A ínclita geração foi uma invenção do Candeias, que copiou a designação de Camões para os filhos de D.João I e de Filipa de Lancaster e esta tropa inflacionou-a agora os Almeidas são a '' Ïnclita Geração da Nobreza Portuguesa''. A família do Gama que descobriu o caminho marítimo para a Índia não conta, a do Cabral que descobriu o Brasil também não e os Meneses que defenderam Ceuta durante gerações, também não. Já não falando dos Braganças que restauraram a Independência deste país.
Estes não são de geração assinalada.
Só falta baptizarem os Duarte Ferreira como a ínclita geração do Tramagal..... e meterem a Lígia a dirigir uma excursão pelo cemitério para mostrar a tumba do Comendador e família...
Que aconteceu às jóias dos Almeidas? Sabemos que o Monarca Católico ou seja Filipe II comprou uns magníficos diamantes a D.Lopo de Almeida, provavelmente este, que foi seu capelão e os ofereceu a D.Ana de Áustria, sua quarta mulher, filha do Imperador Maximiliano de Áustria.
Sanchez Coello
As jóias deviam estar embruxadas. A Rainha morreu antes de as poder luzir. Morreu de peste em Badajoz, enquanto o Ogre aguardava a conquista de Portugal.
in
Almudena Pérez de Tudela, La Reina Ana de Áustria (1549-1580), su imagen y su colección artística, in Las relaciones discretas entre las Monarquías Hispana y Portuguesa: Las Casas de las Reinas (Siglos XV-XIX). Actas del Congreso Internacional, Madrid, 2007. José Martínez Millán, María Paula Marçal Lourenço (coords.). Madrid: Polifemo, 2008, p. 1563-1615 (Volumen 3)
ma
(...)''Additional opponents of Manuel I’s succession were the 2nd Count of Abrantes and his brothers. The Count of Abrantes had been a vedor da fazenda, and a member of the royal council in 1484, before succeeding his father as count of Abrantes in 1486.46 His younger brother, D. Diogo Fernandes de Almeida had received the custody and wardship of D. Jorge after he came to court in 1490 and had shortly thereafter been named Prior of Crato: the title given to the head of the Order of Hospitallers in Portugal. Other prominent members of the family included João ii`s emissary, D. Pedro da Silva the Comendador Mor of the Order of Avis; D. Jorge de Almeida, Bishop of Coimbra and Count of Arganil; D. Fernando de Almeida, named Bishop of Ceuta in 1493and the future vice-roy of India D. Francisco de Almeida.Together with the resources of D. Jorge, who had been made head of the Orders of Avis and Santiago, the Almeida family and their supporters formed a powerful faction—further strengthened by the personal loyalty to D. Jorge held by Fernão Martins Mascarenhas, captain of the mounted troops known as the ginetes.(...) ''
(.....)
Uma grande historiadora! Chapeu !
mn
O Senhor Prof. Doutor Luís Filipe Thomaz tem neste texto
DE DIOGO PEREIRA, O MALABAR,
E O PROJECTO ORIENTAL DOS GAMAS
uma análise fundamental do papel dos Almeidas na oposição à candidatura de Dom Manuel, Duque de Beja ao trono após a morte de D.João II. Os Almeidas conspiravam para elevar ao trono D.Jorge, o bastardo do monarca falecido, aliás natural de Abrantes e criado pelo clã Almeida, por indicação do seu Pai.
A designação de D.Manuel significou o começo do fim dos Almeidas.
E deixa uma nota crítica ao livro de Candeias Silva sobre D.Francisco de Almeida:
Luis Fílipe Thomaz pela vastidão dos seus conhecimentos e pela sua obra, é hoje o maior especialista luso na Expansão no Oriente.
Aconselhamos vivamente ler o texto citado, para saberem quem eram os Almeidas e o que realmente fez D.Francisco.
O estudo foi publicado na revista Anais de História de Além-Mar, Volume V , 2004 e está disponível on-line.
mn
a foto do Professor Thomaz é da Faculdade de Teologia e publica-se com a devida vénia
O Arcebispo de Lisboa e Inquisidor geral, D.Jorge de Almeida, pertencia à linhagem abrantina dos Almeidas, que em geral se bandeou pelo usurpador Filipe II, um Rei estrangeiro.
Em 1581, D.António, o Rei eleito pelas Cortes, entrou na capital do seu reino, entre as aclamações do povo alfacinha. Lisboa era a capital também do apoio ao monarca legítimo.
O Dom Arcebispo fugiu para Alhandra.Era um dos Governadores do Reino, deixados por D.Henrique.
Com isso evitou a repetição da cena da crise de 1383-1385, quando o ordinário de Lisboa, foi atirado do alto da torre da Sé, pelos homens do Mestre de Avis.
Debaixo dum pálio, entrou D.António, na Sé, recebido por D.Manuel de Almada , Bispo-Chantre que assim se associou à aclamação do novo Príncipe, que também foi jurar à Câmara de Lisboa, as Liberdades do Reino.
Já que se fala de abrantinos, era filho o Prior, do Infante D.Luís, aqui nascido, e duma mulher de ''nação'', ou seja judia.
Como o fora o Mestre, D.João I, filho doutra judia.
Era o Arcebispo claramente um traidor e um vendido a Filipe II?
Dentro do Episcopado foi um ardente defensor da legitimidade do filho da Imperatriz Isabel?
Não era um homem prudente, que inclusive tinha recusado a Púrpura cardinalícia, que lhe oferecera o Embaixador do Rei espanhol, em troca que tomasse partido prévio contra D.António.
Destas relações com Cristovão de Moura, há uma curiosa carta em que o diplomata pede ao Arcebispo, que condene um pregador que dissera que quem morresse matando castelhanos, merecia o céu.
Durante os dias da revolução lisboeta, foi intermediário entre D.António e o Duque de Alba, para tentar uma negociação.
Parece que tentou até ao fim um acordo entre D.António e Filipe II, mas dada a evolução da crise, acabaria por em Tomar votar o reconhecimento da realeza do Habsburgo.
Que nele manteve alguma desconfiança e que nunca o fez Cardeal.
mn
Federico Palomo, Para el sosiego y quietud del reino. En torno a Felipe II, y el poder eclesiástico en el Portugal en finales del siglo XVI ... - Hispania - XIV, CSIC, Madrid (2004)
José Pedro Paiva, Bishops and Politics: The Portuguese Episcopacy During the Dinasty Crise of 1580, JPH, vol IV,Brown University (2006)
Ana Isabel López-Salazar Codes, Inquisición y Politíca, El Gobierno del Santo Ofício en el Portugal de Los Austrias, 1578-1653, Universidade Católica Portuguesa, 2011
Dois curiosos ligados ao Sardoal acham que Colombo era luso.....
São os Mattos Siva
A maior autoridade nacional em Descobrimentos, o Professor Luís Filipe Thomaz desmonta a cabala
Continuando o trabalho do Marquês de Abrantes......
Os Mattos Silva fartam-se de falar dos Almeidas e não citam Candeias Silva!
Felizmente não dizem que o genovês era de Abrantes.
Há mais textos sobre isto no Expresso.
mn
Escrevia o Imperador a sua mulher D.Isabel de Portugal, filha de D.Manuel I, em 1532.
Quando o Imperador mete uma cunha (está em Ratisbona, hoje Regensburg) está a defender um amigo seu, D.João de Almeida, herdeiro da Casa Condal abrantina, perseguido por D.João III, que atribuirá o senhorio da terra ao Infante D.Fernando..
Já se falou aqui do fidalgo abrantino exilado.
Deixa-se o documento como mais uma peça para elucidar o que foi a queda em desgraça dos Almeidas, após a morte de D.João II.
E só se faz um comentário não se pode andar a mandar bocas nem a escrever estudos académicos sobre este período histórico, sem ter ido vasculhar o Arquivo de Simancas, ou pelo menos sem ter lido a bibliografia estrangeira sobre esta época.
A carta do César germânico foi publicada in ''Corpus Documental de Carlos V'', vol II, por Manuel Fernandez Álvarez, Univ. Salamanca, 1973.
Fernandez Álvarez é imbatível a tratar do Imperador. A ele se tira o chapéu.
ma
o retrato imperial é de Ticiano
Foto do Eduardo Castro
A CMA contratou o Charters de Almeida para fazer isto.
Depois a Presidente levou o Charters à sessão explicar a geringonça (obrigado VPV).
Na dita, o escultor despachou algumas preciosidades, dignas de antologia,:
Mas antes disso já esta paisagem mítica tinha sido arrasada, por empresários sem escrúpulos, arquitectos a soldo, autarcas permissivos como o Zé Bioucas e finalmente a Villa Maria Amélia e os jardins, orgulho de Solano de Abreu, orgulho de Abrantes, caiu nas mãos cúpidas da Igreja Católica
As obras ilegais, realizadas pela sucursal local do Bispado de Portalegre, consentidas pela CMA e denunciadas pela Tubucci, mataram os jardins, destruíram o lago, prepararam o fim duma Quinta lendária na memória abrantina.
E agora quando olho para a casa de Solano, vejo isto
Como é que um homem como o Charters de Almeida, que se pressupõe culto, embora tenha capacidade para dizer enormidades aristocráticas, dignas dum seminarista deslumbrado por brasões, como aquela de ser chefe dos Almeidas, faz um atentado destes à paisagem de Abrantes?
Quem é ele para desprezar o legado de Solano de Abreu?
Que noção tem da paisagem, do enquadramento urbano, da dimensão das coisas, este senhor?
Já sabemos que quase nenhuma, porque ficou calado, face à monstruosidade da Torre do MIAA.
Podia ser pior?
Podia, o homem pensou colocar isto:
no recinto fortificado do Castelo de Abrantes, quem sabe para fazer sombra ao panteão de D.Lopo
Os senhores vereadores ouviram o aristocrata dizer isto e não lhe perguntaram:
'' Ò Conde, você ao menos telefonou para a DGCP a pedir um parecer?
Mas não, ficaram banzados e não perguntaram.
Resta o furor que vai nas redes sociais, e é justo, estas comemorações e esta estátua, são despesismo barato, concentração de toda a despesa no cabeço, insulto a instituições e gente necessitada, mau gosto pimba, desprezo pelas juntas de freguesia que carenciadas fazem o impossível com parcos meios.
Há a questão da legalidade, porque deputados municipais a apontaram, há a questão de demasiados contratos a favor do Senhor Conde, que fica muito mal na fotografia.
Parece que faz doações a metro.
Isso é próprio de armazenistas de retalho, de varejistas como diria Jorge Amado, que um dia encontrou Charters na Bahía de todos os Santos,
No meio de toda esta cena, o que mais me choca é o crime urbanístico.
O resto é o habitual.
ma
continuaremos aqui a dar voz às opiniões de quem protesta contra este crime urbanístico
créditos:. fotos do Eduardo de Castro (crime), cma, montagem da Beatriz de Noronha do Atelier do Prof. Dom António de Castel-Branco, com o Fernandinho posto por nós, DGMN ( Santa Maria): recortes do Médio Tejo Digital
Não é só o escultor Charters de Almeida que é primo dos Almeidas, acaba de ser publicada na Wiki a biografia da esposa do Marçal ou Martim de Guimarães.
A dona, além disso, era neta dum Cónego e a avó fora amante do célebre D.Pedro da Guerrra, pai deste homem,
por seu turno neto de Pedro, o Cruel (gay nas horas vagas ou por desgosto da morte da amásia) e de Inês, a Castro, que não casta.
Por sua vez a esforçada e descarada Maria Anes (a avó ) além de ter desonrado o marido , o Luís, era tia-avó do Lopo de Almeida. Um curioso meteu os dados da Isabel de Guimarães na wiki.
Não se confirma que haja algum português que não seja primo dos Almeidas, excepto o meu amigo luso moçambicano Panbuza Machel IV, que é primo do Gungunhanha e que mandou fazer umas armas imperiais, as do Império Vátua
mn
O Senhor Doutor Candeias Silva sustenta que D.Lopo de Almeida, que seria o representante (embora por linha ilegítima) da Casa Condal de Abrantes, desapossada desse título por D.João III , estudou na prestigiada Universidade de Alcalá (de Henares), situada na terra onde terá nascido o autor de .
Picasso
Isto vem neste livro
em pequena nota (24)
a páginas 43 onde atribui acerca duma discutível degradação da Casa de Abrantes, ao exilado em Castela, D.João de Almeida, um filho bastardo, D.Lopo de Almeida, o qual ''consta ter sido teólogo e doutor, reitor da Universidade de Alcalá''.
Fazer a história com ''consta'', é perigoso,especialmente quando há vasta bibliografia, sólida e erudita, sobre um homem crucial nas letras espanholas, que levava um nome abrantino.
Foi de facto ilegítimo, mas não se chamava Lopo, chamava-se João e foi legitimado, era filho de mulher nobre, e foi muito rico e honrado, pelas heranças que teve do pai e do tio, D.Estevão que foi Bispo de Cartagena e da confiança da Imperatriz Isabel, mulher de Carlos V.
Não estudou em Alcalá, estudou em Salamanca.
A ''degeneração'' dos Almeidas produziu coisas como esta
e foi sob armas destas que cresceu D.João de Almeida (foto de Jaima, em Múrcia)
Mas o que a nós nos importa, é que foi editado por Francisco de Quevedo e que foi amigo de Fray Luís de León
Também foi um bom poeta
Há muito que pelo menos Jorge de Sena explicou isto....
Tudo isto é uma recensão ao monumental livro de Jorge de Sena, onde em 1974, começou a estudar o assunto.
Leia o artigo completo na Colóquio Letras
Não é o melhor para a biografia do importante poeta de Salamanca, porque há mais pormenorizado, que fica para quando houver pachorra.
João de Almeida, poeta e mecenas, foi amigo de gente importante do seu tempo, e a sua voz chegava à Corte e ao Rei
Protegeu académicos que estavam nas masmorras inquisitoriais, foi lente de Teologia em Salamanca e Reitor e trovou
Encontrou um tradutor à altura em José Bento, o melhor luso para se aventurar à poesia castelhana de seiscentos e está nesta antologia
Lê-lo é o melhor que podemos fazer. E também decifrar o enigma, quem foi Francisco de La Torre?
Quevedo sabia-o, mas ocultou as pistas
a melhor pena do seu tempo, mordaz e implacável, retratado por Velásquez, eis o aventureiro, diplomata, polemista imbatível, espadachim, que prestou um grande serviço salvando D.João de Almeida do esquecimento.
Para terminar o livro do Doutor Candeias é interessante, mas tem lapsos.. É preciso lê-lo com espírito crítico. O livro do Candeias saiu em 2000 e em 1974 já Jorge de Sena nos tinha contado quem era D.João de Almeida.
mn
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