
O Diário Ilustrado chama ao Ministro da Fazenda, o Mariano, o ''galopim'' Carvalho por o tipo andar a tentar (com a cumplicidade do famigerado juiz do Mação, supomos que o Abílio de Sá) a tentar comprar votos no Mação, como veremos.
Quanto ao Bento (de Sousa), agente do Carvalho, diz-se que ele é pior que o acreditado picador duma afamada praça de touros (antes do Campo Pequeno, a praça mais popular era a do Campo de Santana)
Chama-se com todas as letras mentiroso ao Ministro da Fazenda e pior que isso diz-se que ele é ''um reles caluniador''.
Insinuara o Mariano

que Avellar Machado fizera uma aliança com Ramiro Guedes para dar uns lugares de Vereadores aos republicanos, a troco do seu apoio eleitoral nas eleições parlamentares.
Nunca nenhum historiador abrantino referiu o pacto de 1886 entre o Guedes e o Avellar. Deve ser porque seria secreto.
Em 1886, um jornal podia chamar ''reles caluniador'' a um Ministro todo poderoso e nenhum tribunal multaria o jornalista, por exprimir uma opinião.
Em 2016, um Juiz de Abrantes atribuiu um castigo de 1.000 euros a Jorge Dias por chamar mentirosa a Maria do Céu Albuquerque.
Ou seja havia mais liberdade em 1886, no reinado de D.Luís, que há agora.
Espero não ser multado pela opinião.
O Avellar era colega parlamentar e de profissão (eram os 2 engenheiros militares) e não teve pejo em mandar chamar ao Mariano, coisas graves e divertidas. A monarquia liberal era assim, um regime de liberdade, quer queiram ou não os historiadores da treta, que nem sequer leram os jornais da época.
mn
Diário Ilustrado, 1886, Novembro,8
No mesmo Diário Ilustrado um médico abrantino, o dr .Zeferino Falcão, dono da Quinta de Santa Bárbara, anunciava consultas grátis para os pobres.
Vai isto dedicado ao neto dele, dr. José Risques
Era 1886 e Zeferino era um dos mais reputados médicos do seu tempo.E o melhor especialista em doenças de pele na época. Foi ele que revolucionou o tratamento da lepra..
ma
Galopinar é roubar votos. Usar a justiça como arma eleitoral é legítimo? O Diário Ilustrado achava que não, para o caso de Emílio Segurado. Mas que ainda hoje tentam usar a justiça como substituta dos sórdidos galopins do século passado, lá isso tentam usar.....que os visados(as) enfiem a carapuça !!!!
ma
Há homens com tomates. O Notário Emílio Segurado mandou às malvas os superiores, designadamente o Ministro da Fazenda e recusou-se a pagar as multas , porque achava que só o tinham condenado...por um crime......ser cunhado de Avellar Machado!!!!
O Segurado como o Avelar eram regeneradores. O tabelião (que era valente) achava-se perseguido pelo ministro duma situação progressista, que se chamava Mariano de Carvalho, já aqui falado e com grossa influência política no Distrito de Santarém, sendo putativo inimigo de Avelar Machado.
Curiosamente o Segurado consultara Advogados progressistas como Hintze Ribero e outro jurista, o abrantino Ludgero Moreira, que foi o homem que comunicou ao empreiteiro Zé Peres, que o famoso Bordalo Pinheiro o imortalizara como Zé Povinho.
O advogado contratado para demandar o ''Diário Popular'' era Afonso Lopes Vieira, pai do poeta homónimo.
Como é que isto terminou?
Aguardem os próximos capítulos.
Se calhar vai devagar, que a marcha da justiça é sempre lenta.
ma
fontes:D.Ilustrado; TUBUCCI
1. Mocinho de recados.
2. Vadio.
3. Garoto.
4. Trampolineiro.
5. Beleguim.
6. Angariador assalariado de votos em ocasião de eleições.
7. Galope curto e cadenciado.
D Ilustrado 5 de Maio de 1886
Ainda não descobrimos qual foi a sentença do Tribunal. O P.Manuel Martins, que defendia os assassinos à borla, era pároco duma das Igrejas locais e dirigente do P.Progressista.
Ah! e jurista, tendo deixado obra publicada.
O Dr.Martins fazia parte duma afamada família de sacerdotes, que foi muito influente em Abrantes. Eram todos do Sardoal, todos adversários políticos de Avellar Machado e faziam uma santa trindade: Cónego Silva Martins, o jurista Manuel Martins e o Padre Raposo. O Sardoal com memória explica bem isto.
mn
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