Em 18 de Fevereiro de 1921, a ''Batalha'', órgão da CGT e dum movimento operário livre de burocratas estalinistas, que orgulhosamente brande a bandeira negra e rubra do anarco-sindicalismo e do sindicalismo revolucionário, e que defende uma terra ''sem Deus, nem Chefes'', noticia a tentativa de prisão do magnate Alfredo da Silva por uma história de especulação de azeites em Alferrarede.
Homem decidido, o milionário resiste à prisão de pistola na mão. Já não há sindicalistas destes, nem milionários valentes, audazes e pistoleiros.
Entretanto nas cadeias jazem os anarquistas suspeitos de terem atentado contra o dono de metade de Portugal e nenhum juiz é capaz de prender o Silva.
mn
14 de Fevereiro de 21
A Batalha foi assaltada e destruída pelas milícias fascistas de Martins Júnior, depois do 28 de Maio.
E depois os sindicatos únicos e a paz podre dos homens da Ordem Nova
E parte dos sindicalistas a apodrecer no Tarrafal
mn
O Coronel António Maria Baptista (foto Guarda Fiscal) que foi o republicano abrantino (apesar de natural de Beja) que foi mais longe, morreu 1º Ministro.
Pode ler aqui os discursos no Parlamento em sua homenagem
Mas como o Baptistinha era inimigo do movimento operário, a Batalha dizia dele ''
De como a expressão do pensamento é livre, neste país que tem actualmente à sua frente um acéfalo''- 27 de Maio de 1920
Neste livro de 2016, Giulia Albanese descreve as medidas do ''acéfalo'' Baptista como precursoras da repressão fascista
Uma obra académica com uma excelente descrição e conhecimento da Espanha e Portugal dos anos 20.
mn
mais O Baptista contra Fátima (para outro dia)
O Baptista contra a ''Batalha''
A ''Batalha'' foi o grande jornal anarquista do movimento operário. Está pouco estudada a implantação libertária na cidade e concelho, mas não nos vejam informar que os anarquistas não existiram, quando a '' Batalha'' diz o contrário.
Em 1920, morria de apoplexia o chefe da repressão às greves e às vezes dos fuzilamentos à maneira....o coronel António Maria Baptista, que ganhou uma Torre e Espada por matar operários.
Em 1921, faziam-se quetes abrantinas com o título: ''Munições prá Batalha''.Sendo a rapaziada libertária adepta do dinamite, foi um militante de Alferrarede que meteu uma bomba no carro de Salazar, não admiraria que parte da massa da quete tivesse sido usada em pistolas e bombas.
O resultado da quete abrantinha foi de 5$10. Um dia destes damos os nomes dos principais dirigentes sindicais da época.
ma
o militante de Alferrarede era do PCP, como já se viu
''O número um de A Batalha, o mais importante jornal operário e sindical da Primeira República, apesar da sua natureza anarquista, viu a luz do dia em 23 de Fevereiro de 1919. E o último saiu no dia 26 de Maio de 1927, exactamente um ano após o golpe militar e da implantação da Ditadura, que caminhava aceleradamente para a fascização do regime político em Portugal.
No dia 27 de Maio de manhã, uma horda de malfeitores e de polícias à paisana, com o construtor civil Martins Júnior à cabeça, protegidos por cordões de polícia de espingarda em punho, chefiados pessoalmente pelo comandante da PSP, coronel Ferreira do Amaral, destruiu a golpes de picareta as instalações e o equipamento do diário matutino operário, que coabitava na mesma sede com a CGT, a Juventude Sindicalista, a União dos Sindicatos de Lisboa e a Federação dos Sindicatos da Construção Civil, na Calçada do Combro. (1) ''
escreve no ''Militante'', de Maio-Junho de 2007, publicação do PCP, Américo Nunes que se cita com a devida vénia. Chama-se a atenção para a importância do artigo, dado que a ''Batalha'' foi o grande órgão do sindicalismo acrata.
Martins Júnior ou melhor João Augusto da Silva Martins (Júnior) é o do meio. Nesta foto do ''Século'' pousa, depois de vencido, num golpe armado.
Já se falou aqui bastante dele, fundador da República em Abrantes, simpatizante e activista sidonista, militante do Partido Radical, conspira nos grupos pré-fascistas mas recusa aderir ao 28 de Maio.
Mas a rapaziada do PCP esqueceu-se duma coisa, Martins Júnior foi um dos financiadores da Federação Maximalista Portuguesa, donde saiu o PCP.
Um homem contraditório?
Precisamos duma biografia dele, do mais importante político republicano de Abrantes....
MA
dou por boa a informação, mas vou ver se leio algo sobre isto....
foto: Torre do Tombo
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)