''O falecido general Marques Godinho, comandante-em-chefe- do movimento, estava de relações cortadas com o seu colega Ramires, mas aceitou o concurso deste, condicionando-o, porém, a que uma vez vencedora a Revolução, ele fosse a Conselho de Guerra para prestar contas da sua actuação nos Açores ''para que não se diga que nós protegemos bandalhos. Os serviços que preste à Revolução servir-lhe-ão apenas de atenuante''
Coronel Fernando Queiroga, Portugal Oprimido (Factos e Nomes da Ditadura Salazarista)
Já assim dividida a cúpula militar da Abrilada de 1947, como queria vencer?
Queiroga alega que Carlos Ramires pediu mais de mil contos para participar na Revolução (a pagar se a coisa corresse mal), não andava mal acompanhado, Francisco Franco também exigiu um pagamento adiantado de 20 anos de salários, a depositar numa conta de Londres, em nome da mulher, que lhe foi feito por Juan March.
''Se perco, fuzilam-me. Se ganho, toca-me a mim fuzilar os vencidos. Devo cuidar da viúva e da minha filha''.
Salvaguardados os brandos costumes lusitanos, seria o que pensava Carlos Ramires, segundo Queiroga.
O livro de Fernando Queiroga traz amplos pormenores sobre um golpe, cujo epicentro foi a Região-Militar de Tomar e onde foram protagonistas muitas figuras militares da região.
Relata a afrontosa morte do General Marques Godinho, a prisão dos filhos e da viúva D. Palmira Godinho e culpa Salazar e Santos Costa.
Carlos Ramires não foi preso, alegadamente porque tinha cartas comprometedoras de Santos Costa, que manifestavam simpatias nazis, e tê-las ia entregue em troca da Liberdade.
O chefe civil, dr. João Soares tinha sido o capelão do Quartel abrantino de Caçadores, onde conhecera o tenente Godinho.
mn
A edição brasileira é da Germinal, uma editora anarquista do Rio, muito ligada ao exílio português. A 1ª edição lusa é de ''O Século'' (1974) e leva uma nota introdutória de Vasco da Gama Fernandes
Neste artigo, Fernando Queiroga (1), militar envolvido no Golpe da Mealhada e depois na Abrilada de 1947, exige justiça contra Santos Costa pelo homicídio contra o General Godinho, e publica a queixa-crime de D.Palmira Godinho contra quem acusava de matar o seu marido.
Outro nome da região é nomeado, o General Carlos Ramires.
Queiroga estava exilado no Brasil, onde nunca parou de fustigar a Ditadura e de exigir Justiça.
Quem redigiu a queixa foi Adriano Moreira, mas por medo recusou assiná-la.
ma
sobre o Coronel Queiroga, a sua vida de nacional-sindicalista a negociador do apoio da Cuba de Fidel a uma revolução em Portugal
ver (online) Luís Farinha, ''Fernando Queiroga, um revolucionário no exílio, ''- Num dos golpes dos anos 30 estão os nacionais-sindicalistas de Rolão Preto, os monárquicos de Paiva Couceiro e o Reviralho. Entre os conspiradores militares, o tenente João Lopes Romãozinho que acaba expulso do Exército.
Um boa descrição do fracasso da Mealhada, onde outro dos participantes foi Fernando Pacheco do Amorim é dada nas memórias do General Carlos Galvão de Melo, que aliás são divertidas.
Queiroga apanhou 3 anos de cadeia por participar, com o General Godinho na Abrilada de 1947. O Advogado de defesa foi o seu amigo, Arlindo Vicente
O historiador Joaquim Barradas de Carvalho, duma conhecida família de latifundiários das Galveias, foi o elo entre o PCP e os golpistas da Abrilada de 1947 (o General Marques Godinho, seu primo, João Soares, Almirante Mendes Cabeçadas, etc) e foi o padrinho de casamento de Maria Barroso e Mário Soares. Conta-o hoje Maria Barroso numa grande e comovedora entrevista ao I.
Barradas de Carvalho, já falecido, é pai de Alberto e Manuel Ahrons de Carvalho.
mn
se quiser saber as porcarias montadas por certo partido para impedir o casamento do Mário e da Maria, leia o grande livro de Mário Soares, Portugal Amordaçado
Texto de Luís Bigotte Chorão in
a ler sem falta o Livro coordenado por Luís Eloy Azevedo para saber como o Prof. Palma Carlos, aliás como o irmão, o dr. Manuel João Palma Carlos defenderam à borla os presos políticos, aliás como Soares, Zenha, João Camossa de Saldanha e tantos outros, incluindo José Hermano Saraiva que defendeu os sobrinhos, filhos do António José.
mn.
quando ouvi ao Saldanha Sanches e ao Pedro Ramos de Almeida dizer que o Adelino era um ''fascista'', um ''golpista spinolista'', a única coisa a dizer-lhes é que tivessem juízo na pinha
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)