``Vamos lá sacudir a poeira que envolve a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) dos Carochos em Abrantes. A justificação municipal para a assinatura do contrato de concessão das águas residuais do concelho de Abrantes, em 2007, foi a “necessidade de assegurar elevados padrões na qualidade dos serviços, com a realização de avultado plano de obras e com um nível de empresarialização e eficiência, incomportáveis para o município...”
No concurso internacional previa-se servir 90% da população do concelho, com rede de saneamento, até 1 de Janeiro de 2010. A Etar dos Carochos, que estava incluída no anexo II, como obra de carácter obrigatório, foi inaugurada em Março de 2016, com honras de ministro e sub-secretário e oportunidade para a Presidente da Câmara de Abrantes baralhar e voltar a dar. Desta vez não disse que tinham saído 9 milhões dos cofre da Câmara, para despoluir o Tejo, mas realçou o facto de não ter havido apoio comunitário. Era só que faltava!
Nos primeiros cinco anos do contrato (2008/2013), a concessionária arrecadou 10.000.772,31 Euros - verbas consignadas através dos recibos da água – e, no mesmo período gastou apenas, 9 851 014,64 euros no plano previsto no contrato. Com o plano integralmente cumprido e um investimento de cerca de 10 milhões de euros, como afirma a autarca, não se compreende que tenha sublinhado não ter havido recurso a fundos comunitários.
A senhora deve andar obcecada com os fundos comunitários, uma vez que, o que era incomportável para o município, foi fácil de gerir para a concessionária, que conseguiu executar todo o plano de obras sem recurso a capital próprio. As verbas que arrecadou, só nos primeiros cinco anos foram sempre superiores ao valor dos investimentos realizados.
Em 2014 e 2015 a Abrantáqua deve ter arrecadado mais cerca de 3 milhões de euros que, esperamos, possam servir de pretexto para uma nova renegociação do contrato, no sentido de aliviar os encargos dos munícipes. Com a conclusão de todas as obras novas e uma receita média anual calculada por defeito, em 1,5 milhões de euros, até 2043, a concessionária vai encher os cofres e para os munícipes sobra manter os encargos da refeição que lhes foi servida pelos cérebros privilegiados da cambada que nos desgoverna.
O ainda dono do terreno onde foi implantada a nova Etar dos Carochos, voltou a ser “fintado” pelo esperteza saloia da edilidade. Por contrato, compete à Câmara disponibilizar os terrenos para construção das Etar mas, neste caso, a Abrantáqua negociou o terreno com o Sr. Jorge Dias, admitindo que a Câmara poderia assumir o lugar de compradora. Como se compreende, a concessionária pagou o terreno, sabendo de antemão que a conta seria apresentada à Câmara. Veremos se houve pagamento de luvas ao intermediário.
Artur Lalanda
O grande abrantino Artur Lalanda fuzila no Mirante a benta pança da Abrantaqua
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