Ao contrário do que reza a legenda do livro não se vê o cemitério, mas vê-se a casa do Dr.Apolinário Oleiro,
homem bom e culto, distinto Advogado e que desempenhou outras profissões jurídicas, de velha família abrantina e eminente bibliófilo.
Também se vê o terreno vazio onde depois se construiria a Universidade dos Quinchosos e ao lado da casa os restos da demolida Igreja de S.Pedro.
Esta terrra tem para as pedras velhas e seculares um triste destino, o camartelo, e nunca ouvi a directora do Dom Lopo, in illo tempore, escrever sobre esse fado, as reclamações devem constar do Diário intimo inédito.....
A foto vem no livro
que faz um magnífico retrato dum velho Portugal, que já morreu, e onde há mais fotos da região, esta é da Foto Beleza de Santarém.
Reproduz-se com a devida vénia para chamar a atenção para a obra e para corrigir a legenda.
Já agora a talhe de foice encontrou-se o rol dos Advogados que exerciam na comarca de Abrantes em 1951
agradece-se à Ordem dos Advogados ter colocado on-line esta relíquia e a anterior e não seria mau que fosse organizada uma merecida homenagem ao Homem de Cultura que foi o Senhor Dr. Apolinário.
ma
vai isto dedicado ao amigo Manuel Bougard que é neto do Dr.Apolinário
sobre o assunto
Já agora, que falamos da morte dum anti-fascista, recordemos outro:
que foi compagnon de route do Dr. Orlando Pereira
confesso que nunca tinha visto o Dr.Semedo de capa e batina, e bigode... e também na mesma publicação outro depoimento do dr. José Amaral, onde também fala do Dr.Orlando...
ma
in Boletim da Delegação de Santarém e Conselho Distrital da Ordem dos Advogados, 2008 com a devida vénia
ABRANÇALHA DE CIMA - PROBIÇÃO DE ESTACIONAMENTO
Pedido de esclarecimento dos vereadores eleitos pelo PSD
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Os vereadores eleitos pelo PSD gostariam de saber quanto tempo mais precisam os serviços jurídicos da Câmara Municipal para se pronunciarem sobre a nossa proposta de retirar as linhas amarelas que impedem o estacionamento de todo e qualquer veículo em Abrançalha de Cima.
Há 2 avenças a escritórios de advogados externos, um abrantino outro de Lisboa, que cobram quase 40.000 ano. Há juristas municipais. Mas certamente foram pedir um parecer a uma celebridade. O ano passado pediram um parecer ao Sr.Prof. Doutor Paz Ferreira, excelente pessoa, ou não fosse açoriano, e custou uma fortuna.
Agora devem ter ido consultar uma celebridade no Direito Rodoviário. E as celebridades têm lista de espera.
Estão à espera, os senhores vereadores do PSD são uns impacientes!
Haja calma
Marcello de Noronha
Dedicado ao peticionário dr. José Amaral (a pessoa com melhor gosto urbanístico no ICA), ao dr. Velez, que fulminou a carrilhada no Jornal de Alferrarede, ao dr. Eurico que uma vez se ofereceu para defender à borla Mário Semedo e em geral a todos os causídicos, abrantinos, com excepção da avençada municipal drª Paulo Milho .....e naturalmente ao Vereador e Advogado dr. Santana-Maia Leonardo
A excepção é só porque não lhe queremos criar problemas com a maioria isildista e por mais nada.....
Honestidade dos juízes2011-06-20O «caso do copianço» no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) ilustra, como poucos, uma das principais causas da degenerescência da Justiça portuguesa. Em vez de ser um verdadeiro centro de formação, o CEJ transformou-se numa espécie de universidade em que os formandos foram reduzidos ao estatuto de alunos e os formadores elevados à categoria de catedráticos. E, assim, em vez de efectiva preparação profissional, o CEJ ministra um ensino essencialmente teorético e laboratorial assente no paradigma professor/aluno, em que a cabeça dos formandos é atulhada com tecnicidade jurídica pelos seus omniscientes mestres. Não admira que, assim tratados, os chamados auditores de Justiça se comportem como alunos, para quem copiar nos exames sempre foi uma espécie de direito natural. Só que esses alunos com 26, 27, 28 anos de idade serão, dentro de meses, magistrados que exercerão uma função soberana de forma totalmente irresponsável e independente. Sem qualquer experiência profissional, bom senso e capacidade de compreensão dos problemas concretos da vida, eles passam de alunos a titulares de poderes soberanos vitalícios, em cujo exercício vão continuar a reproduzir os mesmos métodos do CEJ, ou seja, a copiar uns pelos outros sentenças e despachos, às vezes com tal displicência que nem os nomes das partes corrigem. E, assim, com essa «mentalidade de copianço», eles vão, como magistrados, dedicar-se com inusitado zelo à cultura das «chocas» (cópias de decisões de outros casos, próprias ou de colegas) que diligentemente armazenam nos seus computadores. E depois, através da laboriosa actividade do copy/paste, «proferem» longuíssimos despachos, sentenças e acórdãos, sempre com a mesma prolixa fundamentação que, mecanicisticamente, vão transpondo de uns processos para os outros com soberana displicência. E, em vez de se esforçarem por resolver com sensatez e prudência os litígios da vida, eles continuarão a preocupar-se apenas com o «professor», que agora é o todo-poderoso inspector do Conselho Superior da Magistratura que os virá avaliar. E, assim, as suas decisões soberanas estarão mais voltadas para agradar ao inspector que temem do que para a questão concreta que deveriam resolver com justiça. Infelizmente, o CEJ não forma magistrados, mas sim majestades. Os «alunos», em vez de serem preparados para prestar um serviço público à comunidade, são formatados para aceder a uma casta e defenderem à outrance um poder ilimitado e irresponsável, sem qualquer escrutínio democrático. O resultado está à vista! Mas há um segundo aspecto que não é menos importante e que tem a ver com a honestidade. Quem utiliza métodos fraudulentos para chegar a magistrado não deixará de utilizar métodos fraudulentos no exercício dessas funções. Por isso devia haver um especial rigor na selecção das pessoas que pretendem aceder à magistratura, até porque, uma vez atingido esse estatuto, eles ficam totalmente fora de qualquer escrutínio. Nunca vi um magistrado ser punido por desonestidade nas suas decisões e, no entanto, eles são tão (des)honestos como outros profissionais. Em todas as profissões e funções (advogados, médicos, engenheiros, professores, funcionários públicos, polícias, autarcas, deputados, governantes, etc.) há pessoas desonestas, mas quando chegamos aos magistrados eles são todos honestos. É falso. Eles não são feitos de uma massa diferente da do comum dos mortais. O problema é que eles julgam-se uns aos outros, protegem-se uns aos outros, exculpam-se uns outros, muitas vezes sem qualquer pudor. Algumas das piores desonestidades a que assisti em toda a minha vida foram praticadas em tribunal por magistrados, sobretudo juízes, sem quaisquer consequências porque a desonestidade deles é absorvida pelas sua independência e irresponsabilidade funcionais. Existe na sociedade portuguesa uma ideia antiga, segundo a qual «se é juiz é honesto». Ora, isso não é verdadeiro. O princípio correcto devia ser: «se é honesto, então que seja juiz». Mas, como se vê com o «caso do copianço», a honestidade pessoal não é critério para a selecção dos magistrados. |
in Jornal de Notícias
Texto introdutório de Miguel Abrantes
A escola de João Pico e do Saldanha Rupestre, perdão do Saldanha da Rocha, que chamar-lhe Rupestre é um elogio made in nosso amigo António Colaço tem um novo praticante na pessoa dum tal Abrunheiro.
Eis o produtor de Abrunhos
O homem, dono da prosa mais pirosa do Distrito, com bênção do Sr.Director do Ribatejo, Joaquim Duarte, o mesmo que deixou um tal Jerónimo promover o Cónego Graça a Prelado sem autorização papal, publicou um artigo extremamente ofensivo contra o decano dos Advogados Abrantinos, homem bom, jurista notável e cidadão impoluto.
O que se esqueceu o Duarte e o dono da prosa mais pirosa do Distrito é que tinha de competir com o Advogado que escreve melhor na nossa região.
O Por Abrantes, com a devida vénia, transcreve a resposta, cáustica, sarcástica e demolidora do Dr. Eurico ao produtor de Abrunhos e ao empregado do Snr Barroca Rodrigues:
Pilriteiro dá pilritos, Abrunheiro bravo dá abrunhos bravos…
por Eurico Consciência
Que são muito azedos – os abrunhos dos abrunheiros bravos…
N’ O Ribatejo da outra semana, num momento pouco feliz, o último colunista deste jornal, o que escreve na última coluna do jornal, pós de desancar quantos fazem este jornal, meteu-se comigo: depois de dizer que não lhe agradava nenhum colunista d’O Ribatejo, escreveu que há “um que até se dá ao desplante de se chamar Consciência e ser advogado na mesma, fenómeno que de bom grado aceitaria se a sede do jornal fosse no Entroncamento…”
Não gostei e digo daqui que, pelos vistos, Daniel Abrunheiro é um abrunheiro bravo, que dá horrorosos abrunhos azedos. Pôr em questão que os advogados possam ter consciência constitui gracejo banal e corrente mas injusto, e demais para mim, que durante longos anos me fartei de proclamar pelos tribunais que era o único advogado do país que poderia provar imediatamente que tinha Consciência. Para o que bastava mostrar o bilhete de identidade…
Foi antes de ter filhos advogados, porque agora já não sou o único advogado que pode provar imediatamente que tem Consciência. Já somos quatro.
Por isso, vingo-me aqui, esclarecendo que Daniel Abrunheiro larga abrunhos azedos porque é abrunheiro-bravo.
Toma!
Fiquei zangado com o último dos colunistas deste jornal e com o Director d’O Ribatejo, que sempre tratei com toda, mas pelos vistos desajustada, atenção, pelo que não deveria ter permitido a publicação daquele azedíssimo abrunho.
A obsessão de não censurar os textos dos colunistas deu nisto, olvidado, para agravar as suas culpas, de que Daniel Abrunheiro, há tempos, até me tecera elogios com que andei contentinho nessa semana toda.
Só vejo uma maneira de ultrapassar o problema: o Sr. Director marca (e paga) um almoço a três: o Sr. Director, Daniel Abrunheiro e eu. Pode ser onde quiser, com três condições:
Primum: Que não falemos nos ordenados dos nossos gestores públicos (porque as tripas se me enrolam só de pensar nisso), nem no PEC, nem do Sócrates (para a minha digestão não parar);
Secundum: Que, desta vez, ao provar o vinho, não digamos mal do nosso amigo Dr. Armando Fernandes; e
Tertium: Que não tenhamos abrunhos bravos à sobremesa.
Valetudo (Saúde – numa de latinada, por indução).
in Ribatejo
Depois de ler isto o Abrunho que é um discípulo em matéria estilística do Armando Fernandes (inspector reformado das Bibliotecas Panzer) ficou pálido e perdeu o apetite durante três dias, segundo nos confidenciaram....
O Duarte começou a pensar se o Patrão não lhe dará o mesmo destino que ao Martim Avillez.
O Armando Fernandes que presume saber distinguir entre um carrascão e um Dão de 1980, deve estar a pensar começar a dedicar-se à genealogia e solicitar a D.Duarte de Bragança a reabilitação do brasão dos Buíças
Diz Aquilino Ribeiro ''- MANUEL DOS REIS DA SILVA BUÍÇA - Buíça é um título que pertence a um Brazão d'Armas que foi cunhado em 1724 por um seu antepassado - pertencia a uma família nobre brasonada, e abastada, do Norte de Portugal.''
Se o Rei casou com a sobrinha-neta do tipo, um tal Herédia, que comprou as carabinas para matar D.Carlos e mandou fazer o frete ao Buíça (e pagar as favas, que é o que costumam pagar os imbecis), deve estar pronto a passar a carta de armas ao Armando Fernandes para este poder ingressar na nobreza.
Moral da história:
a) Não se pode confiar nos vinhos recomendados pelo Fernandes. (ponto mais importante).
b) O Abrunheiro que escreve coisas destas: ''A par do coriscante carvão lustral das andorinhas e da neve alada das cegonhas, uma das mais seguras maravilhas do regresso primaveril é a beleza das mulheres, que pelas ruas vejo passar sem grandes alvoroços da próstata mas com garantida euforia gráfica.''
Devia pelo menos fazer um exame à próstata.
c) O Duarte devia ler os artigos que publica, mas deve ter perdido os óculos.
d) A Secção da Ordem dos Advogados devia considerar seriamente se esta aleivosia ''um que até se dá ao desplante de se chamar Consciência e ser advogado na mesma, fenómeno que de bom grado aceitaria se a sede do jornal fosse no Entroncamento…'' não é ofensiva contra toda a classe e enviar o Abrunheiro e o Duarte para o banco dos réus por difamações e injúrias contra toda a classe dos advogados.
Vão ficar quietinhos enquanto o nome da Ordem é arrastado pelo Abrunheiro num estilo macarrónico pelas sarjetas?
Miguel Abrantes