Na nossa benemérita actividade de reunir apontamentos dispersos de história abrantina não podíamos deixar de dar atenção aos lugarejos do Pinhal como Água de Casas.   Manuel Francisco, que morreu em 12 de Agosto de 1919,  em Newport (USA) , foi um de tantos emigrantes abrantinos que demandou os USA nos inícios do século XX. Deixou quase 3 contos de réis, amealhados em dura labuta a seu Pai, José Francisco

A Capital, Março de 1921 

Uma busca mais aturada dos familiares nos registos de emigração ianques, que estão on-line permitirá aos interessados encontrar mais dados. 

Por mero acaso encontramos o documento que mostra quem era o feudal que mandava em Água das Casas, terra do Martinho Gaspar, que dissertou sobre o lugarejo

Eram terras de gente ilustre. De  Fernando Martins Coutinho e de sua mulher D.Leonor de Sousa.

Uma velha e ilustre linhagem de grandes pergaminhos abrantinos, com casa dentro da cerca do Castelo.

O documento está datado de 1576 e está na Torre do Tombo.

Já pode o Gaspar fazer novo opúsculo, referindo que os de lá eram servos de gleba dos Coutinho.

Obviamente é uma boutade, os últimos servos de gleba desapareceram em Portugal no século XIII.

Somos terra de gente livre, na Catalunha ainda em 1486 os servos se revoltaram e lançaram a guerra civil para terminar com os mal utsages

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ps- Eduardo Campos e o Silva identificam a ''Água das Casas'' como citada no chamado ''Tombo da Estremadura'' em 1396. De facto o documento é o ''  CADERNO ONDE ESTÃO LANÇADOS TODOS OS BENS E PROPRIEDADES QUE FERNÃO MARTINS COUTINHO E SUA MULHER D. LEONOR DE SOUSA TINHAM EM MAFRA, ERICEIRA, ABRANTES E EM TODAS AS MAIS TERRAS DA ESTREMADURA.''  O ANTT data-o de 1434.