Quarta-feira, 09.12.20

ocupaçao herdade cujancas.jpg

Ocupação da herdade de Cujancas de D.Delfina Pequito Rebelo e do Dr.José Pequito Rebelo, em 1975.

A tropa e os garbosos revolucionários.

O povo do Gavião dispersou à paulada os marginais quando foram vender as vacas numa feira.

ver post do dr. António Barreto no Jacaradá (blogue do melhor articulista lusitano) e foto dele

ma



publicado por porabrantes às 16:18 | link do post | comentar

Sexta-feira, 24.07.20

Em 1975, no âmbito do serviço cívico, um grupo de estudantes veio fazer uma recolha antropológica ao Sardoal e a Abrantes. No Sardoal, Alcaravela, foram assaltados  e roubados pelo povo, que certamente os viu como perigosos ''comunistas''. Na Aldeia do Mato as coisas correram melhor.

(...) ''A louça eventualmente ficava no pátio traseiro da escola onde nós ficámos instalados; numa noite ouvimos vários barulhos suspeitos, saímos várias vezes à rua sem nada descobrir, e só no dia seguinte verificamos que havia uma estreita ligação entre a louça desarrumada, pratos quebrados de forma bastante suspeita, e os barulhos ouvidos na noite anterior. Um outro facto a relatar é o de nos terem fechado a água da casa de banho o que só poderia ter sido feito propositadamente. Além de barulhos ouvidos durante várias noites temos a relatar o mais grave dos incidentes que teve lugar no preciso dia em que nos fomos encontrar em Gavião com a equipa A-1. Quando chegámos a casa por volta das 23 horas e nos preparávamos para acabar de transcrever as cassetes que tínhamos gravado, descobrimos que uma janela estava arrombada, dossiers espalhados pelo chão e essas duas cassetes tinham desaparecido.
Em face destes acontecimentos recebemos ordem de Santarém para nos mudarmos para Santiago de Montalegre.” (...)

A obra inclui também a descrição da acção ''dinamizadora'' na Aldeia do Mato e a tentativa da compra dum carro de bois

in

A Missão de Jorge Freitas Branco e Luísa Tiago de Oliveira.....pode ler aqui

 | 

  • Éditeur : Etnográfica Press
  •  
  • Collection : Antropologia
  •  
  • Lieu d’édition : Lisboa
  •  
  • Année d’édition : 1993
  •  
  • Publication sur OpenEdition Books : 21 janvier 2019
  •  
  • EAN électronique : 9791036531705
  •  
  • DOI : 10.4000/books.etnograficapress.918
  •  
  • Nombre de pages : 183 p

 



publicado por porabrantes às 08:29 | link do post | comentar

Segunda-feira, 29.06.20

Leia esta reportagem sobre o MFA a culturalizar o bom povo do Sardoal

Nas Memórias Sardoalenses, onde se resgata a obra de Luís Gonçalves.

O nosso obrigado.

A única nota: o povo era mais culto que a tropa

O MFA não tirou fotos ao Anacleto por este ser ''fascista''

 


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Sexta-feira, 19.07.19

álvaro branco

Álvaro Branco, do Tramagal, promete greve dos metalúrgicos, a 24 de Setembro de 1975. A 25, o golpista e Vereador comunista Campante é preso, distribuindo G-3.

ver aqui o discurso

Sobre isto disse um tramagalense:

mdf golpe

Rogamos à Lígia que mande lá meter numa lápide o nome dos golpistas soviéticos.

Há mais um comentário dum golpista, era um dos que ganhou um prémio antes do 25 de Abril, fazendo uma poesia sobre os valorosos soldados que combatiam contra os africanos insubmissos.

Angola é nossa!

ma 


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Quinta-feira, 11.07.19

O doutor Constantino Pissarra (1) faz aqui uma estatística da violência durante a Reforma Agrária, no Distrito de Santarém.

pissara

Fico surpreendido com a ausência de menção aos gravíssimos acontecimentos de 6 de Novembro de 1975, na capital do distrito, onde houve 2 mortos.

Compulso a página da CAP e lá está a menção.

Nesse dia  mataram Francisco Teixeira, duma família de lavradores de Coruche.

E o doutor Pissarra não dá por ela.

Usou o Diário de Lisboa como fonte e de facto o jornal, ao tempo correia de transmissão do PCP, não menciona o assassinato.

No Público, porque não há outros jornais on-line da época sem ser o DL, o jornalista Manuel Carvalho, autor de boas obras sobre o Prec, relata os acontecimentos.

carvalho

Carvalho ouve o eng. Andrade da CAP e o dirigente do PCP, António Gervásio.

O Doutor Pissarra para fazer a estatística não podia confiar numa só fonte, especialmente numa tão parcial.

Ao fazê-lo omitiu a data mais trágica e violenta do processo da reforma agrária neste distrito. Ponto Final.

Vai isto dedicado aos lavradores abrantinos que estiveram na jornada de Santarém, parte dos quais já partiram.

Uma jornada épica na luta contra o golpismo comunista.

ma

 

 

(1) A violência política em torno da reforma agrária, 1975-1976

   



publicado por porabrantes às 16:55 | link do post | comentar

Sexta-feira, 22.02.19

lourdes

Apontamentos tomados pela Ministra Lourdes Pintasilgo no Conselho de Ministros de Maio de 1975, depois do assalto do Copcon à sede do MRPP e da prisão de 400 militantes do movimento maoista, entre eles o caro amigo Rui Bastos.

ma

devida vénia ao Arquivo Pintasilgo

 



publicado por porabrantes às 21:49 | link do post | comentar

Domingo, 13.01.19

Na história da MDF faltava este subsídio, como o cap. Costa Martins, exilado em Angola, depois de derrotado no 25 de Novembro de 1975, se dedicou ao negócio de importar Berliets para as Fapla, com ajuda de José Eduardo dos Santos e a alegada conivência de Eanes.

 

'' (...) No sector da indústria, promoveu-se o desenvolvimento de um polo, inicialmente através da "Tramagal", e conseguiu-se ainda impedir que as Berliers portuguesas fossem vendidas a Angola, pela França, como estava a ser preparado, e cujo transporte iria ser feito pela Marinha Mercante grega.As berliers acabaram por ser vendidas a Angola, directamente por Portugal, e foram transportadas pela Marinha Mercante portuguesa, apesar das tremendas manobras de boicote desenvolvidas em Portugal, que tiveram de ser vencidas, tendo o então Presidente Português Ramalho Eanes contribuído para a solução, pelo que não quero deixar de referir essa sua meritória actuação (...)''

 

Costa Martins artigo no Público em 29 de Abril de 2002

 

mn

 



publicado por porabrantes às 14:12 | link do post | comentar

Sábado, 03.11.18

wm

O golpista Costa Martins (no 25 de Novembro) quando era pau-mandado do dr.Cunhal resolveu tratar o problema da MDF através dum telefonema, era 22 de Janeiro de 1975 e os gonçalvistas queriam decretar o fim da liberdade sindical:

 

wwww

in Unicidade sindical combate o "ventre mole da Revolução"

in Público, com a devida vénia  

mn



publicado por porabrantes às 15:49 | link do post | comentar

Domingo, 02.09.18

D.Aurélio Granada Escudeiro, que pretendia ser descendente dos antigos reis mouros de Granada, daí o seu apelido, desempenhou vários cargos na Diocese, até que uma sólida preparação académica, o levou para mais altos voos.

AURÉLIO

Açoriano Oriental com a devida vénia

Foi assistente nacional da Acção Católica, onde confraternizou com Lourdes Pintasilgo.

Foi pároco do Mação e Alvega e boss do jornal da Diocese, ''A Reconquista''.

Para uns tinha espírito social (ver a obra do Cónego Geraldes Freire), chegando a ter problemas com a Ditadura, para outros era um truculento reaccionário, despertando mesmo anti-corpos no PSD de Mota Amaral.

Bispo auxiliar  de Angra sentiu na pele o levantamento anti-gonçalvista de Ponta Delgada, onde o povo expulsou das Ilhas, o Governador Civil de Ponta Delgada, D.António Borges Coutinho, filho do Marquês da Praia e Monforte, por ser comunista (1975).

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Os insurrectos estavam em parte manipulados pelos separatistas da FLA e pela CIA.

Além do afastamento do aristocrata vermelho, um grande latifundiário de S.Miguel, conotado desde sempre com a Oposição ao fascismo, também se pediu a deportação dos padres ''comunistas''.

D.Aurélio fez a vontade aos tipos.

Teve um papel destacado na reconstrução de Angra, destruída por um sismo.

Acabou condecorado por Carlos César, que tinha sido uma das vítimas da agitação reaccionária e golpista em 1975.

Lamentamos que a Ana Soares Mendes ou o Cónego Graça nunca tenham explicado aos leitores da ''Nova Aliança'' o papel do ex-pároco de Alvega, na luta contra o bolchevismo eclesial.

mn

 

foto de D.António, Anti-Fascistas da Resistência



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Domingo, 01.07.18

''Retorno maciço dos portugueses do Ultramar. Na aflição da fuga, até de barco de pesca vieram muitos, a ponto de alguém dizer que fomos descobrir o mundo de caravela e regressámos dele de traineiras. A fanfarronice de uns, a incapacidade de outros e a irresponsabilidade de todos deu este resultado: o fim sem grandeza de uma aventura. Metade de Portugal a ser remorso da outra metade. Os judeus da diáspora ansiavam por regressar a Canaan. Povo messânico também mas de sentido exógeno, para nós o regresso é o exílio. A nossa Terra Prometida estava fora de Portugal. --- MIGUEL TORGA, Diário XII, 3ª edição revista''

 

 

Qual foi o impacto dos refugiados do Ultramar na demografia abrantina?

Não sei, e seria curioso estudá-lo. Mas sabemos qual foi o impacto nos concelhos vizinhos.

No Mação os retornados eram em 1975- 4,7% da população, em Vila de Rei 3,6%, na Sertã 4,9%, em Vila de Rei 3, 5%, e em Proença-a-Nova 4,6%.

Podemos pensar que em Abrantes em 1975 talvez 2 a 3% da população fosse composta por refugiados de África.

Que políticas públicas autárquicas foram desenhadas então para os receber?

Francamente não me lembro de nenhuma.

Deve ser como agora, onde a cacique, insolidária como uma chauvinista barata, diz que não recebe nenhum, porque não há casas de habitação social.

Se não há, é porque o seu partido quase não fez habitação social.

Há um texto terrível do António José Saraiva de 1975 sobre a forma como Portugal recebeu os ''retornados'' e outro dia, um retornado, o Humberto Lopes, evocava, numa crónica, a forma de hostilidade surda, com que os bem pensantes do PREC viam os refugiados do Ultramar.

O Artur Catarino, do Mação, estudou em Abrantes, fundou uma empresa a ''Bomsuíno'', em Lourenço Marques, um sítio cujo nome dizia Gylberto Freire, lembrava um ‘’empório de secos e molhados’’ e não uma capital, e como muitos outros chegou cá sem nada. Aqui conta a sua história.

O ex- Vereador comunista Manuel Lopes conta-nos a história da ameaça aos retornados nesta terra: 

(...)  ''Na memória também a ocupação “que não chegou a ser” do colégio La Salle após a retirada dos frades. Nos primeiros dias de setembro de 1975 “soubemos que dois mil retornados iriam ser colocados nas instalações. Ora o Liceu estava a rebentar pelas costuras e pensámos: cabe lá é dois mil alunos. Falámos com os administradores do Colégio no sentido de arrendar ao Estado se não concordassem seria pela força. Estava preparado um piquete militar para ocupar” o Colégio. Não foi necessário. O contrato de arrendamento aconteceu em 1979, a revolução foi tomando outro rumo e encerrou-se a ditadura. “Esperemos que não volte”.''(...)

O primeiro comentário é o seguinte, tem o Lopes uma memória exacta do que se passou e isto é verdade, ou já fraqueja da dita?

Porque se as coisas se passaram assim, recusaram receber dois mil refugiados de África e ameaçaram com um bando de salafrários armados, que de soldados pouco tinham, para se oporem a uma ordem do IARN, o organismo oficial que se ocupava dos retornados e recusarem a solidariedade para com portugueses, vítimas da traição, do saque, da cobardia.

 

Usar bandos armados para roubar, usou o PCP, manipulando tropas, na Reforma Agrária, conta por exemplo António Barreto, e as tropas de Abrantes em 1975 eram isso, um bando armado, manipulado pelos SUV.

Não há volta a dar-lhe, se as coisas foram assim, pode o Lopes assumir que agiu com o mesmo garbo que os fascistas que andam pela Europa a ameaçar emigrantes, com candidatos a Duce ,como o Salvini, que agita a Itália.

 

Com o agravante que o Lopes não queria acolher portugueses e diz que prepararam uma milícia para os afugentar.

 

A milícia foi destroçada a 25 de Novembro por soldados de Portugal. O amigo do Lopes, o Vereador Campante foi apanhado com as G-3 na mão e foi despachado para Caxias. Infelizmente ficou lá pouco tempo, porque isto é terra onde a Justiça é muitas vezes palavra vã.

mn

   

     

 

 

 



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