Em 18 de Fevereiro de 1921, a ''Batalha'', órgão da CGT e dum movimento operário livre de burocratas estalinistas, que orgulhosamente brande a bandeira negra e rubra do anarco-sindicalismo e do sindicalismo revolucionário, e que defende uma terra ''sem Deus, nem Chefes'', noticia a tentativa de prisão do magnate Alfredo da Silva por uma história de especulação de azeites em Alferrarede.
Homem decidido, o milionário resiste à prisão de pistola na mão. Já não há sindicalistas destes, nem milionários valentes, audazes e pistoleiros.
Entretanto nas cadeias jazem os anarquistas suspeitos de terem atentado contra o dono de metade de Portugal e nenhum juiz é capaz de prender o Silva.
mn
Em 1921 dois sindicalistas foram ao Tramagal ver como era a organização proletária:descobrem 300 operários a cobrarem 4 escudos diários por dez horas de trabalho numa das maiores fundições do país.
Dizem que não há espírito de classe entre os trabalhadores.
Não se lê a imprensa operária.
Em Tomar o horário de trabalho para este tipo de trabalhadores é já de oito horas.
O grau de organização proletária é maior noutras zonas de Abrantes mas o Sr.Soares Mendes paga menos que no Tramagal e os seus operários trabalham 10 horas.
Em Abrantes lê-se alguma imprensa proletária.
Reportagem da ''Batalha'', anos 20
ma
O comunicado denuncia a fraude eleitoral deste homem
cometida em 1921, nas Mouriscas, onde 480 eleitores ''votaram'' neste caudilho
integralista (Henrique Augusto Silva Martins) e depois um assalto à CMA feito pelo futuro fascista Valente para fazer desaparecer documentos
O Manuel Lopes Valente Júnior era democrático mas tecera uma aliança com os integralistas
mn
créditos ; dr.João Nuno Alçada (comunicado) , para as datas :Cronologia do Eduardo Campos; foto do integralista :dr.Rui Lopes
A ''Batalha'' foi o grande jornal anarquista do movimento operário. Está pouco estudada a implantação libertária na cidade e concelho, mas não nos vejam informar que os anarquistas não existiram, quando a '' Batalha'' diz o contrário.
Em 1920, morria de apoplexia o chefe da repressão às greves e às vezes dos fuzilamentos à maneira....o coronel António Maria Baptista, que ganhou uma Torre e Espada por matar operários.
Em 1921, faziam-se quetes abrantinas com o título: ''Munições prá Batalha''.Sendo a rapaziada libertária adepta do dinamite, foi um militante de Alferrarede que meteu uma bomba no carro de Salazar, não admiraria que parte da massa da quete tivesse sido usada em pistolas e bombas.
O resultado da quete abrantinha foi de 5$10. Um dia destes damos os nomes dos principais dirigentes sindicais da época.
ma
o militante de Alferrarede era do PCP, como já se viu
A União, boletim do Centro Católico, partido confessional católico, durante a República, cuja alma parlamentar foi o Dr. Lino Neto, do Mação.
Salazar foi eleito graças ao apoio dos legitimistas que desistiram a seu favor em Guimarães.
Julho de 1921
mn
Ao General Abel Hipólito, que aqui servia como Senador da República, Abrantes deve algumas coisas. Um homem na sua vida faz coisas boas e más, e outras assim-assim, mas os documentos dizem, implacáveis, que foi ele que fez a proposta de Lei pelo qual se criou este velho Museu.
Só por isso e também pela sua figura destacada na vida militar abrantina ( e na económica e cívica) merecia uma memória na toponímia. E tinha-a, até que, sábia. a Vereação da Céu lhe roubou o nome que estava numa Parada a par do Castelo, para lá meter a estátua do Francisco de Almeida, tendo feito um estudo urbanístico, um gajo que não é urbanista mas que usa um título miguelista ( proibido por D.Maria II por ser associado a usurpação e traição).
Que pensará Abel desta tropa, dei-lhes um Museu e eles dão cabo do meu nome?
Esta Cronologia também apaga o nome do cabo de guerra (fez guerras, sim senhor, a I e várias guerras civis cá pela Lusitânia) e está publicada na página municipal, onde acampam não sei quantos licenciados em História.
Que mal lhes fez o Hipólito, sabemos o que ele fez a Machado Santos, mas à Comissão não fez mal nenhum....
Também pode acontecer que como o Hipólito se chamava Abel, a edilidade tenha algum complexo cainita.
Cainita, vem de Caim, e era uma palavra que Don Miguel de Unamuno estava a sempre a dizer, quando estava a banhos na Figueira da Foz ou em Espinho, onde bebia copos com o Guerra Junqueiro.
mn
fontes: Diário de Sessões, Sipa,Ilustração Portuguesa, Cronologia Municipalizada (de autor desconhecido)
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
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