Um dos objectivos do blogue tem sido o de recordar abrantinos injustamente desconhecidos e nalguns casos difamados na praça pública ou em publicações (algumas camarárias) e fazer com que se corrigisse injustiças históricas.
Recordámos Diogo Oleiro, o seu papel essencial na defesa do Património Histórico e na História abrantina e conseguimos forçar os caciques a homenageá-lo na praça pública.
Fizemos o mesmo com o General José Garcia Marques Godinho, morto pelo fascismo e que só tinha sido alvo duma homenagem pública cá na terra, salvo erro em 1974, por iniciativa de Francisco Correia Semedo.
Na Zahara, nº 16, Candeias Silva evocou o General como republicano, esquecendo-se o seu papel como anti-fascista e a morte sob prisão no Hospital da Estrela, a prisão da viúva e de alguns filhos.
Ilustrou a coisa com uma foto retirada deste blogue.
Crismou Fernando Godinho como engenheiro técnico agrário, quando era regente agrícola e sempre dizia, cáustico, que daria duas bofetadas a quem o promovesse a ''engenheiro''.
Na Zahara, nº 25, o dr. António Alpalhão evoca o percurso de Marques Godinho de forma interessante e conta a história, já aqui referida, da sua morte polémica bem como a adesão do oficial à Maçonaria, publicada pelo Prof. António Ventura.
O autor cita muita bibliografia aqui divulgada e tem a bondade de nos referir e a outros blogues, designadamente para os locais ao ''Coisas de Abrantes'', do sr. José Vieira e ao ''Coluna Vertical'' do Dr.Santana-Maia.
As imagens publicadas já as conhecia excepto esta
que na net anda publicada neste blog.
Marques Godinho é o 2º a contar da direita..
À morte do oficial-general andam associadas as cartas trocadas entre ele e Santos Costa, que a família e Adriano Moreira consideravam ser prova das simpatias nazis do Ministro.
Diz o dr. Alpalhão que nas cartas conhecidas ''(...)não há nada de muito significativo que comprometa Santos Costa''. (...) . Contudo, o autor de ''Salazar, uma Biografia Política'', Filipe Ribeiro de Menezes, citando um documento da Torre do Tombo, mostra que o Ministro deu ordens explícitas a Godinho para se opor ''manu militari'' a um desembarque americano.
Era isto que o Governo queria impedir que se soubesse. A resistência a tiros aos ianques teria atirado Portugal para o campo do ''Eixo'', contrariando a política de neutralidade de Salazar.
Agiu nesta carta S.Costa por iniciativa própria, sem conhecimento, do Ditador?
E por isso, Salazar fechou as cartas à chave?
Provavelmente.
O despacho à margem nega que elas sejam apensas ao processo.
Gostámos do artigo.
Só falta que outro autor venha agora na ''Zahara'', desmentir as ligações à Ditadura do Prof. Duarte Castel-Branco, que o director da publicação lhe atribuiu, quando o arquitecto foi um homem activíssimo no MUD.
ma
ps- Muito interessante o artigo, no mesmo número, do Armindo Silveira sobre o ''Mercado Municipal''
Documentos:
extracto de ''Salazar. Uma Biografia Política'' de Ribeiro de Menezes.
extracto de documento da Torre do Tombo
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