Segunda-feira, 22 de Março de 2021

ALTERNATIVAcom

Comunicado | 22 de março de 2021



DEFINIÇÃO DA IDENTIDADE DE ABRANTES – A NOSSA PROPOSTA



Sabemos bem quem somos, mas, em termos institucionais, temos definido e comunicado mal a nossa identidade territorial. “O mundo pula e avança”, escreveu António Gedeão, e quem marca passo vai ficando paulatinamente para trás. O movimento ALTERNATIVAcom tem mostrado, com números, esta triste realidade; e apontado, com ideias, a maneira de a superar. Precisamos, definitivamente, de trilhar novos caminhos de liberdade, memórias, projetos e sensações.



A identidade é aquilo que permite reconhecer um território como único, distintivo e marcante. É a sua essência, o seu código genético, a sua vantagem competitiva face aos outros territórios, potenciando a capacidade de atração, satisfação e fidelização de visitantes. Ela contribui decisivamente para afirmar o território – suas pessoas e agentes económicos –, criar oportunidades e reforçar a resiliência perante as dificuldades.



Abrantes já foi a “cidade florida”. Deixou de ser, por não perceber que as conquistas precisam de ser defendidas, conservadas e renovadas. Já se propôs, sem consistência nem sucesso, afirmar outras identidades: capital disto e capital daquilo – centenária, do basebol, dos doces, da energia, da criatividade, etc. – sem capitalizar absolutamente nada, a não ser abandono e decadência (com fina ironia, houve até quem sugerisse “capital da ferrugem”).



Abrantes precisa de uma nova identidade – integradora e não segregadora – e, para isso, questionámos recentemente os abrantinos e escutámos a sua sensibilidade. Sem surpresa, recebemos contributos diversificados porque Abrantes tem uma riqueza tangível e intangível, natural e edificada, muito variada. Ou não estivéssemos nós no centro de Portugal e de importantes eixos de transição, cruzados por múltiplas vias de comunicação, culturas e influências socioambientais. Num certo sentido, como disse um dos cidadãos inquiridos, Abrantes é “Portugal inteiro”.



Não é por acaso que Abrantes alberga o RAME – Regimento de Apoio Militar de Emergência, um corpo único, moderno e de primeira linha do Exército, com intervenção nacional (e internacional) diferenciada em contextos militares e civis. Aqui, a grande e histórica via fluvial que é o Tejo une duas realidades geográficas e antropológicas distintas, deixando-se acompanhar ou cruzar por duas linhas ferroviárias (da Beira Baixa e do Leste) e por cinco vias rodoviárias principais (A23, EN2, EN3, EN118 e IC9), enquanto a albufeira de Castelo do Bode oferece um potencial turístico extraordinário, para além de assegurar o abastecimento de água e eletricidade (tal como a Central Termoelétrica do Pego) à capital e ao país.



A identidade territorial, tal como a pessoal ou organizacional, é multidimensional e multifacetada, ou seja, não é composta por uma única dimensão, seja ela flores, doçaria, gastronomia, azeite, tradições, desporto, localização ou património natural e edificado. A identidade do nosso território são todas estas fantásticas dimensões, mas aquela que emerge e se destaca, como a copa de uma frondosa árvore, bem ramificada e enraizada, é a da centralidade e encruzilhada de caminhos, dos “caminhos da diver-cidade”, de todos os caminhos que vão dar a Abrantes.



Bem o compreendeu quem encontrou em “caminhos” o conceito para uma rede intermunicipal de itinerância cultural. E Abrantes é inquestionavelmente, na região, a cidade que melhor corporiza esta ideia associada a centralidade, encruzilhada e diversidade, que, mais do que localização e dimensão, reflete história, património e orgulho de ser abrantino. Neste sentido, Abrantes é simultaneamente o meio, o fim (finalidade) e o princípio de tudo, sabendo os abrantinos que “para a frente é que é (o) caminho”.



O movimento ALTERNATIVAcom quer, pois, também neste caminho que nos leva às próximas eleições autárquicas, propor ao povo abrantino que esta seja a nossa identidade territorial, a marca que a próxima autarquia deve trabalhar para afirmar externamente Abrantes, com outra eficácia e outro benefício. Unamo-nos e inspiremo-nos – é este o nosso repto – à volta desta identidade, deste “leitmotiv” que a todos sirva e de que todos se sintam parte responsável.



Neste contexto, fará sentido apoiar a construção do novo aeroporto de Tancos, acelerar a extensão do IC9 a Ponte de Sor, com travessia do Tejo em Abrantes, patrocinar o Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo, valorizar o espelho de água e o Aquapolis (norte e sul), requalificar a envolvente das estações ferroviárias e apeadeiros do concelho, explorar o potencial turístico de Castelo do Bode e das estradas nacionais, em especial da Rota da EN2, e lançar uma iniciativa municipal – de investigação e debate – sobre Rotas Turísticas na Era Digital.



A ideia de “cidade florida”, sendo hoje necessária mas não suficiente identidade, merecerá também valorização enquanto indelével dimensão identitária, como ficou demonstrado na manifestação popular de 2019 em defesa do antigo Mercado. Nesse sentido, propomos aos abrantinos, não só florir a nossa cidade, como também recuperar a antiga Festa da Flor e instalar uma estufa-fria floral, visitável, num dos parques ou jardins. Sendo a nossa terra banhada pelas águas frescas do Tejo e poeticamente inspirada pelas suas Ninfas, sigamos as palavras de António Botto: “O mais importante na vida / É ser-se criador – criar beleza”.



Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.



Movimento ALTERNATIVAcom



publicado por porabrantes às 10:15 | link do post | comentar

ASSINE A PETIÇÃO

posts recentes

Faleceu o Dr. Henrique Es...

PSD reclama creches públi...

Trabalhadores do CRIA acu...

Coisas incomparáveis

25 de Novembro de 1975 (1...

CMA sem verba para mudar ...

Capelão contra o proletar...

Alfredo da Silva recebe o...

Arte abrantina a 80 euros...

A cunha que nomeou o Mati...

arquivos

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

tags

25 de abril

abrantaqua

abrantes

alferrarede

alvega

alves jana

ambiente

angola

antónio castel-branco

antónio colaço

antónio costa

aquapólis

armando fernandes

armindo silveira

arqueologia

assembleia municipal

bemposta

bibliografia abrantina

bloco

bloco de esquerda

bombeiros

brasil

cacique

candeias silva

carrilho da graça

cavaco

cdu

celeste simão

central do pego

chefa

chmt

ciganos

cimt

cma

cónego graça

constância

convento de s.domingos

coronavirús

cria

crime

duarte castel-branco

eucaliptos

eurico consciência

fátima

fogos

frança

grupo lena

hospital de abrantes

hotel turismo de abrantes

humberto lopes

igreja

insegurança

ipt

isilda jana

jorge dias

josé sócrates

jota pico

júlio bento

justiça

mação

maria do céu albuquerque

mário soares

mdf

miaa

miia

mirante

mouriscas

nelson carvalho

património

paulo falcão tavares

pcp

pego

pegop

pina da costa

ps

psd

psp

rocio de abrantes

rossio ao sul do tejo

rpp solar

rui serrano

salazar

santa casa

santana-maia leonardo

santarém

sardoal

saúde

segurança

smas

sócrates

solano de abreu

souto

teatro s.pedro

tejo

tomar

touros

tramagal

tribunais

tubucci

valamatos

todas as tags

favoritos

Passeio a pé pelo Adro de...

links
Novembro 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11

17

26
27

28
29


mais sobre mim
blogs SAPO
subscrever feeds