Declarações de António Farinha Pereira, na República de 4-10-1960 ( é uma repescagem pois morreu em 1949) sobre quem fez a República em Abrantes. Para ele os nomes são: dr. Ramiro Guedes, José António dos Santos, Oliveira Neto, Rodrigo António, Joaquim Leite, Manuel Inocêncio da Costa, Roque José Delgado, coronel António Maria Baptista, Zeferino Alves da Silva, Vergílio Bastos e outros. Há silêncios que falam por si. Boa parte dos referidos não aparece nos estudos publicados pelos ''historiadores locais''. E naturalmente aparecem ''adesivos'' aos montes
ps- ao contrário do que diz AFP....o dr. Guedes era lisboeta .....
Os vencedores da jornada do 5 de Outubro em pose vitoriosa. O povo que se bateu em Lisboa contra os soldados de Paiva Couceiro com a galhardia que os portugueses costumam mostrar quando se batem pelo que acreditam, não está cá.
Estão cá os drs do PRP e os influentes eleitorais da Província. Incluídos os abrantinos. A maior parte deles homens de honra que em breve estará nas filas da oposição contra Afonso Costa.
Agora o agradecimento ao grande jornalista responsável por um dos melhores semanários lusos de todos os tempos, ''A Vida Mundial'' , Carlos Ferrão . Este número da V.M. de 2-10-70, onde saiu esta gravura, aquando do 60º aniversário da República, todo dedicado ao 5 de Outubro, ainda é hoje das melhores coisas sobre o evento. Era ele o director e a alma desta grande revista.
E o melhor para uma crónica abrantina, quais são os de cá que aparecem neste quadro de honra do PRP, que era também um mapa das relações de poder existentes no novo Portugal? Veremos a identificação, mas os rostos quase não são reconhecíveis, estão quase ignotos , sinal de que o P.R.P. de Abrantes pesava pouco em Lisboa.
Sinal de que o bonito conto que nos querem vender do peso de Abrantes no movimento republicano foi escasso.
Quais são os abrantinos? Identificamos Ramiro Guedes, Manuel João da Rosa, António Farinha Pereira e Justo Rosa da Paixão.
Mais nenhum.
Se o leitor descobrir mais algum agradecemos que nos diga.
mn
Na ''História Cronológica do concelho de Abrantes, da pré-história a 1916,'' de Candeias Silva diz-se sobre o capitão António Maria Baptista
pag 189
O Candeias não cita nenhuma fonte para justificar a alegada ''acção destacada'' do capitão Baptista.
Onde terá ele ido buscar a ''acção destacada''?
Martins Júnior, republicano histórico e testemunha presencial desses momentos, escreveu no ''Presidente Landru''
Parece que o destaque foi um discurso na parada do Quartel, obrigado a isso por Martins Júnior
O Baptista tinha ficado trémulo a aguardar no Convento o resultado a revolta republicana e nada fez, segundo MJ.
Mesmo quando chegaram as notícias da vitória republicana em Lisboa, e o povo de Abrantes, vitoriava a República em frente do Quartel, o prudente Baptista esperava para ver.
O quê?
O que decidiria o Major Abel Hipólito.....
Os de Infantaria estavam cheios de medo dos canhões do Castelo.
Daí a prudência do Baptista, só quando adesivou o Hipólito, é que o Baptista se tornou revolucionário.
Finalmente é o livro do Martins Júnior, uma fonte fiável para a nossa História?
Um dos melhores estudiosos de História contemporânea, o Prof. Adelino Maltez usa-o aqui.
E é a única obra que temos sobre a República em Abrantes (e não só)
ma
Para a rapaziada que faz cronologias republicanas cá no burgo, acrescentar à história oficiosa
Devida vénia à Fundação Mário Soares que tem um papel inestimável para a pesquisa histórica portuguesa e que haveria de salvaguardar a todo o custo (ver o artigo de Pacheco Pereira no Público)
Com quem viria falar o Bombarda?
Com Ramiro Guedes?
Com o capitão António Maria Baptista?
ou outros????
mn
Gamado a canal moritz.
Era 2014 e o Cavaco, acolitado pelo Costa, abandalhavam a bandeira. O regime é isto. A bandalheira. Veja-se Tancos.....
Depois de insistentes pedidos, no sentido de ser limpa a Rua 5 de Outubro, em Abrantes, na qual resido, tal como a lei determina, verifica-se que alguma coisa foi feita. Todavia, o que foi executado encontra-se inacabado, como pode ser verificado junto dos prédios 397, 413, 423, 417 e 430, em cujas partes laterais há ainda grandes silvados que podem ser combustível para incêndio. Assim, e dado o período em que ainda nos encontramos, cá estamos a insistir de novo, no sentido do trabalho ser acabado.
Tenho conhecimento que a firma proprietária dos terrenos mencionados está em situação de falência, correndo um processo em tribunal e que a firma credora tem conhecimento desta situação e nada tem feito. Parece-me antever aqui algo anormal que condiciona a aplicação da lei.
Apelamos para o critério de justiça da senhora presidente da Câmara Municipal de Abrantes para resolver esta situação com a máxima brevidade que for possível terminando a limpeza dos terrenos antes que seja tarde.
Ramiro Silva
Residente na Rua 5 de Outubro nº 294, 1º Dtº em Abrantes
No Mirante dos Leitores com a devida vénia
O segundo em pé é Ricardo Rosa y Alberty de Serpa, professor primário, que proclamou a República da varanda dos Paços do Concelho, parente chegado da conhecida família abrantina
Foto e texto, Armando da Silva Pais, O Barreiro Antigo e Moderno, CMB,1963
mais coisas aqui
A ver se encontramos pormenores biográficos sobre o comerciante Joaquim Lopes Ferreira.
mn
O Thalassa retrata assim as relações da Carbonária com as forças militares abrantinas, estacionadas no Convento de S.Domingos, quando dos esforços para que o regimento de Caçadores 1, aí aquartelado, aderisse ao golpe de 5 de Outubro
O quartel não aderiu, o principal republicano que lá havia o capitão António Maria Baptista cortou-se
Ilustração Portuguesa, o cadáver do Baptista depois de ter uma trombose em pleno Conselho de Ministros, depois de receber uma carta ameaçadora....
A República foi proclamada lá pelo civil Martins Júnior, que assaltou o Quartel quando todos estavam a dormir
Uma descrição presencial do bambúrrio em Abrantes (4)
Uma descrição presencial do bambúrrio em Abrantes (3)
Uma descrição presencial do bambúrrio em Abrantes (2)
Uma descrição presencial do bambúrrio em Abrantes (1)
mn
não me digam que o João Augusto da Silva Martins, Martins Júnior, autor da
não é autor abrantino (numa perspectiva inclusiva ou lá o que isso seja....)
ma
ainda hoje falarei do irmão dele, acerca do Thalassa
e a Dona Assunção contempla a bandalheira
Em Portugal a República é assim
Safa! diria o filho do Teodoro de Boliqueime.
a redacção
João Augusto da Silva Martins Júnior, que a política conheceu pelo nome de guerra de ''Martins Júnior'' foi o verdadeiro proclamador da República cá na terra, história já contada aqui.
Sempre foi pessoa rebelde com pouca paciência para jogadas partidárias, alguma vezes pronto a usar a pena como ''arma da crítica'' mas algumas vezes usou as armas, para fazer a crítica da política
Começou eufórico com o Regime que proclamou em Abrantes e esta foto onde o vemos ao lado do caudilho da nova partidocracia, assim o mostra
"DA JANELA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: O SR. DR. JOÃO AUGUSTO DA SILVA MARTINS JÚNIOR, AO LADO DO SR. DR. AFONSO COSTA, LENDO A SUA MENSAGEM AO POVO DE LISBOA"
organizara uma das primeiras excursões do povo ''republicano'' , no caso o abrantino, para saudar o novo regime, logos nos dias seguintes ao 5 de Outubro de 1910
progressivamente ficou farto dos ''bonzos'' que assim se chamavam os caciques do PRP, vulgo ''democráticos'', que monopolizaram o regime e mudou de partido, financiou organizações radicais (tanto anarquistas como comunistas) e passou à acção.
As fotos seguintes mostram Martins Júnior, derrotado pelas armas, mas não convencido
'' MOVIMENTO DE DOIS DE FEVEREIRO. MARTINS JÚNIOR E DOIS SARGENTOS REVOLTOSOS, À FRENTE DE UM GRUPO DE SOLDADOS DE VENDAS NOVAS, À CAMINHO DO PORTO BRANDÃO.''
O movimento civil-militar contra os bonzos do PRP desencadeou-se em 2/2/1926
Ei-lo garboso e orgulhoso posando para a História
''MOVIMENTO DE DOIS DE FEVEREIRO. DR. LACERDA DE ALMEIDA E MARTINS JÚNIOR (CHEFES DOS REVOLTOSOS) POSANDO PARA O SÉCULO, EM PORTO BRANDÃO''
As fotos são do maior repórter fotográfico desta época, na prática o fundador do jornalismo fotográfico português, Joshua Benoliel.
Estão na Torre do Tombo e pertencem ao arquivo do jornal ''O Século''.
Os textos entre aspas são da responsabilidade da T.do Tombo e reproduzidos com a devida vénia.
Resta dizer que pouco depois deste golpe frustrado, onde Humberto Delgado levou um tiro, os amigos políticos de Martins Júnior assinaram o certificado de óbito do regime nascido em 5 de Outubro. Em 28 de Maio de 1926 as Forças Armadas quase sem dar um tiro derrotaram os ''bonzos'' e o chefe deles, Bernardino Machado, Presidente da República, rendeu-se como Thomaz no 25-4-1974.
Martins Júnior recusou qualquer cargo no novo regime.
MN
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)