Em 18 de Fevereiro de 1921, a ''Batalha'', órgão da CGT e dum movimento operário livre de burocratas estalinistas, que orgulhosamente brande a bandeira negra e rubra do anarco-sindicalismo e do sindicalismo revolucionário, e que defende uma terra ''sem Deus, nem Chefes'', noticia a tentativa de prisão do magnate Alfredo da Silva por uma história de especulação de azeites em Alferrarede.
Homem decidido, o milionário resiste à prisão de pistola na mão. Já não há sindicalistas destes, nem milionários valentes, audazes e pistoleiros.
Entretanto nas cadeias jazem os anarquistas suspeitos de terem atentado contra o dono de metade de Portugal e nenhum juiz é capaz de prender o Silva.
mn
De como o poeta modernista, latifundiário de Avis, astrólogo, arqueólogo amador, (ainda hoje as ''Grandes Vias da Lusitânia'' são insubstituíveis), genealogista, etc fulmina o maior industrial de Portugal (e de Alferrarede) por ''hebreu'' e mais longa lista de políticos, negociantes, intelectuais e etc.
E dedica o livro a um amigo seu, Fernando, a quem classifica também como ''judeu''.
Toda a vida partilhou com Fernando e António Botto, a boémia e os projectos literários bem como com outros ''judeus''....
Só saiu este volume, porque, no segundo, Saa provava que Salazar era judeu e proibiram-no, segundo escreveu José Augusto França. (1)
Alfredo Esaguy, judeu autêntico, numa dedicatória dum livro, chamou-lhe : ''o novo inquisidor (do martinho) dos judeus'' (2)
Só para acabar, Pessoa, que fez um CV, onde se definia como meio-judeu, por ascendência marrana, tem um poema anti-salazarista....onde o Prof. Salazar é acusado de ser judeu.
mn
(1) e (2) Pereira, Elisabete J. Santos, ''Mário SAA (1893-1971):Um intelectual português na sociedade do século XX ''
htpp://hdl.handle.net/10174/19145
1907. Fábrica do industrial Alfredo da Silva, adquirida a uma família francesa que criou das primeiras grandes unidades industriais deste ramo.
Foto do livro de Joaquim Vieira, ''Fotobiografia de A. da Silva''.
Convém consultar esta magnífica página abrantina Azeites de Portugal um bem sem igual'' de Ana Monteiro, que nos faz amável referência, que agradecemos.
ma
Trabalhadores do lagar do Alfredo da Silva, em Alferrarede, finais do século XIX (?), do livro ''Fotobiografia de Alfredo da Silva' de Joaquim Vieira
Pacheco do Amorim, dizes tu, disse-me um dia, o velho General, essa não era o do Angola e Metrópole?
Referia-se à implicação do pai do fascista José Bayolo, no escândalo da moeda falsa, no caso do Angola e Metrópole.
Sim, o Diogo Pacheco de Amorim, amigo dilecto do Botas e um dos fundadores do Centro Católico, era o Presidente da AG do Banco que emitia escudos da treta. A maior burla da História de Portugal.
As biografias por aí disponíveis omitem, piedosas, o facto.
Para o defender mobilizaram-se alguns dos mais importantes catedráticos da época
Acusado, sem admissão de fiança, pelo Banco de Portugal e pelo MP, do crime previsto no art 207 do CP, interpôs este recurso.
O Banco, era sarcasticamente chamado o ''Engole e Metrópole'', nos mentideros financeiros da Baixa lisboeta.
A opinião dos Tribunais era que o homem era um incauto e que foi aldrabado pela lábia do Alves dos Reis, que quando saiu da cadeia se dedicou à pregação, tendo sido pastor protestante com algum sucesso no Porto.
O facto de não ter um enorme sucesso, revela que a maioria dos tripeiros era menos crédula que o Pacheco.
E agora, não me peçam para comentar a penhora da casa dum futuro General abrantino, na Raimundo Soares, pela falência fraudulenta doutro banco.
Porque, deve dizer-se que um dos homens que mais fez para enterrar o Alves e o flamante Pacheco do banco dos falsários, era o mais poderoso industrial abrantino. Bem, de Abrantes e de Portugal.
Alfredo da Silva
ma
bib -Prof. José Augusto França, ''Os anos 20 em Portugal''. Boa parte dos dados são retirados da obra do meu velho Professor, que acaba de cumprir 98.
Fábrica de Azeite de Alfredo da Silva (Alferrarede) (1907)
Publicada no Livro '' Alfredo da Silva'', de Júlia Leitão de Barros e Ana Filipa Silva Horta, Circulo de Leitores, Lisboa 2002, com a devida vénia
Publicar Histórias de Abrantes sem operários ou camponeses, é digno dos anti-fascistas da treta que por aí proliferam.
ma
Foi Alfredo da Silva que mandou plantar os plátanos de Alferrarede que agora a ignorância atrevida quer arrasar.
Entre a Alameda dos Plátanos terminava um dia de trabalho o capitão da indústria, fumando um havano.
Ficou conhecida pela Alameda do Charuto.
Depois chegaram os especuladores da Lena, os lacaios dela e o Júlio Bento.
Agora chegam os vândalos, aqueles que querem arrasar o Jardim do Alto de S.António para favorecer privados.
A ignorância atrevida.
Tropa que é capaz de retratar-se dando presentes a criancinhas pobres, como certamente faziam as damas caritativas do antigamente, mas com mais elegância e discrição.
Mas transformar a caridadezinha em imagem institucional duma autarquia, só para fins da politicagem, nem sequer preservando a identidade dos menores no face, é fazer pior que as damas do chá-canasta.
ma
in http://genealogias.info/1/upload/bandeiras.pdf, trabalho do investigador Diogo de Paiva e Pona
Não temos a certeza que o Inácio Pedro tenha sido Grão-Mestre, mas foi um homem importantíssimo no Grande Oriente.
E quando era difícil ou seja quando o fascismo mandou encerrar o Palácio Maçónico, depois de ter sido antes assaltado e entre os assaltantes ser apontado o jovem Marcello Caetano, então militante da extrema direita. Marcello recusou sempre ter participado nisso.
O Eng. Quintela Emaúz fez parte da última direcção semi-legal da Maçonaria:
devida vénia ao Almanaque Republicano
in http://genealogias.info/1/upload/bandeiras.pdf, trabalho do investigador Diogo de Paiva e Pona
O eng. Emaúz encontrava-se também ligado à família Mesquitella, dona da Quinta da Capela em Rio de Moinhos.
ma
para aprofundar o assunto as obras de A.H. de Oliveira Marques e António Ventura
Alfredo da Silva em carta a Paes Borges, Madrid, 2 de Maio de 1926
Muito bom o livro, o excerto transcrito está neste livro,
falta o soba
Alfredo da Silva exilado em Madrid, desce frequentemente a Abrantes, onde pernoita em Alferrarede, dirige o amplo negócio da CUF, dá instruções, tem esperanças na questão dos Tabacos e espera o resultado dum golpe. O 28 de Maio.
ma
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