Era 25 de Outubro de 2007. Eram 15.10.  Na pompa salazarista da Assembleia da República, no meio dos dourados e dos veludos vermelhos, ia-se ouvir o Sr.Dr. António Luís Teixeira Guerra Nunes Mexia, Presidente da EDP, que o Dr.Santana Lopes, num golpe de génio alcandorou ao lugar de Ministro das Obras Públicas.

Iria falar do maldito enxofre pegacho:

'' (...) Depois, por questões de regulamentação de instalação de equipamento para tirar o enxofre, as centrais têm que parar, e o que estava estabelecido por lei internacional, que tem a ver com prazos, houve grupos, em Sines e no Pego tiveram de parar para fazer a instalação e, portanto, o que é que aconteceu? A capacidade de gerar electricidade em Portugal reduziu-se, porque tivemos que parar para meter os crubers, ou seja, tem que ter um equipamento, onde, aliás, só para se ter a noção, a EDP está a investir 300 milhões de euros em três anos, para reduzir as emissões, só que enquanto está a tirar o equipamento, pára. E, portanto, o que é que isso faz? (...)

O sr. Dr.Nunes Mexia estava muito enxofrado, porque havia que desenxofrar o Pego.

Os malditos ecologistas, capazes de todas as infâmias, como diria o Trump, obrigavam a limitar as emissões de enxofre prá atmosfera.

Ou seja ,ao contrário do que nos venderam, as centrais pegachas estiveram a lançar enxofre a mais, desde que as abriram, com a cumplicidade de 50 génios que votaram a favor delas na A.Municipal abrantina, violando aparentemente as regras internacionais.

Mais que os problemas de polícia que actualmente enxofram o sr.Eng Nunes Mexia, a mim preocupa-me o enxoframento que, a partir do Pego, sofreu Abrantes e a nossa região.   

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