Foi um êxito a visita de D.Duarte à Igreja de S.João de Abrantes, que a sua antepassada Isabel de Aragão, mulher de D.Dinis de Portugal, o rei que trovou rimas e bastardos, plantou pinhais e fez a guerra, mandou ampliar e tomou sob sua protecção.
Tinha a Rainha Isabel o direito de padroado sob a Igreja ou seja indicar o Prior que presidia a 6 curas, porque a Igreja era Colegiada.
Em 1288, por graça da Rainha, era Prior João Eanes que não sabemos se tinha barregã ou seja amásia.
Pode ter tido, há uma escritura medieval onde outorgam os Priores de S.João e São Vicente para delimitarem as fronteiras das Paróquias, onde as barregãs respectivas são testemunhas.
Sabemos o nome delas.
Agora o Prior de S.João para outorgar escrituras sobre S.João leva outro tipo de testemunhas e declara não saber que a Rainha, que o Vaticano elevou aos altares, tornou S.João de humilde capela em grande Igreja.
Certamente que o Prior João Eanes, mesmo que tivesse barregã, não declaria isso a um tabelião de 1288, porque lhe custaria o cargo.
Isabel de Aragão podia ser Santa, mas não era tonta e exerceria justiça como Senhora da Vila. Não poderia no entanto mandar pendurar o Prior João Eanes numa corda à porta da Igreja ou castrá-lo, como fez o seu neto Pedro, o Cru, a certo escudeiro que na Vila de Abrantes abusara de uma mulher.
O Senhorio de Isabel tinha limitações, a pena de morte só podia ser ditada pelo Rei.
Ontem o Prior que ousou omitir o nome da Rainha Santa duma escritura prestou vassalagem a Duarte de Bragança e fez uma intervenção caracterizada pela falta de educação, incultura e ousadia.
Incultura, porque disse que Nuno, Conde de Ourém, antes de entrar em religião se despojara dos seus bens e os dera à Igreja.
É mentira.
Nuno sabia que não podia fazer isso. Nuno tinha uma filha, herdeira legítima, que não podia ser deserdada. Nuno entregou os seus bens à filha e entre esses bens estava o Castelo de Ourém, ainda hoje propriedade da Fundação da Casa de Bragança.
Nuno entregou à filha metade do Reino. E casou-a com Afonso, bastardo de
D.João I, que depois foi Duque de Bragança.
Nuno fez liberalidades com os seus bens, mas não os deu à Igreja.
Deu-os aos seus homens de armas que de Abrantes, abandonado um rei cobarde, marcharam com ele para a Jornada de Aljubarrota.
À Igreja que estava vendida a Castela, tratou-a Nuno como se deve tratar.
Do alto da Sé de Lisboa o povo e os homens de Nuno atiraram um Bispo vendido a Castela.
E como um rafeiro morreu o tipo e o povo de Lisboa ultrajou o seu corpo, como ultrajaria a Miguel de Vasconcelos, enquanto gritava : Viva o Mestre!
Foi ainda deselegante o Pároco com D.Duarte de Bragança. .
Que se esperava do homem que insultou, ingrato, Santa Isabel de Portugal?
Disse ainda o Prior, que não é infelizmente gago, ''que não se deve dizer mal das pessoas''.
Já terá feito penitência pela longa lista de insultos que dirigiu ao Sr Dr.Jorge Moura Neves Fernandes, nas páginas do Jornal de Abrantes, onde levou o correctivo merecido?
Em 1292 era Prior de S.João um gago..
Pena que o actual não seja também gago, poupava-nos a ouvir sandices.
mn
bibliografia Hermínia Vilar, Abrantes Medieval,
citação: o Arqueólogo Portugu[es XVI-XVIII
História
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montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
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