Peter CooK in
Cidades completamente nómadas, transportáveis por ar, edifícios que se podem usar como roupa, cadeiras que se transformam em automóveis: na década e meia que decorreu entre 1960 e 1974, seis jovens britânicos recém-formados estiveram juntos num projecto inspirado pela cultura pop e psicadélica de um mundo cheio de novas possibilidades tecnocientíficas e repensaram a fundo as possibilidades da linguagem da arquitectura e do espaço social.
Peter Cook, Ron Herron, Warren Chalk, Dennis Crompton, David Greene e Mike Webb chamaram ao seu projecto Archigram, um atelier de arquitectura e uma revista com o mesmo nome onde foram publicando os seus projectos, visões utópicas de um futuro high-tech que ficou por construir mas que se tornaria em toda uma referência pós-modernista.
O crítico norte-americano Michael Sorkin falaria num cruzamento entre a herança de uma engenharia heróica britânica - o Palácio de Cristal, o Spitfire... - e o idealismo tecnocrata vernacular das imagens da Marvel Comics, dos jogos da Meccano e dos parques de diversões. O Centro Georges Pompidou, de Paris, é tido como uma das mais conhecidas obras inspiradas no legado deste colectivo.
Aqui fala Peter Cook, um provocador.
Depois de um período de arrefecimento relativo, ao longo da última década a obra do grupo Archigram começou a ser recuperada, nomeadamente com a atribuição de alguns prémios. Por que acha que essa recuperação se está a dar- neste momento específico?São os ciclos das modas. Acredito que a cultura se desenvolve em loop - se andarmos por cá tempo suficiente, acabamos por voltar [risos]. Da última vez que estive em Portugal foi para a inauguração da exposição do Pancho Guedes [no Centro Cultural de Belém, em Maio do ano passado]. É interessante que, por fim, Portugal esteja a reconhecer que há um tipo muito extraordinário que acontece ser português...
Acho mesmo que a cultura se movimenta em loop. Depois do primeiros tempos áureos do grupo Archigram houve um período de cerca de dez anos em que nenhum jovem arquitecto espertalhaço queria ser apanhado a falar de nós, muito menos a admirar-nos. Depois, claro, nós próprios vamos mudando os nossos territórios de interesse.
Em que sentido?
Irrita-me, por exemplo, que em relação ao edifício azul [do museu Kunsthaus] de Graz [construído para a Capital Europeia da Cultura de 2003], toda a gente tenha dito: "Ah! É um edifício Archigram!" Na verdade, acho que inclui muitos outros tipos de ideias. É demasiado fácil dizer que é Archigram. Eu próprio às vezes parodio essa circunstância [de recepção do meu trabalho]: começo as minhas palestras com uma imagem de um projecto Archigram e outra de um trabalho meu recente. Digo: "Só há duas coisas que precisam reter: isto é o jovem Peter Cook, e isto o Peter Cook mais velho. Agora podem ir para casa. Tudo o resto, no meio, é ruído, é confusão." Porque acho que o resto é a parte interessante.
A minha verdadeira contribuição, se é que ela existe, está em desenvolver e jogar com o vocabulário da arquitectura. Não apenas o vocabulário de uma arquitectura pensada para usar e deitar fora, ligada à sociedade de consumo, nem com a arquitectura enquanto disciplina académica, mas com a arquitectura como extensão da vida e do teatro da vida. Isso interessa-me.
Por exemplo?
Por exemplo, neste hotel a preto e branco [Fontana Park Hotel], não estou seguro de o teatro da vida ter sido pensado. Acho, aliás, que esse teatro é inibido. Aqui estamos os dois, sentados nestas cadeiras rígidas, a querer conversar e sem conseguir encontrar uma boa posição. O que gostaria é que houvesse aqui 15 sítios onde pudéssemos tomar café e 93 maneiras de podermos recostar-nos, de estar cara a cara ou de nos tocarmos ou o que raio quiséssemos fazer. No período eduardiano [1901-1910], por exemplo, os arquitectos ingleses eram bons nisso. Um hall de hotel teria uma série de sítios para nos sentarmos juntos. O modernismo pôs isso de parte. O modernismo é pio e os seus seguidores são devotos. O modernismo diz que temos que nos sentar direitos e manter o pacote de batatas fritas no bolso. Eu gosto de ambientes burgueses, gosto de cadeiras confortáveis, muito obrigado, gosto de portas que abrem com facilidade, muito obrigado...
O que estou a dizer é que me interessa muito o vocabulário da forma, do método, dos materiais, da organização, da experiência da vida na arquitectura. E a grande contribuição do grupo Archigram foi ampliar e diversificar esse vocabulário. Muita arquitectura inglesa da altura [da criação do grupo] restringia-se a certos parâmetros modernistas ou históricos. O que o projecto Archigram disse foi: "Esperem lá!, há muitas coisas a acontecer no mundo; produzem-se carros, fazem-se paredes de vidro, as pessoas divertem-se nas praias!" Depois da dissolução do grupo Archigram [em 1974] continuei por esse caminho. Olho para quiosques de rua, para materiais curiosos, vejo o que as pessoas fazem nos autocarros, interessam-me os patins, os skates... Fico fascinado pelo que se passa à minha volta, fascinado por pessoas. Observo, extrapolo e traduzo o que vejo nos maneirismos da arquitectura. Normalmente descrevo-me como um pluralista extremo.
Um pluralista extremo: tudo é válido?
É uma pluralidade com limites, claro.
Há muitas formas de matar um gato. Por exemplo, aquele edifício terrível onde a trienal vai acontecer, aquele complexo horrendo feito pelo [arquitecto italiano Vittorio] Gregotti [o Centro Cultural de Belém], bombástico, quase neofascista... Irrita-me tanto!
Não estive muitas vezes em Portugal. Esta é apenas a minha terceira visita. Mas já me fizeram saber que os arquitectos portugueses mais jovens seguem a arquitectura suíça racionalista. Fascina-me ouvir isso. Penso: "Que pena!" Porque ao visitar o Porto, por exemplo, não fico fascinado pela arquitectura do Eduardo Souto de Moura, que é o que é suposto apreciarmos. Fico mais fascinado pelo facto de ser uma cidade tão bizarra, tão cheia de inconsistências estranhas.
Que tipo de inconsistências?A cidade parece uma colagem. Vêem-se uns edifícios que parecem Art Déco belga, outros com azulejos brancos e azuis, outros que são simplesmente tolos. Vê-se uma rua que, de repente, simplesmente acaba, ali, aos nossos pés. Vêem-se duas pontes, uma em cima da outra, como se alguém não conseguisse decidir a que altura construir e tivesse escolhido fazer duas... Passei pouco tempo no Porto, apenas dois dias, há alguns anos, mas adorei. Uma cidade riquíssima, completamente apatetada. E suspeito que o edifício do Rem Koolhaas encaixe bem nela, suspeito que funcione como uma extensão desse ambiente, que não seja apenas uma coisa educadinha.
De qualquer forma, sempre achei que as segundas cidades de um país são fascinantes. Não têm que olhar para o establishment, porque não é nelas que se centraliza o poder. As pessoas nas capitais, normalmente, são pomposas. As segundas cidades esforçam-se mais, são mais empreendedoras, antes de tudo porque ninguém está a olhar. Têm normalmente a arquitectura mais criativa... Graz mais do que Viena, Antuérpia mais do que Bruxelas, Glasgow mais do que Edimburgo... A arquitectura mais travessa, a atitude mais descomplexada perante a criatividade está nas segundas cidades. As primeiras cidades, paradoxalmente, tornam-se mais provincianas. Mas, ainda em relação a Portugal: a palestra que o Pancho deu em Londres, e à qual assisti, estava cheia de miúdos que adoraram, aplaudiram e saíram de lá fascinados, a quererem saber quem era aquele tipo. E, contudo, em Portugal, pratica-se uma arquitectura cool, racional. Acho que o país merece mais do que isso. Mas, para ir ao ponto: será que tem autoconfiança suficiente para fazer melhor? Ou quer fazer como os suíços e italianos, ser levado tão a sério quanto os suíços e italianos? Estou a ser cínico, eu sei...
Não valoriza as questões interpretativas. Na altura, nós sentíamos que quem tinha tido sorte eram os da década anterior. Achávamos que as grandes ideias realmente tinham surgido nos anos 1950, por exemplo, a nível tecnológico, como resultado da II Guerra Mundial. O que sentíamos era que estávamos só a continuar a surfar a onda, e não a viver uma época especial. A atmosfera do momento parecia-nos bastante fastidiosa, apesar de rica em termos criativos.
O que quero dizer é: não podemos recostar-nos e apontar as circunstâncias e os contextos económicos como álibis centrais. Há circuitos de pessoas que, apesar das dificuldades, são criativas, empreendedoras, espirituosas, engenhosas e simplesmente levam a coisa para a frente. É por isso que me irrita que me venham dizer que nós tivemos sorte.
A questão, na verdade, era: depois do optimismo dos anos de reconstrução e expansão do pós-guerra, em que os contornos da sociedade de consumo e da era da máquina pareciam particularmente sedutores, vivemos vários ciclos depressivos - o Vietname, a Crise do Golfo, o 11 de Setembro, a actual crise económica mundial... -, momentos que nos forçam a reconsiderar o tom dessas visões. A pergunta era: o tecno-positivismo que marcava o projecto Archigram, fundado em anos de descoberta e optimismo, faz sentido hoje?
Diria que os meus interesses, hoje, estão tanto com as pessoas como com a tecnologia, talvez mais com as pessoas. Hoje fascinam-me mais as circunstâncias. Já não me interessam tanto os gadgets, mas talvez mais o que se pode fazer com uma caixa de cartão, um cordel e um guardanapo. Por exemplo, a minha mulher é de Telavive, onde há muita arquitectura modernista, onde há, por exemplo, essa estrutura do cânone modernista que é o boulevard com árvores, onde as pessoas passeiam o cão e onde, tradicionalmente, há um quiosque. Fotografei dois. Um desses quiosques em Frankfurt, na Alemanha, outro em Telavive, Israel. O de Frankfurt, uma cidade burguesa, sem problemas, é uma miséria. Pertence a um turco também miserável que não se percebe o que vende. O de Telavive, uma cidade com todos os problemas que conhecemos, é um oásis, maravilhosamente pintado, com uma fila constante de gente à espera para comprar fruta fresca e sumos acabados de fazer. Há uma ironia nisto, uma ironia com vários estratos de leitura: não é tanto o modelo da coisa, é o que acontece a esse modelo ao ser interpretado. Quem criou as noções de boulevard e quiosque acreditou em dispositivos, mas depois há as circunstâncias. Agora, nos tempos do Archigram talvez falasse do quiosque ou de uma mota que vi em Londres, que se transforma numa tendinha de venda de café (é outro tipo de quiosque e tem tudo a ver com as lógicas Archigram de mobilidade e funcionalidade - tenho dezenas de imagens de coisas semelhantes...). Dizia que nos tempos do Archigram talvez falasse do quiosque enquanto dispositivo, mas talvez não falasse das outras camadas de leitura.
A questão da mobilidade: desde os tempos do Archigram, a noção de mobilidade mudou. O conceito de nomadismo, por exemplo, essencial ao vosso projecto, transformou-se numa espécie de mobilidade imóvel: a mobilidade imóvel da viagem via Internet.
Sim. É uma realidade com efeitos colaterais muito intrigantes. Por exemplo, certos tipos de paranóia: com o computador as pessoas não saem, têm conversas picantes e experiências com amantes que nunca viram olhos nos olhos.
Sim, mas na altura nós ainda estávamos preocupados com coisas. Entretanto, tudo se desmaterializou imenso. O facto de usarmos uma série de novas tecnologias e materiais introduz mudanças maravilhosas. Por exemplo, hoje podemos usar uma janela como sistema de aquecimento e uma parede como sistema de comunicação. O que tem aqui, em cima de mesa, é um telemóvel, mas também é uma máquina fotográfica, um gravador... Aquilo que eu tenho no meu bolso [uma pen] pode ser uma máquina de barbear ou um vibrador. No passado, uma porta era uma porta, uma cadeira era uma cadeira e uma galinha era uma galinha. Hoje não. No sentido destas mudanças paradoxais, vivemos um momento muito interessante que o vocabulário da arquitectura tem que acompanhar.
Nota:
Se querem arrasar a memória histórica de Abrantes por favor não contratem arquitectos piedosos que são a cópia pia do Le Corbusier sem nenhuma das qualidades dele e com todos os defeitos.
Contratem tipos divertidos como o CooK
Não é que defendamos arrasar São Domingos e meter lá uma coisa como a Kunsthaus de Graz!!!
Mas se persistem em arrasá-lo, tragam-nos um gajo divertido, o Cook, o Taveira ou o Troufa Real
Agora ''caixotes da praxe, não!!!!
Já nos chega que o Rei do Caixote seja abrantino e se chame João Pimenta.....
Miguel de Ataíde
há um facto curioso: Aires Mateus e Carrilho da Graça são eles próprios comissários da Trienal de Arquitectura de Lisboa, que é a instituição que gere a representação portuguesa à Bienal de Veneza. Aires Mateus é responsável pela exposição da Cova da Moura, da dita Trienal; e João Luís Carrilho da Graça é responsável pelo concurso de Angola. O mundo da arquitectura portuguesa é pequeno.
joão, realmente esse facto é curioso, mt curioso... permite-me no entanto o acrescento: potencialmente o mundo da arquitectura portuguesa nem seria assim tão pequeno, não fosse ele tão somente o reduto daqueles poucos que o querem pequeno...
podiam resolver a coisa com um jantar
comida de plástico, em três tristes sílabas, que sempre saía mais barato
a todos
qual é/foi o momento estimulante?
Julgo ser irrelevante do ponto de vista (disciplinar, pelo memos) a partilha de cargos institucionais por comissários e autores. Como julgo também que tal representação não envergonhará ninguém: afinal - para lá de eventuais questõesde posicionamento - o trabalho dos quatro nomes escolhidos não é propriamente de desprezar.
A questão aque será apenas uma: a de mais uma vez deixar para trás a oportunidade de pensar uma representação potencialmente construtiva, quem sabe arriscada, para apostar em fenómenos sobejamente conhecidos, mas com pouca relevância propositiva.
Se é verdade que há qualquer coisa de indiscutível na obra dos quatro autores; é exactamente aí que reside o problema: nada mais haver a discutir. Pensando-se, claro, que a essência de uma Bienal reside exactamente na discussão; mais do que na confirmação
não discutiremos a arquitectura (portuguesa)
não discutiremos as representações (seria antipatriótico e malcriado da nossa parte), as embaixadas ao exterior
não discutiremos a escolha dos comissários nem, dos comissários, as escolhas
não discutiremos (por evidente "irrelevância"...) a "sobreposição" (como nos casais...) dos papéis...
não discutiremos a saborosa sapiência das (não menos patrióticas) pescadinhas de rabo na boca
ajoelhemos, nas lajes frias da brancas catedrais, e "oremos"...
a gosto...
...jogar pelo seguro...
Até parece que os nomes propostos têm muito a ganhar com esta representação - bem o Bak Gordon até tem ! Veneza para confirmados, entenda-se! A escolha é poucochinha, parece-me.Revela pouca ousadia. Uma escolha tão empoeirada de arquitectos dir-se-ia de uma estrutura pouco ágil - parece uma escolha 'a la Ordem dos Arquitectos'. Não via a Trienal nesta embrulhada. que escolha desafortunada, não
Nota de Miguel de Ataíde:
Cá para mim é como Scolari quando treinava a selecção, escolher-se a si próprio para avançado-centro......
Como já reparam estão terminadas as tréguas. Respeitado o luto pela morte do irmão do arq. Carrilho da Graça, recomeçámos a criticá-lo.
É chata a morte, mas é assim.
A Luta continua!!!!
Miguel Abrantes
Jota Pico desmente ter introduzido um comentário a auto elogiar-se enquanto porta-voz apostólico do Pinhal (por delegação ecuménica do Vigário) no blogue do Nuno Gil.
O Nuno com toda a sensatez criticava os gastos supérfluos a cargo do contribuinte com a visita do Papa.
Nós também somos dessa opinião, sustentando apesar da maioria católica da petição, que devia ser a Igreja Católica a pagar esses gastos.
Nem nos serve a desculpa de que Ratzinguer é Chefe de Estado, a visita pastoral é uma coisa religiosa e deve ser paga pelos católicos.
Como a Igreja deve pagar impostos e não fazer concorrência desleal a empresários privados, como o faz em Fátima onde há centenas de quartos para alugar a turistas que não pagam impostos por estarem debaixo da alçada de instituições católicas.
O Papa é um Chefe de Estado (dum Estado recriado por um político ateu chamado Mussolini, a quem tiveram o descaramento de negar enterro religioso, depois de o terem incensado como baluarte da civilização cristã) e devia ser tratado com a consideração e o respeito que merece essa condição.
O Papa é o Chefe da Igreja com mais fiéis em Portugal, cuja história se mistura nas coisas boas e más com a nossa, tendo produzido Santos e criminosos como o poder político, e devia também ser tratado com o respeito ao dignitário em que muitos portugueses reconhecem o Vigário de Cristo.
O Papa é um intelectual respeitado e um homem que tenta moralizar uma Instituição corroída até às mais altas instâncias pelo pecado nefando da pedofilia.
Ratzinguer é o homem que desautorizou a tropa eclesiástica que diz que o caso da pedofilia é uma perseguição à Igreja e que ocultou e protegeu os criminosos que abusaram de milhares de crianças inocentes.
Este sinistro personagem Marcos Maciel, Fundador da organização eclesiástica mais poderosa da actualidade, ao pé da qual a Obra é um grupo de bolchevistas foi um corrupto, um ladrão, um pedófilo, bígamo ou trígamo e os altos interesses da Cúria Romana protegeram o criminoso, foram subornados para atrasar as queixas e por pouco o homem não era beatificado em vida.
João Paulo II apontou-o como um modelo para a juventude.
Foi Ratzinguer que, sem piedade, o mandou afastar de celebrar a Palavra e de qualquer responsabilidade eclesial.
Dizia Paulo VI que havia fumos de Satanás dentro da Igreja, aqueles que acreditam no Demo, se querem encontrar um agente do Demónio, aqui o têm, o pederasta Padre Marcial Maciel.
Por isso, Ratzinguer merece respeito.
Ainda duas notas:
Num momento de grave crise económica a Igreja devia ter encenado uma visita mais barata, mais espiritual e menos ostentosa.
Muitos dos políticos e dos ''intelectuais'' (tipo Carrilho da Graça) que aproveitaram a vinda do Papa para saírem nos media, serem vistos nas páginas sociais fazendo a corte ao Pontífice deviam ter vergonha. Como aliás alguns eclesiásticos. Um Governo que tentou tirar os capelães dos hospitais em nome do laicismo barato propagado pelos fundamentalismos maçónicos do ''Grão-Mestre'' António Reis (um homem que todos os dias conspurca a memória de tolerância daquele que foi o dr. Raul Rego, que fez do Palácio Maçónico uma casa de diálogo e não a sede duma seita,) negando aos doentes terminais o consolo espiritual dum sacerdote, devia abster-se de estar presente nas cerimónias papais.
Mais quando Carrilho da Graça apelou à legalização do casamento homossexual estava a pôr-se contra a doutrina católica e a mensagem do Papa. Que fazia ele na Conferência de Ratzinguer no CCB?
Tentar vender um novo modelo de Igreja com altares para casar gays?
Já registou a patente?
E finalmente o Governo e o Presidente recusaram-se recentemente a receber um Chefe de Estado e um Líder Religioso, o Buda vivo, Sua Santidade, o Dalai-Lama, homem a cujo prestígio se verga a Humanidade.
Só há uma palavra para definir tal comportamento: cobardia.
E sermos governados por cobardes não é agradável.
Miguel Abrantes
Nota: Passamos a criar um link para o blogue do Nuno. O Pico, porta-voz apostólico no Pinhal está ilibado. O Cachoeira é que não. Todas as semelhanças entre os dois são pura coincidência.
Primeira edição - PLAYBOY em PORTUGAL
Carrilho fez uma ponte sexy na Covilhã, de forma que um peticionário nos mandou a foto do galã mais sexy da Serra da Estrela
Dada a situação a que levou o país, a pergunta é:
Quando é que o tipo se atira da ponte do Carrilho de cabeça?
Marcello de Ataíde
Em : 12-03-2010
N.º Procedimento: 146423
Listagem de entidades adjudicatáriasNIF Nome entidade adjudicatária 506596737 LEMO-Laboratorio de Ensaios de Materiais de Obras, E.IM.
''Objecto do contrato: Prestação de Serviços de Estudos de Prospecção Geologica e Geotecnica-Museu Iberico de Arqueologia e Arte de Abrantes
Data da celebração de contrato: 10-03-2010
Preço contratual : 16.386,00 € Prazo de execução: 30 dia(s)Local de execução:Portugal - Santarém - Abrantes (ver aqui)''-sic
Foram feitas escavações arqueológicas autorizadas pela tutela dirigidas por um tal Luiz Oeesterbeck.
Até hoje nem o responsável pelas escavações nem a CMA divulgaram o resultado delas.
Até hoje Carrilho da Graça não fez alterações ao projecto para ''acautelar a construção no intradorso da muralha abaluartada do ponto de visto físico e da salvaguarda de eventuais vestígios arqueológicos''
Coitado não teve tempo, mas teve tempo para apresentar uma queixa injusta contra António Castel-Branco na Ordem dos Arquitectos!!!!
Nestas condições a petição considera extemporâneas a realização dos estudos geotécnicos e pergunta houve autorização do IGESPAR para eles?
Porque é que nem a CMA nem Oeesterbeck divulgaram os resultados das pesquisas?
Porque não convinha?
A petição tem tido muita paciência, mas está disposta a chegar às últimas consequências.
O exemplo do Doutor Santana Maia que declarou ao Ribatejo que iria apresentar queixa-crime contra responsáveis camarários é para nós um exemplo a considerar.
Arq. Beatriz Noronha
Miguel Abrantes, Coordenador da Petição
Acaba de se formar um grupo de monárquicos legitimistas em Abrantes. Alguns deles, como o nosso amigo Dr.Paulo Falcão Tavares são subscritores da petição e no caso do Paulo colaborador assíduo deste blogue.
O Por Abrantes divulga aqui também a aparição dum blogue ligado a este grupo, que a partir de hoje faz parte dos nossos amigos, é http://nucleomonarquicoabrantes.blogspot.com/
Publicam uma interessante e incompleta cronologia da República cá na terra que termina com o ataque do carrilhismo ao Convento de São Domingos e denunciam ainda outros ataques ao património desencadeados pela administração do dr. Carvalho.
O POR ABRANTES recomenda a leitura deste blogue, um pouco demasiado católico e apostólico para o nosso gosto heterodoxo, e espera que a rapaziada que agita o estandarte azul-branco seja digna do velho PPM de Gonçalo Ribeiro Telles, Luís Coimbra, João Camossa de Saldanha, Francisco Rolão Preto, Barrilaro Ruas e tantos outros.
Claro que este PPM estava a milhas da associação folclórica do excelente fadista D. Gonçalo da Câmara Pereira, a quem desde já metemos uma cunha para ajudar na carreira do promissor fadista do Souto, Nuno Pico.
O Fadista Nuno Pico
Também escusam os monárquicos de nos virem contar que o Gonçalo não é D.Gonçalo, porque o é por decreto de el-Rei D.Manuel I.
Finalmente para guia da actuação monárquica abrantina, devemos recordar a velha máxima de Luís de Almeida Braga que dizia que para ''ser monárquico não precisava de licença do Rei, nem dos bobos da corte''
Marcelo de Ataíde
( o Abrantes é um descarado jacobino e por isso queria escrever aqui o elogio da Formiga Branca e recomendar a constituição duma abrantina para caçar clérigos pedófilos, mas lá o consegui acalmar).
Celebrou-se ontem o Dia Nacional dos Centros Históricos. Esperámos para ver se havia alguma iniciativa particular ou municipal. Não há notícias delas. É natural o programa da maioria socialista é dar cabo do Centro Histórico abrantino com o projecto do Carrilho da Graça, face à indignação da elite abrantina, da opinião culta e dos instrumento de planeamento urbanistíco aprovados.
Estamos certos que o licenciado Carrilho da Graça aprecia muito as opiniões estéticas de Ceacucescu que destruiu Bucareste em nome da arquitectura científica estalinista.
''Introdução
As cidades, vilas e aldeias portuguesas têm sofrido, nas últimas décadas,diversas pressões e dinâmicas urbanísticas. Uma das consequências da terciarização da nossa economia tem sido a descaracterização das zonas urbanas tradicio nais.A par da desertificação populacional das zonas históricas das povoações,têm ocorrido diversos atentados à har monia da herança histórica,cultural e social. Grandes edifícios, pouco contextualizados, têm tirado lugar a símbolo vivos do nosso passado.Parte do nosso património arquitectónico tem sido destruído, ao passoque os novos edifícios nem sempre têm respeitado a paisagem urbana.É nosso propósito construir mecanismos de Defesa, Salvaguarda, Valorizaçãoe Promoção do Centro Histórico de Abrantes e Rossio ao Suldo Tejo.É nossa intenção preservar e recuperar o Património existente bem como definir regras específicas para as novas edifica ções. Mais do quecondicionar e proibir certas realizações, pretende -se fornecer alternativasde reabilitação urbana.É nossa intenção ainda, que o presente Regulamento não seja visto como redutor da iniciativa dos promotores, mas antes como um instrumento de gestão didáctico a divulgar, cumprir e fazer cumprir, disciplinandoas intervenções futuras nas zonas históricas de Abrantes e Rossio ao Sul do Tejo.''
Quem ler não pode deixar de concluir que a intenção do legislador e dos deputados municipais que o aprovaram foi a de impedir barbaridades como as que vamos ver:
As imagens desta fotomontagem divulgadas pelo PSD abrantino são da responsabilidade da arquitecta Beatriz Noronha e mostram bem o impacto desastroso da megalomania do licenciado Carrilho da Graça no tecido urbano da Cidade.
Estamos à espera (e a paciência esgota-se) que os edis do PSD sejam consequentes com as promessas eleitorais e tentem encontrar uma solução política para este assunto, passe ele pela reformulação do projecto, passe pelo afastamento pura e simples de Carrilho da Graça
devido às irregularidades do projecto e dos contratos formulados com o seu atelier.
Se não houver solução política, haverá outras que poderão passar pela responsabilização dos responsáveis, incluindo os funcionários e técnicos municipais que intervieram no processo.
E naturalmente os políticos.
E agora a descrição do SIPA:
Núcleo Urbano de Abrantes |
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IPA |
Conjunto |
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Nº IPA |
PT031401110084 |
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Designação |
Núcleo Urbano de Abrantes |
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Localização |
Santarém, Abrantes, São João |
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Acesso |
A1 (93 km, saída 7, Abrantes/Torres Novas), A23, E806 (38 km, saída Abrantes / Rio de Moinhos), N3 (à esquerda), o centro de Abrantes localiza-se a cerca de 1,5 km. |
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Protecção |
Inclui Igreja de Santa Maria do Castelo (v. PT031401130001), ZEP Igreja de São Vicente (v. PT031401130002), Igreja de São João Baptista (v. PT031401130003), Fortaleza / Castelo de Abrantes (v. PT031401130004), Antigo Convento de São Domingos (v. PT031401130006), Casa da Câmara Municipal (v. PT031401130007), Igreja e antigo Hospital da Misericórdia de Abrantes (v. PT031401130011), Pórtico da Igreja do Convento da Esperança (v. PT031401130013) |
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Enquadramento |
Urbano. Abrantes situa-se sensivelmente no centro geográfico do país na região de Lisboa e Vale do Tejo e na transição do Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa. A cidade implanta-se à cota altimétrica de 210 m (castelo/ fortaleza), na margem direita do rio, cujo leito é bem visível dos seus pontos altos. Esta margem, ao invés da margem sul, apresenta um relevo mais escarpado, visível na descontinuidade do crescimento urbano. A cidade está a expandir-se essencialmente para NO., o Tejo representando uma barreira natural com uma envolvente a preservar. Actualmente, as povoações de Alfarrarede e do Rossio ao Sul do Tejo, incluídas no século passado nos limites urbanos da cidade, formam com Abrantes, um grande conjunto edificado, apesar da ruralidade ainda perceptível da envolvente. Alfarrarede, também na margem direita, e situada a NE., dista a uma distância inferior a 1 km da parte alta cidade; recebeu no séc. 19, o comércio grossista de Abrantes. Na margem esquerda, passando a ponte rodoviária, a 1,5 km e com um povoamento bastante contínuo ao longo do eixo de acesso, situa-se a povoação do Rossio ao Sul do Tejo (ou Rossio de Abrantes), zona de expansão da cidade, que se prolonga para os Bairros do Carvalhal, Cabrito, Bairro, Arrifana e Maiorca. Esta área, enquadrada pela ribeira de Fernão Dias, a E. e o rio Torto, a O., é praticamente plana. O Tejo tem um papel fundamental na agricultura da região, cujo porto fluvial foi desde cedo um incentivo à produção cerealífera, vinícola e oleícola, observando-se em todo o concelho uma vasta herança patrimonial agrícola (lagares e engenhos) e grandes quintas de produção. Da ponte rodoviária é visível o conjunto de pilares, os Mourões, pertencentes a uma antiga ponte de Barcas, do séc. 19 (v. PT031401090005). |
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Descrição |
Núcleo urbano adaptado à encosta, com fundação no castelo situado no topo de colina e com crescimento para as encostas mais favoráveis, de SO. para SE.. Malha orgânica junto ao castelo, de raiz medieval e de configuração radioconcêntrica, caracterizada por vias estreitas e sinuosas e por quarteirões compactos com lotes estreitos e quintal nas traseiras, com muro a confrontar a rua de trás. Os três conventos da vila (São Domingos, v. PT031401130004, da Esperança, v. PT031401130013, da Graça, demolido), edificados no séc. 16 e situados em limites opostos (SE. e NO) foram estruturantes para o crescimento da malha setecentista, mais recticulada mas igualmente adaptada à morfologia do terreno, que se juntou harmoniosamente à malha já existente. Esta transição, de NO. para SE., faz-se pelo eixo da Rua Corredoura (actual Rua Marquês de Pombal) / Rua do Bacharel (Rua D. João IV) / Rua Nossa Senhora do Socorro (Rua Tenente Valadim). Nos topos deste eixo, os Conventos da Esperança e o Colégio de Nossa Senhora de Fátima, a NO., e o conjunto da Santa Casa Misericórdia e o convento de São Domingos, a SE.. Perpendicularmente e menos demarcado em planta, um eixo domina, atravessando os vários largos e praças da cidade, também estruturantes que, apesar de diferentes na sua configuração, são semelhantes na sua vivência (espaços de lazer e sem trânsito rodovário). É definido, de SO. para NE., pela Rua das Pousadas (actual Rua Nossa Senhora da Conceição), a Praça da Palha de Baixo (actual Praça do Barão da Batalha), a Praça da Palha de Cima (actual Largo Dr. Ramiro Guedes), a Rua Avelar Machado "fechando" na Praça do Concelho (actual Praça Raimundo Soares), onde ainda se localiza o centro político e administrativo da vila, representado na Casa da Câmara Municipal, construída no séc. 16 (v. PT031401130007). No séc. 20, a zona envolvente ao Largo da Feira foi urbanizada, desaparecendo o olival da vila. Aí se encontram os equipamentos de Abrantes (mercado, tribunal, repartição de finanças e conservatória). Já fora do centro histórico implanta-se destacado o Hospital, e a zona residencial junto da Alameda de Santo António, a O., preenchida com a demolição da muralha. Esta área caracteriza-se por quarteirões alongados, no sentido da encosta, por lotes de maior dimensão, alguns com moradias. A S., na Praça da Palha de Cima (actual Largo Dr Ramiro Guedes), de confuguração triangular, é visível a transição de malhas; daí partem vários eixos viários, originando quarteirões de configuração rectangular, que dão acesso ao Largo da Feira. Actualmente, resultado do relevo escarpado onde se implanta a cidade, o crescimento urbano é bastante descontínuo, ao longo dos eixos viários de acesso à vila. Devido à sua localização geo-estratégica, Abrantes torna-se no séc. 19, numa das praças fortes mais importantes do país, tendo sido fortificada (cf Planta de 1817) depois da primeira invasão napoleónica. Os testemunhos que restam hoje resumem-se ao pano de muralha abaluartado do castelo, ao reducto de São Pedro (Jardim do Castelo e Rua dos Quinchosos) e aos panos muralhas de Santo André (Rua da Barca e Ladeira dos Quinchosos), de São Domingos (junto ao convento), do Adro Velho (nas traseiras da Igreja de São Vicente) e de São Francisco (Rua de São João Baptista de Ajudá e Rua Defensores de Chaves). O recinto do castelo / fortaleza, de forma sensivelmente oval e abaluartada a S.., hoje ajardinado, encerra torre de menagem (v. PT031401130004), a Igreja de Santa Maria do Castelo (v. PT031401130001), do séc. 14, actual museu municipal D. Lopo de Almeida, e o palácio dos Governadores. A Rua do Castelo (actual Rua Capitão Correia de Lacerda) é a principal via de acesso ao castelo, bastante alterada (observável na largura da via e nos lotes que foram sendo urbanizados, assim como nas casas do séc. 19 e habitações plurifamiliares do séc. 20); é provalmente uma das mais antiga da vila, a par da Rua Nova e da Rua Grande. Faz a ligação do mesmo à Largo da Ferraria, onde se encontra sobrelevada a Igreja de S. Vicente (v. PT031401130004). Deste largo distribuem-se, radialmente: a Rua Grande, que dá acesso à Igreja de São João Baptista (v. PT031401130003) e à Rua da Barca, que ligava a cidade ao rio (ainda com o pavimento urbano em seixo rolado); a Rua Nova, a Rua dos Oleiros (actual Rua Maria de Lurdes Pintasilgo) que liga à Praça do Concelho; a Rua de São Vicente (actual Rua dos Combatentes da Grande Guerra), que dá acesso ao Largo de São Pedro, onde se implanta destacado o Cine-Teatro São Pedro, construído no local da igreja com o mesmo nome. Terá sido na Rua da Boga (actual Rua dos Condes de Abrantes), que se situou a judiaria da vila, nos séc. 14 e 15. Os espaços públicos do centro histórico, com excepção do jardim da República, antigo Rossio, e do Largo Actor Taborda, caracterizam-se pelo despojamento de árvores, que aliás não desempenham um papel relevante na cidade, como acontece nas núcleos urbanos de origem medieval. Nos séc. 19 e 20 fizeram-se alguns arranjos paisagísticos (Largo do Barão da Batalha e Rossio). A O., e já fora do limite do centro histórico, o Campo de Santo António (onde entraram as tropas francesas), actual Parque de Santo António, foi adaptado a espaço lúdico na década de 40 do século passado, é a única área verde de grandes dimensões da cidade. A zona comercial da vila localiza-se a SO. da Praça do Concelho, destacando-se o espaço urbano de lazer da Praça da Palha de Baixo. A arquitectura residencial corrente caracteriza-se por casas unifamiliares e plurifamiliares de 2 e 3 pisos em alvenaria de xisto, com escada interior lateral, iluminada por óculo. Destacam-se algumas casas abastadas, que seguem o alinhamento da rua (Rua Grande), assim como moradias, do século passado, algumas da autoria de Raul Lino (Casas na Rua Tenente Valadim, Rua Luís de Camões, Rua de S. Pedro, Rua de Santa Isabel e r. D. Afonso Henriques). Na decoração das fachadas predominam as molduras em argamassa e os cunhais, caiados com pigmento amarelo. As chaminés, por vezes datadas e perpendiculares à fachada principal destacam-se nos pontos altos da cidade. |
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Descrição Complementar |
Não definido |
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Utilização Inicial |
Militar / Cultual / Residencial |
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Utilização Actual |
Residencial / Comercial / Cultual |
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Propriedade |
Pública: estatal, municipal / Privada: Igreja católica, Misericórdia |
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Afectação |
CMA (Igreja de Santa Maria do Castelo) |
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Época Construção |
Séc. 12, 14, 17, 20 |
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Arquitecto | Construtor | Autor |
Manuel de Sousa Ramos, Coronel (renovação das fortificações) |
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Cronologia |
1148 - conquista de Abrantes aos mouros, fundação da Igreja de São Vicente; 1173 - é doado o castelo de Abrantes e o seu termo à ordem de Santiago; 1176 - D. Afonso Henriques doa o canal de pesca de Abrantes ao mosteiro de Lorvão; 1179 - repelido ataque Abrantes. Concessão de foral, por D. Afonso Henriques; 1215 - edificação da igreja de Santa Maria do Castelo; 1217 - D. Afonso II confirma o foral concedido em 1179; 1240 / 1243 - Doação de a Abrantes D. Mécia Lopes Haro, mulher de D. Sancho II; 1250 - o Concelho obriga-se perante D. Afonso III a reconstruir o castelo, à sua custa; 1281 - concessão, por D. Dinis, do senhorio de Abrantes a D. Isabel; 1300 - edificação da Igreja de São Baptisata, pela Rainha D. Isabel; 1300 - no reinado de D. Dinis, edificação da torre de menagem e reforma dos muros do castelo; 1385 - D. João I parte de Abrantes para a Batalha de Aljubarrota; 1386 - primeira referência documental da Rua do Castelo (actual Rua Capitão Correia de Lacerda); 1372 - doação a D. Leonor Teles; 1392, 22 Outubro - primeiro documento que refere a Judiaria de Abrantes (arrendamento pelo vigário e os raçoeiros da Igreja de S. Vicente, de uma casa na Judiaria); 1385, Abrantes é ponto de encontro entre as tropas de D. Nuno Álvares Pereira e de D. João I, antes da partida para a Batalha de Aljubarrota; 1476, 13 Junho - D. Lopo de Almeida é nomeado primeiro conde de Abrantes; 1483 - fundação do Hospital de São Salvador; séc. 16 - data de construção dos conventos de S. Domingos e da Graça (demolido); 1506 - nasce em Abrantes o infante D. Luís, filho de D. Manuel, que aí terá permanecido durante cerca de 20 anos, refugiando-se da peste que se fazia sentir em Lisboa; 1506 / 1507 - nascem em Abrantes, no antigo Paço Real, os infantes D. Luís e D. Fernando, filhos de D. Manuel; 1509 - início da constrição do convento de São Domingos; 1518 - A 10 de Abril é concedido foral a Abrantes, por D. Manuel; séc 16 - contrução dos Conventos de Nossa Senhora da Esperança (demolido) e de São Domingos; 1548 - provável datação da Igreja da Misericórdia; 1605 - construção da actual câmara municipal, autorizada por Filipe II, conclusão em 1609; 1641 - após Lisboa, o povo de Abrantes aclama D. João IV, em prova de gratidão este intitula Abrantes de "Notável Vila de Abrantes", separando-a da Comarca de Tomar; 1663 - D. Afonso VI manda efectuar um estudo da fortificação e ao seu levantamento topográfico; séc. 18 - criação da Legião de Alorna, sob o comando do marquês de Alorna, início da fixação de guarnições permanente na vila; 1771 - Marquês de Pombal manda plantar amoreiras em Abrantes, para incremento da indústria nacional da seda, até ao início do séc. 19, o comércio fluvial era a principal actividade económica; 1789 - chegada a Abrantes da Legião de Alorna (3000 homens), enquanto não é construído um quartel no antigo fosso do castelo, fica alojada nos conventos de S. Domingos e de Santo António; 1807, 24 Outubro - primeira invasão napoleónica, comandada pelo general Junot; 1809 - projecto de fortificação da vila, não executado, do capitão de engenheiro inglês Pacton; a fortificação, adaptada aos limites da vila, é dirigida pelo coronel Manuel de Sousa Ramos; Abrantes resiste à segunda e terceira invasões francesas, tornando-se num dos principais depósitos de munições e de víveres; as freiras dominicanas abandonam o convento da Esperança, cujo edifício fica comprometido pelo traçado da fortificação (são transferidas para o mosteiro de Via Longa); 1810 a 1830 - Igreja de S. Vicente convertida em paiol; 1834 - metade da Rua da Amoreira, que se prolongava até à Tv. do Tem-te-Bem, foi posta à venda; 1863 - a linha ferroviária do leste chega a Abrantes; 1870 / 1889 - conclusão das 2 pontes sobre o Tejo; 1891, a partir de - transferência do comércio grossista para o sítio de Alfarrarede, com melhores acessos e maiores áreas; séc. 18, finais - desenvolvimento da industria da seda, resultado política reformista do Marquês de Pombal; realçaram-se as freguesias de Mouriscas, Rio de Moinhos e Abrançalha. A vila vai perdendo a sua vertente militar; Séc. 20 - Abrantes perde importância militar, com o advento de novas técnicas. Hoje, existe apenas uma guarnição simbólica; 1900 - construção da Praça de Touros; 1909, 2 Maio - instalação da energia eléctrica na cidade; 1916, 14 Junho - elevada a cidade; 1921 - inauguração do Museu regional D. Lopo de Almeida, situado na Igreja de Santa Maria do Castelo; 1933 - construção do mercado diário; séc. 20, anos 50 - demolição de prédios oitocentistas, para construção da Caixa Geral de Depósitos, no Largo Dr Ramiro Guedes; séc. 20, anos 50 - demolição da Casa do capitão-Mor (Rua 17 de Agosto / Praça do Barão da Batalha), construção do edifício do "Café Pelicano", com 5 pisos; 1947 - primeiro plano de urbanização (parte alta da cidade), do arquitecto urbanista suíço De Groër; 1949 - construção do cine-teatro São Pedro no lugar da igreja com o mesmo nome, demolida em 1943; séc. 20, década 60 - abertura da Rua de Angola, para ligar o centro histórico, na Rua Marquês de Pombal à Av. 25 de Abril; 1962 - plano de urbanização, abrangendo Alfarrarede, do eng. Barata da Rocha; 1996 - inauguração da Galeria municipal de Arte; na Praça Raimundo Soares; 2001 - concelho tinha 42235 habitantes; 2001 - inauguração do Centro de Divulgação de Tecnologias de Informação no Alto de Stº António; 2005, 1 Junho - publicação em DR 1ª Série B, nº 127, do PDM de Abrantes. |
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Tipologia |
Vila fundada no topo de outeiro onde se implanta o castelo do séc. 12. O crescimento urbano, adaptado à morfologia do terreno, deu-se para S., nas encostas mais favoráveis. Malha urbana de origem medieval, de configuração radial em torno do castelo e da igreja de São Vicente. Recurso ao escalonamento para vencer o declive, visível nos muros de suporte de alguns largos e nas soluções arquitectónicas dos lotes, onde os muros dos logradouros confrontam as ruas. A construção dos conventos de São Domingos e da Esperança., situados em eixos opostos, deu origem à malha que os envolve. Urbanizações ocorridas em meados do séc. 20 completam os limites O. e S. do centro histórico. |
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Características Particulares |
Devido à sua localização estratégica junto ao Rio Tejo e à sua implantação no topo de uma colina, abrangendo todo a a envolvente, Abrantes teve desde a fundação de Portugal, um importante papel na defesa do território. Durante as invasões napoleónicas, após a primeira invasão, foi fortificada nos seus limites, resistindo e tornando-se numas das praças-fortes desta época. Malha urbana medieval de configuração radio-circular bem preservada. |
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Dados Técnicos |
Paredes autoportantes. Paredes estruturais em alvenaria de pedra (xisto) rebocadas com argamassa de cal e areia e caiadas. Paredes interiores em tabique ou tijolo burro, estrutura entre pisos com vigamento em madeira, coberto com soalho. Coberturas de 2 águas revestidas a telha de canudo e rematadas, na fachada principal, com cimalha. Elementos decorativos em argamassa caiados com pigmento amarelo, sacadas com guardas em ferro forjado. Caixilharias em madeira com desenho arredondado que caracteriza a cidade. Pavimentos urbanos em seixo rolado, parelipípedos de granito e calçada portuguesa. |
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Notas:
O texto é da responsabilidade da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais e contém gralhas e alguns erros históricos, mas como não somos censores, não o alterámos. Anotamos alguns que com o tempo desenvolveremos.
a) Não há prova que Afonso Henriques tenha conquistado Abrantes no dia referido. A história da Ordem de Santiago é bastante mais complicada.
b) Isabel de Aragão não fundou a Igreja de S.João em 1300. A Igreja já existia cem anos antes, como explicámos um dia destes.
c) O Convento da Esperança não foi demolido a não ser parcialmente. Foi profanado para montar o teatro Taborda e alvo de obras de recuperação ilegais dirigidas pelo Padre José da Graça com a benção ilegal camarária de Humberto Lopes. Não tinham autorização do IPPAR. Como recompensa mais tarde Lopes foi nomeado Director da Nova Aliança A façanha estava punida pela Lei, mas o único punido foi o Sr. Estronca morto num acidente de trabalho durantes as obras.
d) Falta menção ao plano de urbanização do Rossio de Castel-Branco e de D.Fernando Távóra E a mais instrumentos de planeamento urbanístico.
e) Faltam casas de Raul Lino (nas Barreiras de Tejo-2). Há alguma que não temos a certeza da sua atribuição.
f) A Azinhaga do Baptista parece-nos que foi já aberta em finais de 60.
h) O péssimo PDM que a CMA entregou a um grupo de incompetentes, recusando Duarte Castel-Branco que fizera os da Covilhã e do Porto, é de 1995 e é quase tão medíocre como o foi Presidência do homem que o fez aprovar. A delimitação da REN é de 2002.
i) Não se assinala o nascimento de João Pico, do Padre do Pinhal (e as suas visões) e de Alves Jana.
j) Corrigimos os erros dactilográficos mas deixámos as evidentes gralhas sobre o PDM e o tonto de D.Afonso VI.
l) O mapa usado e publicado foi retirado do Livro do Arq. Santa-Rita Fernandes e os Senhores do SIPA podiam citar a fonte.
Agradecemos ao Padre rústico, mas que ainda estudou pelo manual liceal do Alfredo Pimenta, os seus comentários. Mas dizemos-lhe que modere a verve para as homilias e esteja calado sobre pedófilos nas outras freguesias que o Sr. Bispo zanga-se.
m) Não se referem edifícios notáveis em Alferrarede (Castelo da Marquesa) e Rossio (Palácio do Morgado da Omnia e Solar Caldeira)
Jota Pico volta a demonstrar que estudou muito bem a história dos Mesquitellas para que D. Gonçalo o nomeasse Regedor. Mas não teve sorte nenhuma.
Marcello de Ataíde e Dr.Miguel Abrantes
A autarquia abrantina não é virgem em processar animais (irracionais). Já houve um processo contra galináceos que cantavam demasiado cedo para os lados da Rua de São Pedro e a CMA mandou apreender os galináceos.
Nessa altura basearam a coisa numa série de disposições legais absurdas de que daremos conta.
Há uns anos foi aprovado o mais divertido Regulamento Municipal sobre bichos que alguma autarquia produziu em Portugal, que se aplica também a outros concelhos vizinhos .(1)
Também há o processo contra a PSP por favorecimento ilícito do burro Jerico, devido ao dono do asno mais mediático de Portugal ser primo dum Polícia.
O surrealismo municipal é produto da ignorância supina de Pina da Costa & Nelson de Carvalho, que achavam que com regulamentos se resolve tudo.
Naturalmente os regulamentos só se aplicam quando convém.
Por exemplo, pode-se transitar com elefantes pela Via Pública de Abrantes, incluindo as zonas pedonais? Pode, foram os ditos, mais os acólitos e já não nos lembramos da posição da Oposição, que contrataram uns elefantes para que os proboscídeos desfilassem pelas ruas da Cidade, em homenagem a Candeias Silva.
Teoricamente a homenagem era a D.Francisco de Almeida, mas já sabemos que todas as homenagens a D.Francisco são uma forma de honrar o discípulo predilecto do fascista Veríssimo Serrão.
Faziam ruídos os elefantes? Aplicou Pina da Costa o Regulamento aos paquidermes? Mandou o VPC reduzir a o ruído na fonte?
Pina da Costa, o jurista dos problemas canídeos
Ou a Lei só se aplica a cães?
Ao não aplicar a Lei aos elefantes não se ofenderam os '' direitos de personalidade (dos abrantinos que) são protegidos contra qualquer ofensa ilícita, não sendo sequer necessária a culpa nem a intenção de prejudicar o ofedido, pois decisiva é a ofensa em si. ''?
Já prescreveu o ruído da passagem dos paquidermes que desfilaram em honra de D.Francisco e do seu profeta, ou ainda estamos a tempo de
de meter um processo judicial por abuso de poder, aos que deixaram os elefantes fazer barulho, com base no art. 382 do Código Penal que diz assim:
''Artigo 382º
Abuso de poder
O funcionário que, fora dos casos previstos nos artigos anteriores, abusar de poderes ou violar deveres inerentes às suas funções, com intenção de obter, para si ou para terceiro, benefício ilegítimo ou causar prejuízo a outra pessoa, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.''
Deixamos a reflexão aos distintos juristas que acham que judicializar o problema das sanitas e dos cães que ladram demasiado é muito importante.
Mais importante que saber porque razão foi constituído Nelson de Carvalho !!!!
Este blogue e o quase milhar de peticionários acham que os cães têm direito a ladrar, os burros a zurrar e o Padre do Pinhal a dizer asneiras (enquanto o Sr.Bispo não o mandar calar).
Acrescenta-se que os cães que ladram, não mordem e por isso é melhor um vizinho com um cão que ladre que com um rotweiller silencioso, capaz de degolar qualquer pacífico cidadão.
cão brasileiro que detesta Pina da Costa
Finalmente pode adoptar-se a solução cubana. Fidel decretou certa vez a proibição de ter animais incluindo porcos nas casas de Havana. Tudo porque os bichos eram ''propriedade privada'' e num país comunista isso não deve haver.
Fidel jogando baseball à moda do Vereador Valamatos
Ora, os marranos eram essenciais para a alimentação dos cubanos, que os engordavam desde leitões em casa, porque não havia carne no mercado.
Os bufos da Pide cubana resolveram detectar os ruídos dos suínos e prender os delinquentes que conspiravam contra o Comandante Supremo criando simpáticos porquinhos cor-de-rosa.
Resposta dos cubanos, passaram a operar os suínos às cordas vocais para que se mantivessem caladinhos, enquanto os bufos patrulhavam.
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Porco cubano silenciado pelos castristas
A pergunta é:
Querem os políticos abrantinos que operemos às cordas vocais os nossos canídeos?
Um peticionário que tem um papagaio que está sempre a dizer: ''O Carrilho é uma desgraça'' também tem de o operar?
Miguel Abrantes
(1) Alteramos agora este post, pois só neste momento conseguimos localizar a acta da CMA contra os galináceos. O Regulamento a que nos referimos é o Regulamento do Canil-Gatil Intermunicipal de Abrantes, Sardoal e Constância cuja última versão foi aprovada em Abril de 2007 pela Assembleia Municipal de Abrantes.
Não é o milagre que estavam a pensar. O Padre Rosa ainda não aderiu à petição nem excomungou João Pico. É uma pena porque a petição contaria logo com mais quinhentos assinantes (mais ou menos) que é o número de ''fregueses'' do Souto.
Dizemos isto porque alguns amigos nossos do Souto, como o mais dinâmico Presidente de Junta do Concelho, o Sr. Dr. Valentim já assinaram.
Hoje vimos dar a BOA NOVA de que o prestigiado frade franciscano Frei Nuno Allen de Serras Pereira, filho do nosso amigo Dr. João Nuno S. Pereira, um dos salvadores do Convento com Duarte Castel-Branco, aderiu à petição.
Frei Nuno, um rapaz modesto apesar de ser neto do Sr.Visconde de Allen, e irmão do intelectual libertário Miguel Serras Pereira, é um dos pregadores mais conhecidos do País.
Um homem frontal, valente, radical e com sentido de humor é como definimos Frei Nuno como podem ver neste vídeo.
Miguel Abrantes
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