Que sabíamos nós sobre a História das freguesias de Abrantes?
Quase nada.
Nesta tese, a drªNádia Raquel Mendes Lopes, dá-nos um retrato da freguesia da Bemposta no século XVIII.
A drª Nádia é professora na Escola Superior de Educação de Santarém.
A tese leva o nome ''Natalidade e mortalidade na Freguesia da Bemposta em finais do Antigo Regime (1752-1800)'', foi defendida em 2017 na Universidade de Coimbra.
Deu-me um gozo monumental ler a tese e aprendi muito.
Com base num estudo sistemático e comparado dos assentos de nascimento da paróquia local, responde a investigadora:
Donde é que vinham os homens que foram casar à Bemposta, no dezoito?
Quantos escravos havia?
Houve neste período 4 nascimentos de filhos de mães escravas, sendo o último, em 5 de julho de 1774, como a Lei de 1773 tornara livres os ventres, já nasceu livre. (1)
Tendo em conta a população da freguesia, a escravatura era residual.
Quantos nascimentos houve em Água Travessa nestá época?
Bastantes mais que na sede da freguesia?
Nasceram 174 pessoas nesta terra e só 63 na sede da freguesia.(2)
Ou seja a Água Travessa era muito mais povoada e dinâmica que a Bemposta.
Quais eram os Casais ocupados?
A tese mostra qual era ocupação dos vários casais da zona, que ainda são sede de explorações agrícolas importantes, como o Casal das Tojeiras ou Cadouços.
Naturalmente tenho de agradecer à drª Nádia este importantíssimo serviço à nossa história local.
Um dos trabalhos mais importantes de história abrantina nos últimos 20 anos!!!!.Merecia uma edição em papel.
Chapeau.
MA
(1) pag 39 da tese
(2) pag 29 da tese
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