Em 1949 era enviado para Caxias o serralheiro tramagalense Eleutério Dias Pinheiro.
Já tinha sido condenado a pena leve, nos anos 30, no âmbito do desmantelamento duma célula comunista e dum grupo alegamente armado, em Abrantes, cujo principal vulto era o operário da MDF, de Rio de Moinhos, Zeferino Seabra Esteves, que foi condenado a dez anos de deportação para Angra do Heroísmo, como já se viu.
Conseguiu-se a informação sobre o processo dos anos 30, graças a um recorte hoje publicado no face pelo sr. dr. Octávio de Oliveira, a quem se agradece.
ma
Em 1949, a bufaria local denunciou o Dr. Ernesto Donato, médico da Previdência do Rossio ao Sul do Tejo como ''inimigo da ditadura'' e oposicionista.
A denúncia foi directamente dirigida a Oliveira Salazar e queriam a cabeça dele.
Conheci bem o Dr.Donato (e a família) e era um homem de bem e um médico exemplar.
O médico conseguiu safar-se dos denunciantes e manter o posto de trabalho.
Quanto aos bufos, se se apurarem serão aqui inscritos. Para que conste.
Enquanto não há cão nem gato que não leve uma medalha centenária do caciquismo, em 1948, o Presidente da República Marechal Óscar Fragoso Carmona,
concedia o Grau de Cavaleira da Ordem do Mérito Industrial à Senhora Dona
Maria Gamas Neto (Cozinheira da Fábrica de Alferrarede, da CUF - Companhia União Fabril, SARL)
também foi condecorado no ano seguinte o Senhor Sebastião Lopes Ferrão (Operário da Fábrica de Alferrarede, da CUF - Companhia União Fabril, SARL) com a categoria de Cavaleiro da Classe de Mérito Industrial.
Certamente a Dona Maria Gamas era uma grande cozinheira e merece ficar na história do Concelho e do Centenário como a melhor gastrónoma abrantina.
Fica já feito o aviso a qualquer tipo que tenha arranjado um contrato de avença para escrever o livro ''Vinhos & Petiscos de Abrantes'', que lá deve constar a Dona Maria Gamas Neto.
Quanto aos de Alferrarede que levam medalhas de lata centenárias, estão em categoria inferior à Senhora Dona Maria Gamas Neto, não é a mesma coisa uma condecoração dada por um Presidente, que um penduricalho da treta.
ma
D. de Lisboa 10-1-1949
reproduzido com a devida vénia do Silêncios e Memórias do Prof João Esteves
ma
PS-não menciona o famoso Manuel Dias
O Padre do Pego não prestava contas desde dois anos atrás do dinheiro que recebia das revistas que vendia duma revista de propaganda clerical mariana chamada ''Cruzados de Fátima'', de forma que o encarregado na diocese do assunto, dirige-lhe um ultimato ou pagas ou há merda.
Deve ter pago.
Ficamos a saber que no Pego havia entre 1947-49, 25 beatos amantes da Cruzada.
Não nos consta que o Bispo da época tenha mandado penhorar a Igreja de Santa Luzia
ma
metade dum arquivo local de beatices foi deitado pró lixo. E tem coisas gravíssimas
Com Dom António, mandaram-me a identificação: D.Teresa Santos, José Falcão, Dr.Armando Moura Neves, Manuel Lisboa, só se vê escondido o Dr.Manuel Fernandes. Data entre 1949-1952.
Obrigado à amiga que ajudou
mn
É a melhor foto que vi deste século abrantino
1948-49, Barão da Batalha
Uma família vai a caminho de Cannes, vinda de Lisboa e pára para tratar de várias coisas em Abrantes
Foto Helena Correia de Barros.
Quantos terá agora a menina, gentil vóvó?
O Carro é um Austin (grande máquina)
Vendeu o Austin, na cidade, o Sr.Ricardo Ferreira, pai do Tó Luís Ferreira.
A empresa do Senhor Ferreira já se mudara da Ferraria para aqui.
não sei se pela época já vendia o Austin, nos anos 30 vendera Mercedes,
já devia vender.....
Conhecemos um Austin AD de 1948 que lhe foi comprado a ele.
mn
O Fogaça é que mandava então e era gay.....mas não tinha saído do armário ....
por razões conspirativas,
Tudo isto nesta grande tese de
que ainda nos esclarece que o paternalismo dos Duarte Ferreira causava amargos de boca à organização clandestina do PCP na freguesia tramagalense...
A tese do Doutor João Martins Madeira foi realizada na Faculdade de História e Ciências Humanas da UNL,sob orientação do Prof. Fernando Rosas.
ma
O fascismo gostava de grandes obras públicas.
Os socráticos também.
Mas o Castelo de Bode teve um impacto decisivo na electrificação do Centro de Portugal
Junho de 1949, no Estaleiro das obras da barragem.
mn
o Jornal vinha repleto de notícias: entre elas a disputada herança dos Viscondes do Sardoal (Trigueiros de Aragão), a lista dos aniversariantes (agora só os políticos é que fazem anos e só no Mirante), Raul Lino era o homem certo no lugar certo, com ele não havia torres da treta abandalhando conventos, recordava-se o baptizado do Prior do Crato, D.Luís de Portugal (abrantino) e os crentes pediam chuva, ressuscitando uma procissão secular.
E os anúncios como o da Casa Salgueiro lembram-nos quando a electricidade liquidou os velhos fogões de lenha.
Jornal de Abrantes, 6-3-1949
Director: Armando Moura Neves; redactor principal: Diogo Oleiro; dona: Casa Minerva, Lda.
Subsídios camarários: zero
Mn
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