Eu, Edite Fernandes, escrevo aqui coisas sobre Abrantes, porque este é um blogue essencialmente abrantino. Mas o Sr. Dr. Miguel Abrantes, coordenador da Petição e por ela designado responsável por este blogue, deu-me licença para evocar um conterrâneo meu, surpreendido por uma morte infausta.
Os leitores e os literatos conhecem-no primeiro pela sua colaboração regular no semanário scalabitano '' O Ribatejo'' e também no segundo caso pelas obras que dedicou ao estudo da literatura portuguesa, em especial na sua vertente africana.
Foi também um anti-fascista que sofreu as agruras do exílio e naturalmente não teve de falsificar um CV revolucionário como outro gajo de Vinhais que anda por aí, saltitando de partido em partido.
Isso é o menos, o mais é que tenha escrito sob um reles pseudónimo feminino, imitando o Mário Castrim que fazia na Crónica Feminina (a leitura preferida das criadas da minha avó e da mulher do gajo de Vinhais) a secção de consultas sentimentais para solteironas e pessoal doméstico que andava mal de amores.
O problema é que o Castrim escrevia bem e o gajo assassina a nossa língua, segundo me dizia a minha estimada amiga Madalena Azeredo Perdigão.
Passo a agora a transcrever a notícia triste da morte do Alfredo Margarido:
''Natural de Moimenta, em Vinhais, Alfredo Augusto Margarido esteve vários anos em África: em Angola foi responsável pelo Fundo das Casas Económicas, uma organização de luta pelos problemas de habitação da classe média. A sua intervenção na imprensa levou à sua expulsão do país determinada pelo então governador-geral, Horácio Viana Rebelo.
Estudioso de Fernando Pessoa e da literatura africana de expressão portuguesa, colaborou com as publicações “Árvore”, “Cadernos do Meio-Dia”, “Jornal do Fundão”, “Jornal de Letras”, “Persona” ou “Colóquio/Letras”.
Alfredo Margarido também se notabilizou na tradução, tendo traduzido obras de Anouilh, Faulkner, James Joyce, Steinbeck, Dylan Thomas, Nietzche, Saint-John Perse, Kafka, entre muitos outros autores. Radicado em Paris desde 1964, Alfredo Margarido foi investigador na École des Hautes Études e docente na Sorbonne.
A ele se deve a divulgação em Portugal do movimento ‘nouveau roman’, teorizado, com Artur Portela Filho, em “O Novo Romance”, de 1963.
Os locais do velório e do funeral ainda não foram determinados'' in Público.
A literatura portuguesa e Vinhais estão de luto
Edite Fernandes, natural de Vinhais
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