro Católico, de que Salazar foi deputado na 1ª República.
O Capelão deve ter tido um ataque de nervos, quando viu o nome do defensor do socialista abrantino.
''Meu Deus! a Igreja está perdida, o Lino Neto a defender agitadores socialistas!!!!''
Apesar da vasta sapiência do dr. Lino Neto, o jornalista abrantino foi condenado.
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