Em 3 de Junho de 1917, um grupo de Arciprestes, reunidos em Abrantes, enviam um telegrama a António Lino Neto.
Além disso fizeram um protesto colectivo contra o padre polígamo António Ribeiro que vivia amancebado com 2 tipas em Portalegre e desafiava a autoridade do Bispo, como hoje faz o Graça das seringas e então fazia o padre cismático das Mouriscas, Henrique Neves.
Lino Neto tomara a defesa da posição ortodoxa e os maçons de Portalegre, comandados pelo barão de Gafete, andavam a criticá-lo.
José Lúcio Gouveia, o barão republicano.
Disseram os arciprestres:''
«Arciprestes diocese Portalegre reunidos Abrantes congratulam-se e felicitam V. Ex.ª sua attitude caso Padre Ribeiro Portalegre». (1)
Lino Neto era o grande vulto do partido católico.
Recomendamos uma leitura da tese citada para quem se interessar pela história da Igreja durante a República e o papel do político do Mação na defesa da Liberdade Religiosa.
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(1) in João Miguel Furtado Ferreira d’Almeida, CATÓLICOS E POLÍTICA NA CRISE DO LIBERALISMO:O PERCURSO DE ANTÓNIO LINO NETO (1873-1934), tese de doutoramento na Univ Nova de Lisboa, 2014.
Foi deputado à Constituinte de 1911. Militou depois no Partido Unionista de Brito Camacho. Foi senador durante a República. Deu especial atenção ao associativismo abrantino, designadamente ao Montepio Soares Mendes.
Era natural de Abrantes, de família pobre e graças ao seu esforço tinha nas vésperas da República, uma posição destacada na Companhia de Tabacos.
Biografia a desenvolver quando houver mais tempo.
Mas já agora deixemo-lo fuzilar Afonso Costa:
(...) ''No ano da graça de 1916-1917, quando o país se encontra na miséria, quando se verifica que há falta de pão, que há fome, nós verificamos este caso extravagante do Sr. Ministro das Finanças apresentar ao Parlamento um superavit, ou no dizer de S. Ex.a, visto que o termo já vai estando desacreditado, um excesso de receitas sobre as despesas!
Eu não quero proferir a frase que está no meu espírito, para não faltar ao respeito que devo à Câmara, mas isto não passa duma mistificação e dum insulto atirado à miséria pública.
Nós verificamos a miséria em que todos se debatem, estamos comendo um pão detestável, e em alguns pontos da cidade já se fez sentir a falta dele, o que originou várias colisões entre o povo e a polícia; nós vemos, pelo que respeita ao decreto da iluminação, que se tem levantado protestos por parte de todos; nós vemos que todos esses problemas que afectam a economia pública estão por solucionar por parte do Governo, e é neste' momento que o Sr. Ministro das Finanças apresenta um Orçamento, que não discuto, porque não está em discussão, apresentando um saldo positivo de 50 e tantos contos.
Sr. Presidente: eu não me quero alongar em mais considerações, pois muito mais teria a dizer, mas careço estudar detalhadamente os motivos que determinaram estes gastos com despesas de guerra.
Careço de saber detalhadamente as razões desta venda.
Não tenho dúvida que os contribuintes estão dispostos a fazer todos os sacrifícios, mas é bom considerar as circunstâncias angustiosas em que eles se encontram'' (...)
30 de Janeiro de 1917
mn
bibliografia: artigo de Diogo Oleiro
postal da época da República
caricatura via Almanaque Republicano
discurso: ortografia da época
O Capitão Gorjão de Albuquerque era Abrantino. Chegaria a General. O Lourenço foi comandante do Castelo e foi o homem que meteu o Rosa Casaco na PVDE. Era irmão do Agostinho Lourenço, director da PVDE. Ganhou a Torre e Espada. Sobre o General Gorjão de Albuquerque vai falar-se outro dia. A foto é da Ilustração Portuguesa dum ano de guerra mundial, 1917.
mn
Publicada em 1917 na Ilustração Portuguesa. Foto de Josua Benoliel.
Reproduzida de Portugal 14-18 com a devida vénia
nomes cortados : Alferes Calado
Alferes Lara Reis
mn
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