OPINIÃO
Por Movimento ALTERNATIVAcom | 10 de agosto de 2021
ABRANTES: SAÚDE EM ALERTA VERMELHO
O município de Abrantes investiu sem planeamento nos Cuidados de Saúde Primários, ou seja, nos cuidados prestados pelos Médicos de Família. Financiou duas Unidades de Saúde Familiar (USF), uma em Abrantes e outra no Rossio ao Sul do Tejo. No entanto, a prestação de cuidados de saúde por parte dos Médicos de Família não melhorou. E o transporte e acompanhamento dos utentes às unidades de Saúde deixa muito a desejar.
Localidades importantes como Pego, Alvega, São Facundo, Vale das Mós, São Miguel do Rio Torto, Rio de Moinhos, Carvalhal, Tramagal e, até, a própria cidade de Abrantes, não conseguem ter acesso em tempo útil e com periodicidade adequada a Médico de Família. Os utentes são “empurrados” para uma consulta de recurso em Abrantes, a qual não responde às necessidades e obriga, frequentemente, a recorrer a serviços privados.
O Centro de Saúde de Alferrarede que, até agora, tem resolvido muitos dos problemas existentes, viu-se no início deste mês sem uma médica que se aposentou, o que dificultou muito o atendimento aos utentes. Este não é caso único, como se sabe, repetindo-se a falta de planeamento e a consequente falta de adequada assistência médica.
Mais grave que isso, os poucos médicos disponíveis também são mobilizados para prestar atendimento no concelho vizinho de Constância, consumindo os já escassos recursos e agravando ainda mais a dificuldade de acesso dos utentes de Abrantes. Os recursos de enfermagem e de assistência técnica, também deficitários, são igualmente mobilizados para concelhos vizinhos, como por exemplo Sardoal.
Perante esta degradação acelerada dos serviços, a nível de Cuidados de Saúde Primários, o município assobia para o lado, “descansando” sobre os avultados investimentos que fez. Há́ que encontrar urgentemente uma alternativa. Ela existe, mas, até lá, continuará infelizmente a haver muitos doentes sem adequada assistência e a sofrer desnecessariamente no concelho de Abrantes. É para corrigir estas e outras situações indignas e degradantes que nos candidatamos às eleições autárquicas de 26 de setembro próximo.
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
''Além das listas à Câmara e à Assembleia Municipal, lideradas por Vasco Damas e José Rafael Nascimento, respetivamente, o ALTERNATIVAcom apresentou listas às [Uniões de] Freguesias de:
– Abrantes e Alferrarede, liderada por Sónia Pedro;
– São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, liderada por Clara Almeida;
– São Facundo e Vale das Mós, liderada por José Rafael Nascimento;
– Martinchel, liderada por Maurícia Rei.
Daremos, obviamente, a máxima atenção a todas as freguesias do nosso concelho, estejamos ou não representados nos seus órgãos autárquicos.''
Alternativa
ALTERNATIVAcom
DECLARAÇÃO POLÍTICA - 08 de maio de 2021
SOBRE A INSTRUMENTALIZAÇÃO POLÍTICA DAS CRIANÇAS
O movimento ALTERNATIVAcom vem, através desta declaração política, dar voz à indignação dos cidadãos abrantinos que se sentem profundamente chocados com a inaceitável instrumentalização das nossas crianças para fins político-eleitorais, por parte de quem tem a obrigação de as respeitar e proteger, tanto da exposição pública que carece de autorização, como dos perigos da pandemia.
Os candidatos políticos que exercem altos cargos públicos, não podem ignorar os impactos da sua visibilidade e dos seus comportamentos. A quatro meses das eleições autárquicas, não olhar a meios e exceder os limites da ética democrática, utilizando abusivamente crianças inocentes, revela bem a natureza e o desespero de quem não tem, de facto, condições para ser eleito e exercer as funções que lhes foram confiadas.
É importante que se invista em bons parques infantis, as nossas crianças merecem-no desde sempre. Mas andar de inauguração em inauguração – incluindo do parque da Bemposta nascido do Orçamento Participativo e do parque do Aquapolis que já existia e foi apenas reparado (com enorme atraso) – constantemente a usar as nossas crianças e os recursos do município para mera propaganda político-partidária, isso é totalmente inadmissível e não deve repetir-se, merecendo a veemente repulsa de todos os democratas abrantinos.
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
Movimento ALTERNATIVAcom
nota do blogue : o que fazem os caciques, já faziam os fascistas
A VERDADE E A TRANSPARÊNCIA DISPENSAM PROPAGANDA
Na sequência do comunicado emitido pelo movimento ALTERNATIVAcom sobre o elevadíssimo preço que as famílias suportam com a fatura do ambiente – água, saneamento e resíduos sólidos – a maioria camarária PS escolheu, como habitualmente, “matar o mensageiro” e tentar justificar o injustificável, apostando em montar uma máquina de propaganda sofisticada e cara que nenhuma falta faz à verdade e à transparência, paga pelos próprios munícipes por ela manipulados.
Contradizendo as justificações dadas, foi avançada a surpreendente promessa de baixar o preço da água, apesar de esse preço aumentar todos os anos. Ora, à beira de eleições autárquicas e acumulando cargos por natureza temporários, com que ética democrática e credibilidade se faz tal promessa eleitoralista? Os cidadãos eleitores não deverão esquecer as muitas promessas com que têm sido enganados, digam elas respeito ao concelho ou às freguesias.
Ninguém ignora, por exemplo, que a promessa de “revitalização do Centro Histórico” jamais se fará com a anunciada demolição do antigo Mercado, para nesse local investir milhões em mais um duvidoso multiusos, para onde se proíbe o regresso do mercado diário. Ou que a promessa de “reflorestação do território e criação do corredor ligando zonas verdes da cidade” ficou na gaveta enquanto se decidia em reunião de Câmara dar parecer favorável à plantação de eucaliptos em mais de 90% da área de (re)arborização aprovada.
Na Assembleia Municipal, muitas decisões não tiveram a sorte que mereciam, como aconteceu com a recomendação, há três anos esquecida, de “Reflorir Abrantes”. E ao nível das freguesias o panorama das “promessas feitas para não cumprir” é semelhante. O caso da U.F. de São Facundo e Vale das Mós é paradigmático: Em 2013, o PS prometeu “criar condições de saneamento básico em Vale de Zebrinho”. Não criou. Em 2017, voltou a prometer “analisar a viabilidade de instalação de saneamento básico em Vale de Zebrinho”. Não analisou.
Mas, verdadeiramente terrível é o que se tem passado com as empresas e o emprego. Tragicamente, o presidente da Câmara e candidato do PS às eleições autárquicas vangloria-se com a criação de 100 empresas no ano passado, parte delas individuais e só com sede em Abrantes, mas nada diz sobre as que fecharam ou reduziram a atividade, escondendo que nos dois primeiros meses de 2021 abriram 9 e fecharam 25 (quase o triplo!) e que o desemprego em Abrantes representa 24% da região e é o mais alto dos 13 municípios, três vezes superior à média!
Com o movimento ALTERNATIVAcom, os abrantinos passaram a conhecer a realidade que lhes era ocultada. É por isso que incomodamos os poderes instalados e os interesses dos que se aproveitam do esforço, das dificuldades e da boa vontade de quem cá vive e trabalha. Para nós, só a verdade deverá ter lugar na política e na autarquia, respeitando a dignidade e a inteligência dos cidadãos. Connosco, as decisões serão participadas e transparentes, e assumiremos sempre as decisões que tomarmos, sem subterfúgios ou estratagemas, reconhecendo com humildade os erros que porventura cometermos.
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
ALTERNATIVAcom
Comunicado | 22 de março de 2021
DEFINIÇÃO DA IDENTIDADE DE ABRANTES – A NOSSA PROPOSTA
Sabemos bem quem somos, mas, em termos institucionais, temos definido e comunicado mal a nossa identidade territorial. “O mundo pula e avança”, escreveu António Gedeão, e quem marca passo vai ficando paulatinamente para trás. O movimento ALTERNATIVAcom tem mostrado, com números, esta triste realidade; e apontado, com ideias, a maneira de a superar. Precisamos, definitivamente, de trilhar novos caminhos de liberdade, memórias, projetos e sensações.
A identidade é aquilo que permite reconhecer um território como único, distintivo e marcante. É a sua essência, o seu código genético, a sua vantagem competitiva face aos outros territórios, potenciando a capacidade de atração, satisfação e fidelização de visitantes. Ela contribui decisivamente para afirmar o território – suas pessoas e agentes económicos –, criar oportunidades e reforçar a resiliência perante as dificuldades.
Abrantes já foi a “cidade florida”. Deixou de ser, por não perceber que as conquistas precisam de ser defendidas, conservadas e renovadas. Já se propôs, sem consistência nem sucesso, afirmar outras identidades: capital disto e capital daquilo – centenária, do basebol, dos doces, da energia, da criatividade, etc. – sem capitalizar absolutamente nada, a não ser abandono e decadência (com fina ironia, houve até quem sugerisse “capital da ferrugem”).
Abrantes precisa de uma nova identidade – integradora e não segregadora – e, para isso, questionámos recentemente os abrantinos e escutámos a sua sensibilidade. Sem surpresa, recebemos contributos diversificados porque Abrantes tem uma riqueza tangível e intangível, natural e edificada, muito variada. Ou não estivéssemos nós no centro de Portugal e de importantes eixos de transição, cruzados por múltiplas vias de comunicação, culturas e influências socioambientais. Num certo sentido, como disse um dos cidadãos inquiridos, Abrantes é “Portugal inteiro”.
Não é por acaso que Abrantes alberga o RAME – Regimento de Apoio Militar de Emergência, um corpo único, moderno e de primeira linha do Exército, com intervenção nacional (e internacional) diferenciada em contextos militares e civis. Aqui, a grande e histórica via fluvial que é o Tejo une duas realidades geográficas e antropológicas distintas, deixando-se acompanhar ou cruzar por duas linhas ferroviárias (da Beira Baixa e do Leste) e por cinco vias rodoviárias principais (A23, EN2, EN3, EN118 e IC9), enquanto a albufeira de Castelo do Bode oferece um potencial turístico extraordinário, para além de assegurar o abastecimento de água e eletricidade (tal como a Central Termoelétrica do Pego) à capital e ao país.
A identidade territorial, tal como a pessoal ou organizacional, é multidimensional e multifacetada, ou seja, não é composta por uma única dimensão, seja ela flores, doçaria, gastronomia, azeite, tradições, desporto, localização ou património natural e edificado. A identidade do nosso território são todas estas fantásticas dimensões, mas aquela que emerge e se destaca, como a copa de uma frondosa árvore, bem ramificada e enraizada, é a da centralidade e encruzilhada de caminhos, dos “caminhos da diver-cidade”, de todos os caminhos que vão dar a Abrantes.
Bem o compreendeu quem encontrou em “caminhos” o conceito para uma rede intermunicipal de itinerância cultural. E Abrantes é inquestionavelmente, na região, a cidade que melhor corporiza esta ideia associada a centralidade, encruzilhada e diversidade, que, mais do que localização e dimensão, reflete história, património e orgulho de ser abrantino. Neste sentido, Abrantes é simultaneamente o meio, o fim (finalidade) e o princípio de tudo, sabendo os abrantinos que “para a frente é que é (o) caminho”.
O movimento ALTERNATIVAcom quer, pois, também neste caminho que nos leva às próximas eleições autárquicas, propor ao povo abrantino que esta seja a nossa identidade territorial, a marca que a próxima autarquia deve trabalhar para afirmar externamente Abrantes, com outra eficácia e outro benefício. Unamo-nos e inspiremo-nos – é este o nosso repto – à volta desta identidade, deste “leitmotiv” que a todos sirva e de que todos se sintam parte responsável.
Neste contexto, fará sentido apoiar a construção do novo aeroporto de Tancos, acelerar a extensão do IC9 a Ponte de Sor, com travessia do Tejo em Abrantes, patrocinar o Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo, valorizar o espelho de água e o Aquapolis (norte e sul), requalificar a envolvente das estações ferroviárias e apeadeiros do concelho, explorar o potencial turístico de Castelo do Bode e das estradas nacionais, em especial da Rota da EN2, e lançar uma iniciativa municipal – de investigação e debate – sobre Rotas Turísticas na Era Digital.
A ideia de “cidade florida”, sendo hoje necessária mas não suficiente identidade, merecerá também valorização enquanto indelével dimensão identitária, como ficou demonstrado na manifestação popular de 2019 em defesa do antigo Mercado. Nesse sentido, propomos aos abrantinos, não só florir a nossa cidade, como também recuperar a antiga Festa da Flor e instalar uma estufa-fria floral, visitável, num dos parques ou jardins. Sendo a nossa terra banhada pelas águas frescas do Tejo e poeticamente inspirada pelas suas Ninfas, sigamos as palavras de António Botto: “O mais importante na vida / É ser-se criador – criar beleza”.
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
1.Tiveram os processos de aquisição e reabilitação do cineteatro São Pedro, incluindo todos os procedimentos jurídicos e administrativos, pleno e correto suporte legal? Estavam os representantes legais da sociedade vendedora do cineteatro São Pedro devidamente mandatados para celebrar o acordo de venda com o município de Abrantes, no passado mês de Dezembro?
2. Quais foram exactamente os gabinetes de arquitetura consultados, com que critérios foram escolhidos e porque não foram considerados outros fora da região, como tem sido prática em muitos outros casos de prestação de serviços ao município? Serão os mesmos critérios aplicados ao projeto de requalificação do edifício do antigo mercado coberto?
3. Quais as razões que justificaram a "agilização" dos processos de adjudicação, cabimentação e contratação, bem como a respetiva fita do tempo, tendo em conta que as negociações com o anterior proprietário do cineteatro São Pedro se arrastaram demoradamente desde Janeiro de 2018? Para quando se pretende a conclusão da sua reabilitação, assim como a do antigo mercado coberto?
4. Quando será promovido o debate público e o eventual concurso de ideias sobre a utilização a dar ao edifício histórico do Mercado Municipal? Tenciona a autarquia manter o mercado diário no atual edifício, sem condições de funcionalidade e atratividade, ou pondera a necessidade de o relocalizar em espaço adequado e apropriado, porventura regressando ao antigo mercado?
5. Porque não foram os vestígios arqueológicos determinantes da interrupção dos trabalhos de intervenção no Convento de S. Domingos, com os decorrentes custos adicionais e indemnização ao empreiteiro, identificados durante as escavações anteriores ao início da obra, como era superiormente exigido?
6. Quando serão concluídas as obras em curso ou previstas para o MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, o Museu de Arte Contemporânea e a Galeria Municipal de Arte (QuARTel)? Em que valores financeiros e fontes de financiamento se estimam os custos de exploração (água, luz, pessoal, seguros, segurança, conservação, comunicação, etc.) de cada um dos Museus sob responsabilidade municipal?
7. Quais as conclusões e recomendações dos relatórios anuais produzidos pelo Gabinete de Auditoria Interna, no âmbito da execução do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas do Município de Abrantes? Porque não são os mesmos divulgados publicamente?
8. Prevendo este Plano que "quaisquer ocorrências que configurem fraude, corrupção, atentados à saúde ou segurança de pessoas, violações ou incumprimentos da lei, regulamentos ou normas, não estão sujeitas a qualquer nível de tolerância por parte do Município de Abrantes constituindo, desde logo, infracção disciplinar, sem prejuízo de eventuais consequências penais, contra-ordenacionais ou civis", a que casos e com que consequências foi o mesmo aplicado (por exemplo o revelado pela imprensa em Janeiro deste ano)?
Comunicados dos Independentes Alternativa.com
ler o resto no Médio Tejo
O Poder teve mais de 8 dias para responder e preferiu ficar arrogantemente autista.
ma