De como o poeta modernista, latifundiário de Avis, astrólogo, arqueólogo amador, (ainda hoje as ''Grandes Vias da Lusitânia'' são insubstituíveis), genealogista, etc fulmina o maior industrial de Portugal (e de Alferrarede) por ''hebreu'' e mais longa lista de políticos, negociantes, intelectuais e etc.
E dedica o livro a um amigo seu, Fernando, a quem classifica também como ''judeu''.
Toda a vida partilhou com Fernando e António Botto, a boémia e os projectos literários bem como com outros ''judeus''....
Só saiu este volume, porque, no segundo, Saa provava que Salazar era judeu e proibiram-no, segundo escreveu José Augusto França. (1)
Alfredo Esaguy, judeu autêntico, numa dedicatória dum livro, chamou-lhe : ''o novo inquisidor (do martinho) dos judeus'' (2)
Só para acabar, Pessoa, que fez um CV, onde se definia como meio-judeu, por ascendência marrana, tem um poema anti-salazarista....onde o Prof. Salazar é acusado de ser judeu.
mn
(1) e (2) Pereira, Elisabete J. Santos, ''Mário SAA (1893-1971):Um intelectual português na sociedade do século XX ''
htpp://hdl.handle.net/10174/19145
Em 7 de Setembro de 1925, Henrique Augusto Silva Martins exalta num discurso no Rossio, os valores ''eternos'': ''Deus, Raça, Pátria'' (1).
Henrique Martins é o dirigente dos Integralistas do Rossio ao Sul do Tejo.
Defendem uma Monarquia Corporativa e o fim do sistema de partidos.
Em 8 de Outubro, Henrique Augusto quase bate os democráticos nas eleições para deputados, no concelho.
Só Rio de Moinhos e o Rossio e o Souto (baluarte da fraude eleitoral e do analfabetismo) se conservam do PRP.
Em 25 de Novembro de 1925, os integralistas ganham a autarquia (aliados aos cisionistas do PRP, que se fascizam e cuja cabeça é o célebre Valente das Mouriscas).
Henrique Augusto da Silva Martins enterra o 5 de Outubro.
Abrantes já não é republicana.
Eis o homem que vai marcar a política local até 1945.
Aquele que enterrou a tradição republicana abrantina e que depois trocará o Rei por Salazar.
A lista integralista de 1925
ma
(1) Eduardo Campos, Cronologia
O exilado Bernardino da Silva Lapa arremetia contra Salazar, no semanário carioca,
e garantia ter repremido 2 greves ''carbonárias'', uma das quais na estação do Rocio de Abrantes antes de 1925
Francamente não sei qual foi a greve que o Bernardino esmagou...
Também temos de localizar o Bernardino...
Se o descobrirem avisem...
É coisa para estudar....
mn
Postal do Dr.Emílio Salgueiro para Diogo Oleiro
onde o jurista abrantino lhe dá pressa para terminar o artigo sobre Abrantes....para o 2º volume do Guia de Portugal de que Raul Proença estava a organizar a edição
O artigo foi aqui reproduzido, com continuação neste post
O dr. Emílio Salgueiro foi um apaixonado estudioso de História abrantina, um magistrado de dilatada carreira (não encontro agora a foto) e autor de obras inéditas como ''“Famílias Nobres de Abrantes e seu termo” e de muitos artigos dispersos sobre temática abrantina
No Diário do Governo está a explicação total. Não nos peçam para investigar o que é hoje a casa do padre. Podiam acontecer as maiores surpresas. Por acaso não perguntei ao Presidente da Junta PC, o Zé Valamatos, que fizeram à dita casa.
Pode ser que a Senhora Dona Maria Fernandes, vogal oposicionista da Assembleia de Freguesia, se queira interessar pelo assunto.
O amigo Valamatos nos tempos em que defendia a candidatura do General Delgado e por isso o denunciaram à polícia política.
ma
foto cedida à Tubucci pela família
Diário de Lisboa, em 1925 estava prevista uma grande exibição de acrobacia aérea espanhola em Lisboa. Mas parte dos aviões estavam com problemas e não conseguiram chegar à capital . Um ficou na Ponte de Sor e outro no Tramagal.
Diário de Lisboa. 13-6-1925
ma
O Sr.Luís Marques dos Santos, empreiteiro, verificou que sim. O Rómulo era dono duma Ourivesaria na Raimundo Soares, e Presidente da Associação de Futebol de Abrantes em 1925.
mn
bolas, nunca mais consigo arrumar a papelada
Por razões de falta de tempo ainda não terminei o livro do Emídio Santana, que retrata o casamento e já agora umas prisões no Tramagal, feitas pela PIDE, mas encontrámos a foto do bebé da Camarada Miquelina Sardinha
Miquelina Sardinha é a anarquista com bebé ao colo, o companheiro, Francisco da Nóbrega Quintal, é o nº 24.
O Camarada Quintal foi professor duma escola libertária em Alferrarede e a mulher também foi professora de escolas dessas, que seguiam o método de Francisco Ferrer. Quintal teve outras profissões, foi até pescador de bacalhau.
Na foto alguns dos nomes históricos do movimento operário que entre 1910-26 fizeram a vida negra à República burguesa e que foram vítimas duma repressão implacável, respondendo muitas vezes a tiro e à bomba a tipos como o Baptistinha.
''Grupo de militantes participantes na Conferência Anarquista de Lisboa de 1925,[i] [/i]entre os quais estão Francisco Quintal e sua companheira Miquelina Sardinha, além de Manuel Joaquim de Sousa, Manuel da Silva Campos e outros (ver lista identificativa estabelecida por Francisco Quintal). Fotógrafo amador não identificado. Na foto [anotada por Francisco Quintal]: 1. Américo Vilar, morto de explosão em Moncarrapacho, Algarve 2. (…) 3. Fernando Barros, casado com a companheira Margarida Peixoto Barros (Porto) 4. Manuel Joaquim de Sousa 5. António de Sousa (Belém) 6. Constantino de Figueiredo (Lisboa), falecido jornalista do Jornal do Comércio 7. Fernando de Almeida Marques, jovem sindicalista, depois anarquista, depois comunista e depois nada. 8. Miquelina Sardinha, falecida companheira de F.Q, 9. Luís Branco 10. (…) 11. Luís Adão, companheiro da enfermeira e camarada Luísa Adão, viva. Foi enfermeiro e depois advogado no Montijo. 12. Moedas, faleceu como revisor de imprensa 13. Celestino, sapateiro, Comité Confederal da C.G.T. 14. (…) 15. (…) 16: (…) 17. António Teixeira, do jornal ‘A Comuna’, do Porto e de ‘Aurora’ 18. (…) 19. Faustino Bretes, segeiro, de Torres Novas, deu só em anti-clerical, hoje nada. 20. José Agostinho das Neves (Paris) 21. Luís Fernandes Laranjeira, Porto. Hoje em Angola, pasteleiro 22. Camarada delegado de São Tiago do Cacém ou Cercal do Alentejo 23. Arnaldo Simões Januário 24. Francisco Quintal 25. Álvaro Figueiredo Simões, de Setúbal, falecido. 26. Um espanhol sobre quem recaíram suspeitas, não justificadas, que me acompanhou ao Congresso de Valência ou Pleno, onde foi fundada a F.A.I. 27. Camarada espanhol que veio à reunião como delegado da CNT e da organização libertária, [de nome] Magriña. 28. Manuel da Silva Campos, do C.C. da C.G.T. Foi director de ‘A Batalha’ 29. Tip.º Romero, esp.[anh]ol (Brasil). Grande camarada. Estava em Lisboa. Fotografia guardada por Francisco Quintal e entregue por sua viúva Irene Franco Quintal ao Arquivo Histórico-Social, criado pelo Centro de Estudos Libertários, reunido em Lisboa nos anos 1980-1987 e depositado na Biblioteca Nacional, o qual foi depois doado a esta instituição e posteriormente acrescentado de mais alguns espólios e doações.'' texto entre aspas projecto Mosca
Créditos:: Universidade de Évora/Projecto Mosca/Biblioteca Nacional
mn
O Prof José Adelino Maltez acaba de destacar no facebook a personalidade e o livro dum abrantino, de rica família monárquica, que implantou a República no burgo e que depois foi mais rico (pelo seu trabalho) e mais revolucionário.
O livro foi aqui referido.
Foi o dr. Rui Lopes, o primeiro nos últimos 30 anos a resgatar, cá no burgo, o seu nome dum esquecimento imerecido . Seguiu-lhe este blogue a culta senda e o Jornal de Alferrarede e o Coisas de Abrantes já publicaram coisas sobre ele, incluindo o resgate da memória do Centro Republicano com que se opôs aqui, ao caciquismo do Partido Democrático e de politicastros como o Valente da Pera, que terminou os seus dias no PS de Abrantes.
Certamente para dar àquilo um toquezinho republicano, porque anti-fascistas de renome como o dr. Orlando Pereira, a Drª Maria Fernando Corte-Real Silva ou o dr.Correia Semedo não quiseram dar o seu nome para ilustrar a facção.
Já se chamou aqui a atenção para este livro, como para outro deste autor, que são uma crítica implacável ao devorismo da sociedade civil e uma duríssima condenação à apagada e vil tristeza da 1ª República.
Como dizia
ANTT / O Século Joshua Benoliel
deportado, nos Açores, pela República, valha-me Hintze Ribeiro, que foi melhor que toda esta medíocre gente como o Bernardino.
mn
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