Os versos do Sadi-Azor, sairam em 12-6-1927, já em pleno fascismo, no jornal republicano cá da terra, ''Baluarte''.
O Sadi-Azor era Justo da Paixão, comerciante e proprietário rural no Rossio, político local, republicano histórico, então militante do Partido Democrático (PRP) e director da folha, claramente enfrentada à Ditadura Militar e que terminaria proibida.
Ou seja considerava Marques Godinho como um homem afecto ao Partido do Afonso Costa, apesar de ser um militar no activo. Como toda a gente sabia na cidade e nos meios militares e como está publicado em livros da época.
Quando Santos Costa o convidou para Governador Militar dos Açores, o brigadeiro Godinho estranhou, porque era público que era desafecto ao regime. E o tenente-coronel S.Costa, Subsecretário da Guerra (o Ministro era Salazar) apelou ao seu patriotismo, em tempo de Guerra Mundial, para desempenhar uma missão de ''interesse nacional.''
ma
a Mocidade, 1927
o tenente João Duarte Marques....seria mais tarde o oficial-general acima descrito.
ma
espero que não chamem comunista ao meu falecido amigo, sólido legionário.....como Otelo Saraiva de Carvalho
Reporter Y no Mensageiro da Ponte de Sor em 27-3-1927
Notícias do Rocio de Abrantes
O Golpe deve ser o 4 de Fevereiro de 1927
Agradece-se ao Dr.Carlos Faísca, da B. da Vila vizinha a digitalização destes exemplares.
mn
'' (...) O número um de A Batalha, o mais importante jornal operário e sindical da Primeira República, apesar da sua natureza anarquista, viu a luz do dia em 23 de Fevereiro de 1919. E o último saiu no dia 26 de Maio de 1927, exactamente um ano após o golpe militar e da implantação da Ditadura, que caminhava aceleradamente para a fascização do regime político em Portugal.
No dia 27 de Maio de manhã (1), uma horda de malfeitores e de polícias à paisana, com o construtor civil Martins Júnior à cabeça, protegidos por cordões de polícia de espingarda em punho, chefiados pessoalmente pelo comandante da PSP, coronel Ferreira do Amaral, destruiu a golpes de picareta as instalações e o equipamento do diário matutino operário, que coabitava na mesma sede com a CGT, a Juventude Sindicalista, a União dos Sindicatos de Lisboa e a Federação dos Sindicatos da Construção Civil, na Calçada do Combro. (1) (...)'' in
por Américo Nunes no Militante nº 288
A carreira do Martins Júnior não terminou com a demissão do Partido Radical, as suas milícias, integradas na ''formiga preta'', juntaram-se ao embrião da Polícia Política para sob comando de Ferreira do Amaral, destroçar o movimento sindical anarquista e o grande jornal operário a Batalha
óleo de Duarte Pimentel (wikipedia)
O Militante é uma folha teórica do PCP. Portanto isto deve ser lido com espírito crítico. A opinião dos libertários tem matizes diferentes. E espero encontrar a explicação do abrantino para esta coisa. No programa ''Antes da Pide'' podem situar-se melhor os acontecimentos, em especial a acção de Ferreira do Amaral na organização das polícias políticas anteriores à PVDE, que aliás já vinham da República democrática.
(1) Aliás a cena descrita no Militante é real, mas deu-se a 2-11-1927. O Autor deve ter confiado no livro de David de Carvalho, Os Sindicatos e a República Burguesa: 1910-1926. O Carvalho que era dirigente da CGT escreveu o livro em 1977. A memória traiu-o.
Vale a pena recordar esta façanha e enquadrá-la na série de Jacinto Godinho e ilustrá-lo com uma imagem da série
Antes da Pide, Episódio nº7, onde se recupera uma imagem do assalto, aqui publicada com a devida véniaHistória
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