1914. Justo da Paixão é Presidente da CMA. Na Vereação, o seu pior inimigo, Manuel Valente Júnior. São os dois democráticos mas odeiam-se. Boa parte da política local até 1930 vai ser marcada pelo ódio entre os dois.
A empresa ''Matos e Roldão'' consegue com aval do Justo, uma licença para construir em Alferrarede uma fundição de ferro que se destina à fabricação de máquinas ágrícolas. Será uma concorrente da Duarte Ferreira e da Fundição do Bom Sucesso do Rossio, dos Soares Mendes.
O Justo acha que é um bom investimento para o concelho, Alferrarede é uma área industrial em pleno desenvolvimento, interessa-se pela coisa e consegue que o Governo Civil defira a licença.
O Valente anda pelas gazetas propondo a elevação da vila a cidade, faz essa proposta na CMA a 13 de Abril, mas também vocifera pelos jornais , corredores do poder e tribunais (toda a vida andou metido em querelas judiciais) contra a nova indústria.
Há outro motivo, diz que querem instalar o forno perto da sua casa e que aquilo pode explodir.
As outras fundições locais têm os fornos nos centros urbanos do Rossio e do Tramagal e não explodiram, argumenta o Justo e o Governador.
O Valente acha que há uma conspiração contra ele, meteram-lhe a fábrica ao lado de casa para não o deixarem dormir, da mesma forma que em 1908 sonegaram as actas da Comissão Política do PRP, para que ele não fosse nomeado Vereador depois do 5 de Outubro.
Andou aí a mãozinha do Justo.!!!!!
Alicia um vizinho (Manuel dos Santos Vitória) e vai ao Supremo Tribunal Administrativo. Este despacha o assunto para o Governo.
Pelo Decreto nº 15034, de 27 de Abril de 1915, feito especialmente para contentar o cacique, é proibida a Fundição de Alferrarede.
O Valente pode dormir descansado.
O Eduardo Duarte Ferreira e o Soares Mendes também. Não haverá....por agora mais concorrentes. .
ma
Anuário de 1915 da Ohio Northern University
mn
Em 1915, um missionário (?) protestante escreve do Rocio de Abrantes a Henrique Tavares, dando-lhe conta da sua pregação na terra onde havia uma florescente comunidade protestante.
Há outros postais do mesmo remetente, doutras terras do Ribatejo para o Tavares e neles há referência, já em 1915, ao Senhor José Rodrigues Couto, do Rossio, marido da estimadíssima professora de inglês, D. Judite Couto, que foi um incansável propagandista protestante e polemista anti-católico (há um livro dele pondo em causa a Virgindade de Maria, que enfureceu nos anos 60 o clero católico), e ainda desempenhou durante largos anos funções equiparadas a Pastor ( embora não o fosse, mas havia falta de titulares) na Igreja do Rossio.
Um homem notável, anfitrião e guia de muitos ingleses que visitavam a região. A mulher, uma notabilíssima professora.
Da bibliografia que o Senhor José Rodrigues Couto deixou, uma pequena amostra:
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devida vénia ao Porbase para a Lista dos livros
Agradeçam ao Justo da Paixão
mn
O postal foi metido no correio em 1915. O remetente diz assim: ''Foi eleito Presidente da República'' o nosso parente Bernardino Machado
Fala duns livros de Sylvio Romero, importante escritor brasileiro, e que tinha estado em Joane, localidade ligada à família Guimarães, a quem D.Luís deu um título. Bernardino Machado era filho do 1º Barão de Joane e era normal que tivesse relações no Brasil, porque nasceu lá.
O postal vende-se no Rio.
ma