1907. Fábrica do industrial Alfredo da Silva, adquirida a uma família francesa que criou das primeiras grandes unidades industriais deste ramo.
Foto do livro de Joaquim Vieira, ''Fotobiografia de A. da Silva''.
Convém consultar esta magnífica página abrantina Azeites de Portugal um bem sem igual'' de Ana Monteiro, que nos faz amável referência, que agradecemos.
ma
Nesta carta de Julho de 1907, José Relvas propõe a Bernardino Machado a realização de conferências de agitação e propaganda em várias localidades do Distrito, algumas delas na nossa região e em Abrantes, designadamente
O fidalgo d'Alpiarça de incansável agitador republicano terminaria em frontal inimigo de Bernardino.
Já se publicou nota duma carta dele a Ramiro Guedes onde propõe o golpe militar como único meio para terminar com a ditadura dos democráticos.
ma
Na sequência duma ronda de comícios pelo Médio Tejo, os republicanos terminam as jornadas de propaganda em Abrantes.
Era Fevereiro de 1907, depois do comício na Praça de Touros, cedida gratuitamente pelo lavrador Franco.
No Hotel Comercial há um banquete. Anima a festa a Tuna Rossiense.
Preside Ramiro Guedes, tendo à direita Bernardino Machado e à esquerda António José de Almeida.
Falaram José Eugénio Nunes Godinho (Constância), Guilherme Godinho (Almeirim), Bernardino Machado, Ferreira Caiado, Justo da Paixão, Anselmo Xavier, Pereira Camacho, Manuel Esteves, Martinho Costa, Pedro Paulo de Carvalho e António José de Almeida (etc)
Presentes: Adolfo Augusto Fernandes, António Farinha Pereira, Fernando António Assis, António Augusto Salgueiro, José Heitor Marques, Aurélio Netto, João Lopes Gueifão, Ramiro Guedes, Manuel Oliveira Netto, Joaquim M. Almeida Beja,Manuel Lopes Esteves, António Ribeiro Gomes dos Santos, João Alves Matias, José Eugénio Nunes Godinho, Manuel Caldeira Queiroz, Pedro Paulo Carvalho (os dois das Galveias), João Rodrigues dos Santos, António C. Alcaravela Júnior, José António dos Santos, Manuel João da Rosa, António Martinho da Costa, Alarico Alves Ferreira, Luís Marques Pires, Justo DR da Paixão, Virgílio Bastos, João Pereira, Joaquim R.Sequeira, Artur R.Sequeira, José Mendes, Zeferino A. da Silva, Artur Jorge da Silva, Valente Júnior, Silvério da Silva, Manuel J.S.Bastos, Francisco Cardoso e António Laurentino da Cunha.
(''O Mundo'' de 3 e 4 de Fevereiro de 1907)
Ilustram o artigo fotos com destaque de Justo da Paixão e António Farinha Pereira e ainda fotos dos netos de Ramiro Guedes, com Bernardino e António José de Almeida.
António Farinha Pereira
No Jornal de França Borges, a quem é dedicado um ''toast'' pelos presentes no Banquete, não se refere qualquer promessa de elevação da Vila a Cidade.
Se repararem bem faltaram ao banquete o João Damas..e o militar António Maria Baptista, que vão ter cargos importantes, depois do 5 de Outubro, mas a lista dos presentes é quase da lista dos republicanos históricos abrantinos e da região em 1907 ....
ma
PS- só dei com isto graças a D.Maria Justina Bairrão Oleiro, que soube preservar o Arquivo do seu Pai, a ela o meu obrigado
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O Gaspar, Martinho de seu nome, escreveu uma coisa sobre a República abrantina, lendo o Jornal de Abrantes.
Órgão da propaganda jacobina local, onde escrevia o dr. Baltazar Teixeira, que ainda conheci.
O Candeias dissertou na Zahara sobre as ''élites'' republicanas.
Mas era a arraia-miúda local, havendo apenas um vulto, Ramiro Guedes, com contactos na direcção nacional do movimento.
Nenhum deles conseguiu encontrar as redes de poder e compadrio, que ligavam as verdadeiras élites abrantinas aos centros de decisão.
Quem é que tinha boas relações com os chefes?
Um jovem matemático e militar, dado ao caciquismo, Avellar, dizia Oliveira Martins que nada se mexia na região de Abrantes, sem ordem do cabo eleitoral
Aqui vai a prova da boa amizade e das relações de compadrio do líder regenerador local, General Avellar Machado com o dr. Bernardino Machado.
Tinha estado o Bernardino em Abrantes, em Fevereiro, fazendo ''propaganda democrática'' na Praça de Touros. Depois tinha havido um ''banquete'' no Hotel Comercial, com muitos discursos e a banda do Rossio, a afamada Tuna Rossiense, a tocar a Marselhesa.
Mas não é isto que preocupa o Avellar, que trata por tu, ''o caro Bernardino'', tem o General de se preocupar com gerir uma cunha a favor duma colocação militar de Carlos Alberto Garcia Moreira da Silva e vai dando conselhos e gerindo a coisa.
Não quer desagradar a quem mete a cunha, o ''caro Bernardino''.
Portugal é isto, o país da cunha, onde se saltam os concursos, se prostitui a Lei, onde os maus costumes permanecem eternamente, apesar das mudanças de regime.
Donde vinha a amizade entre os 2?
De Coimbra, dos bancos da Universidade?
Da política? O Bernardino tinha sido Ministro Regenerador e decerto cozinhara fraudes eleitorais com o Avellar.
Do Parlamento? Os 2 tiveram assento na Câmara dos Pares do Reino.
Morreu o Avellar antes do 5 de Outubro. É uma chatice, não teve tempo de adesivar e de ser Ministro republicano, sob a batuta do ''caro Bernardino'', ex-bastião da Monarquia e ex-par do Reino.
ma
Fábrica de Azeite de Alfredo da Silva (Alferrarede) (1907)
Publicada no Livro '' Alfredo da Silva'', de Júlia Leitão de Barros e Ana Filipa Silva Horta, Circulo de Leitores, Lisboa 2002, com a devida vénia
Publicar Histórias de Abrantes sem operários ou camponeses, é digno dos anti-fascistas da treta que por aí proliferam.
ma
Em 21 de Junho de 1907, D.Carlos visita Abrantes, em plena crise política (era a ''ditadura'' de João Franco). Em Fevereiro, tinha havido um grande comício republicano na Praça de Touros. Pelas mesmas datas José Relvas aderia ao PRP e abria o Solar dos Patudos à propaganda republicana. Em 1906, os republicanos tinham tido cerca de 300 votos no concelho, frente a cerca de 800 dos dinásticos. Era Presidente da Câmara, o dr. Bairrão (regenerador). Formara-se o núcleo local dos franquistas, regeneradores-liberais, onde apareciam o solicitador Almeida Frazão, e alguns militares como Jacinto Carneiro e Silva e Abel Hipólito.
O correspondente local do Diário Ilustrado (franquista) é um importante vulto local, muito ligado a João Franco.
D.Carlos vinha visitar as unidades militares e seria hóspede do Conde de Alferrarrede.Com ele, o General Vasconcelos Porto, Ministro da Guerra e ferrenho franquista.
Por isso, Alferrarede teve uma importância especial na visita, o Rei visitou as fábricas que agora se concentravam no arrabalde da cidade, mas teve uma surpresa, quando descia a Ferraria, hoje R. 5 de Outubro ,teve de passar pela casa do influente republicano, António Farinha Pereira
No muro a seguir rubras e garrafais letras proclamam:
Viva a República!
O Vicente Themudo era o dono do Tainho e Pouchão. Da visita ao Sardoal temos foto e descrição no site Sardoal com Memória, que explica a polémica com os jornais republicanos abrantinos e as circunstâncias políticas da visita.
E temos uma extraordinária foto
Ilustração Portuguesa
A visita foi breve a 22 El- Rei demandava Lisboa
Ao mesmo tempo, João Franco desafiava os republicanos e a oposição monárquica (dissidentes do Alpoim, Regeneradores e Progressistas do velho cacique José Luciano) visitando o Porto e o latifundiário dos Patudos, herdeiro duma família que acolhera regiamente na Golegã, os marechais do liberalismo, depois da vitória da Asseiceira, recebia os seus novos amigos no palacete
e incendiava a Praça de Touros de Santarém, enquanto o Rei se assegurava da fidelidade das guarnições abrantinas.
As mulheres de Ribatejo escutando o tribuno. As fotos são da Ilustração Portuguesa e as do comício republicano, do grande fotógrafo Josua Benoliel.
mn
bibliografia : Eduardo Campos- cronologia para os dados eleitorais, Rui Ramos, D.Carlos, para enquadrar o contexto.
Depoimento oral do Dr.José Guedes de Campos
etc
no Archeólogo Português (1907)
O texto deve ser de José Leite de Vasconcelos
mn
Já não me lembro de quem foram os ignorantes que fecharam as bibliotecas das Freguesias, Rossio, Alferrarede, Tramagal, etc
Mas podemos saber quem fundou uma das primeiras Bibliotecas no Rocio de Abrantes
Foram os militantes do PRP- Partido Republicano Português
mn
devida vénia a
Desafiamos os historiadores a encontrarem na foto o dirigente republicano abrantino Ramiro Guedes.
É um comício republicano em 1907.
Para ajudar dizemos que está entre o Justo da Paixão e o Manuel João.
Solano de Abreu não está. Ficara em Abrantes a preparar a candidatura progressista.
mn
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