Terça-feira, 27 de Julho de 2021

Em Junho de 1972, as BR faziam ir pelos ares 15 Berliets que a MDF estava a preparar para o Exército em Cabo Ruivo. Este é o comunicado:

COMUNICADO N. 3
ACÇÃO DE SABOTAGEM CONTRA A GUERRA COLONIAL REALIZADA PELAS BRIGADAS REVOLUCIONÁRIAS
15 CAMIÕES PESADOS BERLIET DESTRUÍDOS EM CABO RUIVÓ

Na madrugada do dia 11 de Julho, em Cabo Ruivo, as Brigadas Revolucionárias realizaram, com êxito, mais uma acção armada: 15 camiões pesados Berliet (franceses), que iam ser entregues ao exército fascista para servirem na guerra colonial, foram destruídos. O seu valor ascende a cerca de 15 mil contos.

Esta acção está na sequência das acções realizadas pelas Brigadas Revolucionárias na madrugada do dia 1.º de Maio, com a tentativa de corte de energia em parte do centro e em todo o sul do país, e da acção do dia 11 de Junho, de recuperação de centenas de quilos de explosivo, na pedreira entre Loulé e Boliqueime, no Algarve.

A acção do 1.º de Maio, que visava paralisar toda a actividade económica para que os trabalhadores comemorassem o seu dia, embora tenha sido realizada com os maiores cuidados técnicos, não resultou devido à uma alteração na potência do explosivo utilizado.

A recuperação do explosivo da pedreira do Algarve visou superar esta situação, o que foi totalmente conseguido. O guarda da pedreira, ao contrário do que afirma a nota da PIDE, foi tratado com todo o respeito, o respeito que nos merecem os trabalhadores, ao mesmo tempo que lhe foi explicado o significado e importância política de uma tal acção.

Com esta primeira acção contra a guerra colonial, as Brigadas Revolucionárias manifestam a sua profunda determinação de tudo fazerem para transformarem a guerra colonialista dos fascistas e imperialistas numa guerra revolucionária dos trabalhadores contra os seus opressores.

É na prática do combate contra o inimigo comum que se torna viva a solidariedade entre o povo português e os povos das colónias.

A acção armada das Brigadas Revolucionárias é parte integrante da luta geral dos trabalhadores portugueses pela revolução socialista. Contrariamente ao que pretende fazer crer o Governo fascista de Marcelo Caetano através dos comunicados da PIDE o proceso de luta armada é irreversível em Portugal.

A única alternativa para a tomada do poder pelos trabalhadores e o triunfo da ditadura do proletariado é a luta armada e não qualquer outra via, como pretendem ilusões reformistas, através de manobras de cúpula, desligadas das massas.

Caminhar firmemente para ligar num mesmo objectivo a acção armada e a luta de massas — eis a tarefa imperiosa que se põe a todos os revolucionários.

  • Luta contra o capitalismo e o seu aparelho de Estado fascista;
  • Luta contra o colonialismo e neo-colonialismo;
  • Luta contra a imperialismo.

VIVA A LUTA REVOLUCIONÁRIA ARMADA.

Lisboa, 11 de Junho de 1972.''

Segundo o D. de Lisboa desse dia não houve vítimas. Alguma bibliografia diz que a acção foi no Tramagal, o que é falso.

devida vénia   https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/brigadas/br_sec3.htm 

 

Ademais, em 1 de Maio de 1972, alguns postes de alta-tensão no Castelo de Bode também foram pelos ares.

O deputado Calapez Martins (que tinha sido oficial no RI2) pediu a restauração da pena de morte para os responsáveis destes e doutros atentados bombistas. Era Janeiro de 1974

mn

 

 


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