Segunda-feira, 08.11.21

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ALTERNATIVAcom
Comunicado | 08 de novembro de 2021
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS: NADA É IMPOSSÍVEL ATÉ SE TENTAR
Os Cuidados de Saúde Primários, disponíveis e praticados no nosso concelho, não satisfazem quem deles precisa, nem garantem a atratividade do território. Há demasiados anos que as nossas populações se queixam da falta de serviços médicos, de enfermagem e de radiodiagnóstico. Várias freguesias rurais têm vindo a perder serviços de proximidade, sem que os seus habitantes – sobretudo os mais idosos e dependentes – sejam compensados com adequados serviços de transporte e de acompanhamento. Mais dramático, ainda, é o facto de estas carências estarem a ser perigosamente “normalizadas”, com base no absurdo mito da “impossibilidade”.
Aceita-se como “impossível” aquilo que nunca se tentou com competência e, como “normal”, aquilo que representa perda – ou não melhoria – da qualidade de vida, parecendo os poderes central e autárquico ignorar ou negligenciar as dificuldades dos cidadãos mais necessitados. Simultaneamente, assiste-se a uma gestão confusa e conflituosa – logo ineficiente e perdulária – dos recursos de saúde existentes no concelho, tanto dos humanos, como dos materiais e financeiros. O Movimento ALTERNATIVAcom não se conforma com estas situações e repudia a atitude derrotista de quem não tem ideias, vontade ou energia para fazer o que lhe compete.
Não é normal, nem aceitável, que haja freguesias com edifícios e equipamentos desaproveitados, sem um único médico e em que o enfermeiro, escalado apenas meia hora por semana, nem esta ridícula frequência cumpre há vários meses (alegadamente por estar no centro de vacinação anti-COVID-19). E que a “Carrinha do Cidadão”, equipada para prestar serviços de saúde, não os preste, ou que a USF D. Francisco de Almeida (Abrantes), com amplas e excelentes instalações, não realize exames básicos de diagnóstico (como RX) e não passe atestados médicos para renovação da Carta de Condução.
Também não é normal, nem aceitável, que o Centro de Saúde não tenha instalações adequadas e a população se queixe da dificuldade de acesso a consultas de recurso, ou que haja idosos a queixar-se do frio que, por estes dias, faz no centro de vacinação junto aos Bombeiros. Ou que, em Abrantes, os setores privado e social não ofereçam serviços subsidiários ou alternativos ao SNS, ao nível do que oferecem noutras cidades e concelhos comparáveis. Ou, ainda, que não existam estatísticas e outras informações básicas de Saúde, tanto do lado da oferta como da procura, o que indicia uma reprovável falta de transparência e ausência de responsabilização.
O Movimento ALTERNATIVAcom defende no seu Programa que “os cuidados de saúde cheguem com proximidade espacial e temporal a todos os bairros e aldeias de Abrantes, assistindo todos e cada um dos cidadãos, não apenas numa perspetiva preventiva, mas também terapêutica e curativa”. E que seja “reforçada a cobertura de equipamentos e serviços de saúde no concelho e nas freguesias, sobretudo das mais rurais e periféricas, articulando com as instituições públicas e privadas de saúde”.
Mais defende o Movimento ALTERNATIVAcom que seja “adotada uma postura mais atenta, exigente e cooperante, naquilo que competir às entidades da administração central do Estado e IPSS, e mais ambiciosa, inovadora e empreendedora, em tudo aquilo que tiver a ver ou puder ser assumido pela autarquia”.
Neste sentido, consideramos essencial “manter atualizado o portal municipal, incluindo a divulgação da taxa de cobertura, a previsão de acesso a médico de família, os indicadores de desempenho dos Centros de Saúde e das novas USF, assim como o retorno dos incentivos financeiros atribuídos pelo município a médicos das unidades de saúde familiar”. Tudo isto propusemos e com tudo isto nos comprometemos nas recentes eleições autárquicas, sendo nosso dever defender estas perspetivas nos órgãos para que fomos eleitos.
Neste sentido, o vereador Vasco Damas apresentou na última reunião de Câmara a proposta de deliberação “Cuidados de Saúde Primários: Não deixar ninguém para trás!”, a qual será votada na manhã do próximo dia 23 de novembro. O Movimento ALTERNATIVAcom convida todos os abrantinos a estarem atentos e a acompanharem (em direto online) esta reunião, tomando conhecimento dos argumentos que forem aduzidos a favor ou contra a proposta apresentada, uma vez que o resultado da votação terá impactos muito importantes – diretos e indiretos, imediatos e a prazo – na vida de cada cidadão e da nossa comunidade.
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
Movimento ALTERNATIVAcom
NOTÍCIA SOBRE A PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO
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Segunda-feira, 28.06.21










A DEMOCRACIA CONVOCA-NOS, ESTEJAMOS PRONTOS!



Temos uma quebra demográfica dramática, com consequências graves para a democracia local. Nos últimos oito anos, perdemos 3.461 eleitores inscritos no recenseamento eleitoral (9,9%, o que dá uma média de 1,23% ao ano). Nas freguesias rurais esta quebra foi maior do que na cidade, quase triplicando na parte norte do concelho, o que fará com que uma das Assembleias de Freguesia passe este ano de 9 para 7 membros e receba menos recursos.



Com menos pessoas, sobretudo com menos jovens, tudo se torna mais difícil e periclitante. Do ponto de vista eleitoral, se é certo que os cidadãos retribuem com o voto os benefícios proporcionados pela ação autárquica, também se observa – ainda que injustamente – que o poder autárquico tende a favorecer as comunidades onde recolhe mais votos. Este círculo vicioso precisa de ser travado e dar lugar a um círculo virtuoso, mais justo e beneficioso.



Como já afirmámos, fazem falta políticas de desenvolvimento e povoamento (permanente e temporário). Mas, fazem ainda mais falta políticas de estímulo e incentivo à participação cívica e democrática. Se temos menos pessoas, esse défice deve ser compensado com mais e melhor cidadania, ativa e participativa. Trata-se, em suma, de acrescentar valor a cada um de nós, cidadãos, e a cada comunidade (aldeia, bairro, vila e cidade). Valor económico, social, cultural e democrático.



Temos de conseguir superar estes desafios no mais curto espaço de tempo, com todos os recursos disponíveis e os melhores resultados possíveis: com a melhor liderança autárquica, a melhor organização municipal e de freguesias, a melhor educação e empreendedorismo, o melhor associativismo e participação comunitária. É preciso libertar a iniciativa criadora de todos os cidadãos, permitindo que os sonhos se transformem em realidades.



Dentro de três meses, teremos eleições autárquicas. Não são “mais umas”, são “as da mudança”, da criação de condições favoráveis (que não têm existido) à superação dos referidos desafios. Comecemos por uma redução expressiva da abstenção eleitoral, atualmente na ordem dos 32 a 55%, a qual permite eleger maiorias absolutas com o voto de apenas 24% dos eleitores inscritos, muitos deles militantes ou apoiantes fiéis do partido no poder.



É preciso votar para respeitar a democracia e fazer a diferença, não permitindo que outros – que não nos representam e com quem não nos identificamos – escolham por nós. Compreendemos que muitos cidadãos estejam zangados e desiludidos com a qualidade da nossa democracia, mas é essencial perceber que a abstenção acaba por favorecer e beneficiar exatamente aqueles que se quer “punir”.



Para quem maltrata a democracia, recorrendo à pressão, intimidação e retaliação sobre quem não se verga à sua vontade e interesses – considerando que “quem não está consigo, está contra si” – a abstenção dos eleitores é uma “bênção”. Importa atentar que os problemas da democracia se resolvem com mais e melhor democracia, não com soluções autocráticas, fáceis, superficiais e com efeitos colaterais ainda mais gravosos.



É preciso, também, acompanhar a atividade dos eleitos, apoiando e escrutinando a sua ação. É um erro pensar que a responsabilidade de um eleitor começa e acaba no momento da votação. Uma democracia representativa, sem o pilar participativo, é uma democracia coxa. Não nos conformamos com a ausência dos cidadãos nas assembleias municipal e de freguesias, nem com o desinteresse do poder autárquico em estimular e incentivar essa participação, chegando mesmo a desencorajá-la.



Defendemos que, ao contrário do que atualmente acontece, as sessões dos órgãos autárquicos sejam amplamente divulgadas e os documentos gerais disponibilizados publicamente, com suficiente antecedência, Que as sessões sejam realizadas em período pós-laboral, que os cidadãos possam intervir no início das mesmas, que haja direito a uma segunda (e mais breve) intervenção do cidadão, se este reclamar a defesa da honra ou da verdade, e que as atas sejam circunstanciadas e publicadas atempadamente.



O ALTERNATIVAcom é um movimento autárquico independente que emerge genuinamente da cidadania ativa e participativa. Temos o exclusivo apoio dos cidadãos, a quem exclusivamente prestamos contas. A nossa “mão” e a nossa “máquina” são as do trabalho e serviço público, respeitando o erário e o património público. Quem nos escolher, que o faça sobretudo pela seriedade e competência. Abrantes merece e, pela vontade dos cidadãos, terá este ano uma ALTERNATIVAcom todos e para todos.



Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.



Movimento ALTERNATIVAcom


 













 





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Quarta-feira, 05.05.21
Despesismo e Eleitoralismo Autárquico
 
- Investimentos de Milhões, Vidas de Tostões

Uma breve retrospetiva leva-nos a recordar alguns projetos fantasiosos anunciados em vésperas de eleições autárquicas: desde logo, o projeto Ofelia Club, um investimento de 60 milhões de euros na área da saúde que iria criar 500 postos de trabalho. Não criou nenhum e ainda beneficiou de apoios municipais, estando associado ao injusto “caso Jorge Ferreira Dias”, um escândalo que tem comovido os abrantinos e o povo português.

Depois, o projeto RPP Solar, um investimento superior a 1.000 milhões de euros que iria criar 2000 postos de trabalho, mas que terminou ao fim de cinco anos sem ter sequer começado, levando o município a perder um terreno que havia adquirido por 1 milhão de euros, oferecendo-o ao investidor por um décimo desse valor. Segundo o jornal O Mirante, este investidor teria inclusive convidado o ex-presidente do município de Abrantes para diretor de formação e projetos especiais.

Finalmente, o projeto Tectania, um investimento de 44 milhões de euros que iria criar 300 postos de trabalho, mas que também não saiu do papel, custando ao município mais de 500 mil euros em apoios fiscais e tributários. Em todos estes projetos, o padrão de propaganda foi sempre o mesmo: arrastar o mais possível o enredo, afirmando-se “acreditar” (a costumeira palavra de fé da autarquia PS) que o mesmo seria concretizado quando era já óbvio que não seria.

Mas a memória não se esgota aqui. O que aconteceu ao sumido investimento de 150 mil euros numa Estação de Monitorização da Biodiversidade, composta por uma rota de 30 a 50 “Biospots” passando pela cidade e por duas freguesias rurais? O que é feito dos prometidos Jardim das Borboletas e Parque de Observação de Insetos na Quinta da Arca, com inauguração marcada para 2009, ano de eleições autárquicas?

Não se sabe, mas parece que as 30 Oliveiras supostamente adquiridas fora do concelho por 60 mil euros (2.000 euros cada uma), em duvidoso contrato de ajuste direto, foram mesmo plantadas, e que o Mercedes de luxo adquirido pelo município por 62.500 euros continua fiavelmente a circular com o atual presidente, embora discretamente. Felizmente estes investimentos não foram deitados a perder, como aconteceu com muitos outros, mas eles teriam sido certamente mais bem aplicados noutras necessidades prioritárias, como combater a solidão ou florir Abrantes, não se confundindo belas flores decorativas com indesejáveis ervas daninhas.

E o que sucedeu à proposta de se criar a Associação Ibérica de Municípios do Tejo e de se lançarem concursos internacionais de ideias para a dinamização do rio nas margens do Médio Tejo (2006) e para a requalificação do Castelo de Abrantes (2016)? Este seria, até, promovido pela secção regional do sul da Ordem dos Arquitetos (com o contributo do município de Abrantes), a mesma entidade que recentemente colaborou no concurso internacional de ideias para a demolição do antigo Mercado e construção de um Multiusos multimilionário (o anterior foi “só” milionário).

Em agosto de 2007, o executivo PS acabou com o cinema no Cineteatro São Pedro, alegando "falta de espetadores" e "elevado custo". Logo em seguida, fechou a sala de cinema do Edifício Millenium, por alegados motivos de insegurança (vandalismo e desacatos frequentes). Sete anos depois, o município reativou o cinema comercial neste local, investindo mais de 200 mil euros no projeto social "Bairro Convida", estando a sala quase sempre vazia.

Ignorando a capacidade existente no Cineteatro São Pedro, o município quer agora duas novas salas de cinema em mais um Multiusos de 2,7 milhões de euros – destinado a festas, exposições, cinemas e garagens – a construir sobre a demolição do antigo Mercado, medidas estas nunca sufragadas nas urnas. Tendo Abrantes perdido, desde 2007, cerca de 15% da sua população, como se justifica tanta fartura de cinema comercial? Que estudo de sustentabilidade económica recomenda esta oferta? São estas as reais necessidades e prioridades de Abrantes e dos abrantinos?

Entretanto, o afetado Multiusos construído entre 2010 e 2015 para albergar o mercado diário e o posto de turismo (dito “Welcome Center”) está literalmente “às moscas” (e também à chuva e ao vento), sem clientes nem vendedores, e muito menos turistas. Inicialmente projetado para custar 1 milhão de euros, acabou por custar mais de 1,5 milhões (uma derrapagem de 50%) e, segundo afirmações do edil de Abrantes, vai ter ainda mais investimentos para corrigir o que foi mal feito.

Todos os apelos no sentido de fazer regressar o mercado diário ao seu berço histórico têm sido ignorados, teimando-se em mantê-lo confinado no edifício que a população designa por “bunker”, “mausoléu” ou “mamarracho”. O argumento prende-se com a duvidosa e insensata solução urbanística arquitetada no PUA para o deprimido centro histórico, a qual assenta no estacionamento do Vale da Fontinha, onde se realiza o mercado semanal.

Mas, não foi este espaço destinado anteriormente, pelos mesmos autarcas, à Feira de São Matias, entretanto despachada para o Aquapolis Sul? Que planeamento, que coerência, que respeito pelos dinheiros públicos demonstra este executivo camarário? Inicialmente prevista para custar cerca de 1 milhão de euros, supõe-se que a intervenção no Vale da Fontinha acabou por custar 20% a 50% mais e nem sequer está ainda terminada.

Se houvesse transparência, esta derrapagem seria conhecida com exatidão, assim como seriam conhecidos todos os investimentos e despesas realizados nos últimos cinco anos com o eufemístico projeto “Cidade Inteligente, Cidade Feliz”, considerado pela autarquia “um novo paradigma da governação”. Desenvolvido em parceria com a COMPTA, IBM e Softinsa, com quem a ex-presidente colaborou num vídeo publicitário, este projeto era para custar 1 milhão de euros, não se sabendo exatamente quanto já custou e que resultados e benefícios concretos produziu.

A insustentável leveza e incerteza com que são decididos os pequenos ou grandes investimentos públicos em Abrantes fez escola com o presidente da Câmara que, em 2006, impôs um campo de Beisebol de 540 mil euros à cidade, o qual afirmou, em resposta a quem questionava o interesse dos abrantinos e a rentabilidade do investimento, “acreditar” que o projeto era viável quer desportiva quer financeiramente. O milagre, como é óbvio, nunca aconteceu.

Alinhado com esta vanglória despesista, esteve também o então vereador do Desporto e demais autarcas do PS, para quem a palavra “acreditar” era e continua a ser a única designação que conhecem para os inexistentes estudos de sustentabilidade económica. Este não foi, como se sabe, o único projeto decidido em cima do joelho e abandonado ou desperdiçado sem qualquer explicação. Veja-se como foi decidida, há menos de um ano, a súbita construção dos 2 campos de Padel no Aquapolis Norte, sem plano nem orçamento, quando lá permanecem sem utilização outras valências, como por exemplo um campo de Futsal ou um anfiteatro ao ar livre.

São muitos, aliás, os espaços e equipamentos desportivos, culturais e sociais abandonados pelo concelho, sem adequada manutenção e utilização, desde pretensiosos projetos urbanos até pindéricas benfeitorias rurais (assim trata a autarquia PS o território). Se exemplos fossem necessários, bastavam o do degradado Ecomuseu de Martinchel, do adulterado Jardim do Cruzeiro no Pego, da negligenciada Escola Primária de Mouriscas, do desertificado Aquapolis Sul ou do desaproveitado Parque Tejo e seu desconhecido Centro de Interpretação, no qual foi investido mais de 1 milhão de euros.

O padrão de inconsistência e opacidade repetiu-se com o 180 Creative Camp (600 mil euros em oito anos), o Festival Ibérico do Azeite (8 mil euros em publicidade, os restantes custos desconhecidos) e o Festival de Filosofia de Abrantes (custos elevados, mas não divulgados), só para referir alguns exemplos. Todos viram as suas edições bruscamente suspensas, sem que tivesse sido dada justificação pública plausível, em reprovável demonstração de arrogância e desrespeito democrático. Afinal, o dinheiro não dá para tudo e era preciso investir acima de 300 mil euros em mais consultores e agências de comunicação, para além da máquina existente no município.

Novas “paixões” vão, entretanto, surgindo nesta gestão PS errante, ziguezagueante e perdulária, sendo o Tejo uma delas. Por um lado, promete-se uma Praia Fluvial na margem norte, para quando a água deixar de estar poluída, e um Centro Náutico que já foi anunciado para ambas as margens, e cuja construção chegou a ser adjudicada em 2009 por 73 mil euros, mas nunca foi concretizada. E, com renovado entusiasmo e otimismo, “acredita-se” que agora é que a Ponte sobre o rio Tejo (em Tramagal) será construída, fingindo-se ignorar que esta promessa de “papas e bolos” se repete ciclicamente há mais de 20 anos.

Por outro lado, efabula-se uma voluntariosa candidatura do Tejo a “património da humanidade”, enquanto se deixa o rio agonizar, poluído e sem água, artificialmente suportado por um açude que, podendo ter benefícios (e também malefícios), é um sorvedouro imparável de dinheiro (10 milhões de investimento inicial, mais 350 mil de reparação em 2018 e uma quantia ainda incerta em 2021, entre outros elevados custos).

Sorvedouros imparáveis de dinheiro – por via direta ou indireta – parecem ser também a A. Logos e o Tagusvalley (onde será feito um novo investimento que ultrapassa os 2 milhões de euros, fora outros financiamentos), entidades geralmente deficitárias do universo orçamental do município e em que prima a falta de transparência (o site da A. Logos, por exemplo, não contém qualquer informação estatutária e de gestão). E, se os Serviços Municipalizados de Abrantes não são também deficitários, tal deve-se à elevadíssima fatura do ambiente (água, saneamento e recolha de lixo), a mais alta do Médio Tejo (a seguir a Ourém, por enquanto).

Poderão também vir aí, em breve, mais sorvedouros imparáveis de dinheiro, designadamente em custos correntes exigidos pelos projetos museológicos MIAA - Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (investimento de 3,4 milhões de euros no antigo Convento de S. Domingos), MAC - Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida (2,1 milhões de euros no Edifício Carneiro) e Polo 2 do MAC (1,2 milhões de euros na Galeria Municipal de Arte). Apesar de repetidamente solicitados, nunca foram apresentados estudos de sustentabilidade económica, como mandam as boas práticas de investimento.

A declarada “paixão” da autarquia PS pela Educação traduz-se, na verdade, por uma enorme paixão pelo betão e pelo escorregão. O antigo Colégio Nossa Senhora de Fátima, onde será instalado o Centro Escolar de Abrantes, foi adquirido em 2016 por 1,6 milhões de euros, tendo as obras de requalificação sido adjudicadas por 3 milhões de euros, mais 50% do que inicialmente se previa (2 milhões). Entretanto, os indicadores de insucesso escolar de Abrantes, apesar de terem melhorado, continuam a ser dos piores da região…

Ainda na área da Educação, foram anunciadas novas obras com o artificioso entusiasmo de “Agora é que é!”: a construção do novo edifício da ESTA em Alferrarede por 4 milhões de euros (já foi 3,5 milhões) e a reabilitação das Escolas Octávio Duarte Ferreira (Tramagal) e EB1/JI de Alvega, a primeira por 1 milhão de euros e esta por meio milhão. Ora, o que têm estas obras em comum? Simples, foram aprovadas e propagandeadas sem financiamento assegurado, isto é, sem dinheiro nem prazo para iniciar.

Este enredo não é novo, pois ainda recentemente foi usado na anunciada construção da nova Rotunda do Hospital (759 mil euros), afirmando-se logo em seguida que não se sabia quando poderia ser iniciada a obra. Pelo mesmo caminho vai o projeto de empreitada do Cineteatro São Pedro, adquirido pelo município por 470 mil euros e com um custo de obra orçado em 1,8 milhões de euros, mais 20% do que ainda recentemente se previa (ou seja, ainda não entrou em obra e já leva uma tremenda “derrapagem” financeira).

Aproximando-se o ato eleitoral em que serão escolhidos aqueles que representarão por mais quatro anos o povo abrantino nos órgãos autárquicos, é tempo de prestar contas e assumir responsabilidades, não só do último quadriénio, mas dos 28 anos (sete mandatos consecutivos) que tiveram o Partido Socialista de Abrantes a governar, orgulhosamente só, o município e a maior parte das freguesias. Os casos apontados são apenas a ponta do iceberg dos investimentos e despesas municipais e das freguesias, havendo muito mais para escrutinar, como é o caso da gestão do FinAbrantes e da relação do município com as associações e coletividades, de que nunca se prestou contas seriamente.

Entre tudo o que há para esclarecer, com total rigor e transparência, merecem especial atenção os grandes investimentos que iriam salvar Abrantes do declínio evidente, uns apenas prometidos – lançando-se foguetes antes das festas que nunca aconteceram –, outros realizados com grande esforço orçamental (municipal e europeu) – geralmente com grandes atrasos, derrapagens financeiras, faltas de conservação e desaproveitamentos – jurando-se melhorar a vida das famílias e das empresas.

É tempo, também, de julgar a oportunidade dos investimentos e a bondade das escolhas feitas, sabendo-se, por exemplo, que a escultura na Rotunda do Quartel custou o equivalente a 20 novos polidesportivos ou parques infantis. Ou que os milhões gastos em equipamentos e eventos inúteis, ou sem adequada valorização ulterior, dariam para ter uma zona industrial de excelência, recuperar muito património histórico degradado e ter uma ótima rede de saúde e de transportes.

As perguntas que todos devem fazer, são:

1- Quanto dinheiro foi prometido e em quê, nunca tendo sido investido?

2- Quanto dinheiro foi investido e em quê, com que eficiência e com que resultados?

3- Que opções teriam sido melhores – mais racionais, mais eficientes e mais proveitosas?

Estas perguntas nunca foram feitas de forma suficientemente incisiva, sistemática e aprofundada, estando por esgotar todas as possibilidades oferecidas pelos mecanismos democráticos que asseguram os direitos de oposição e de informação dos cidadãos. Está na hora de as fazer, pois não se pode continuar a usar com ligeireza e despesismo os dinheiros públicos, muito menos para fins eleitoralistas. Não se pode perder, nem mais tempo, nem mais oportunidades, Abrantes merece melhor.

Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.

Movimento ALTERNATIVAcom | 03 de maio de 2021

 

16 ANOS DE GOVERNAÇÃO AUTÁRQUICA PS: UMA HISTÓRIA DE MILHÕES 



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Terça-feira, 09.03.21
POR UMA POLÍTICA DE RIGOR E TRANSPARÊNCIA
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O movimento ALTERNATIVAcom apresentou-se aos abrantinos em novembro de 2019 com dois desígnios para o nosso concelho: a democracia e o desenvolvimento. Quem conhece a realidade de Abrantes – tal como ela é e não como se procura fazer crer – e, tal como nós, a encara com seriedade e rigor, sabe bem que estes vetores da ação política são tudo menos redundantes ou triviais. Precisamos, de facto, de mais e melhor democracia e desenvolvimento.
Temos dito, de forma repetida e fundamentada, que Abrantes não está bem. Revelamos números, pedimos esclarecimentos e exigimos que se faça pela nossa terra o que há muito não se faz. A maioria socialista, que já leva quatro décadas no poder, finge ignorar as questões que levantamos, mas vai aproveitando as oportunidades e os números parciais que lhe convêm para tentar contradizer as evidências que todos observam e sentem no dia-a-dia. Todavia, a propaganda e a manipulação não resistem ao choque com a realidade.
Na última sessão da Assembleia Municipal e em declarações posteriores a uma rádio regional, o presidente da Câmara Municipal de Abrantes afirmou com pompa e circunstância que “por incrível que pareça e ao contrário do que alguns possam querer dizer, mas contra factos e contra documentos técnicos de responsabilidade públicos, 2020 foi o ano em que se registou o maior número de constituição de novas empresas em Abrantes: 100, o maior número desde 2011, uma taxa de crescimento de 22,4% face ao ano anterior”.
Apesar de ter errado em ambas as comparações (nem o ano é 2011, nem a percentagem é 22,4%), este número de 100 novas empresas é, não só correto, como “incrível”, como bem reconheceu o autarca. Na realidade, entre 2010 e 2019 a média anual (relativamente estável) de criação de empresas foi de 63,2 e a de dissolução de 50,7, o que dá uma média mensal de 5,3 e 4,2, respetivamente. Se nos cingirmos apenas a 2020, a média mensal de constituição de novas empresas foi de 8,3 e a de dissolução de 2,1. Contudo, em janeiro de 2021 foram criadas em Abrantes apenas 3 empresas e dissolvidas 14! Porque não foram, então, revelados estes números?
Note-se que, entre 2011 e 2018 (últimos dados disponíveis), o peso das sociedades no total das empresas não financeiras diminuiu em Abrantes de 31,7% para 29,5% (tendo o das empresas individuais crescido, portanto, de 68,3% para 70,5%), o que obviamente se traduz num tecido empresarial mais débil. E, apesar de o volume de negócios dos estabelecimentos ter vindo a recuperar no período pós-troika, ainda estava em 2018 (dados mais recentes) próximo do de 2011, diferentemente do conjunto dos municípios do Médio Tejo que cresceu 6,7% (levando a que o volume de negócios em Abrantes, com relação ao do Médio Tejo, baixasse de 16,9% para 16%).
É preciso, pois, querer e saber analisar melhor os números para os usar com credibilidade. Ninguém mais do que o movimento ALTERNATIVAcom deseja que Abrantes esteja bem e sempre a melhorar. Foi para isso que aparecemos. Mas não temos medo dos números que teimam em demonstrar que estamos mal e sem horizontes, nem admitimos que se embrulhe as mentiras em meias-verdades, pois consideramos que o reconhecimento da realidade é condição indispensável para a sua melhoria, enquanto a sua negação conduz inevitavelmente ao desastre.
Assim, o que explica o facto de terem sido constituídas 100 e dissolvidas 25 empresas com sede em Abrantes, num ano tão atípico como foi 2020? Quantas destas empresas têm atividade em Abrantes? São empresas individuais ou sociedades? E quantos estabelecimentos de empresas sediadas noutros concelhos foram abertos e fechados no nosso concelho? Qual o volume de negócios e emprego perdido com os estabelecimentos fechados e ganho com os abertos, sabendo-se que a escala destes é naturalmente mais pequena do que a daqueles? Quem possui informação privilegiada e os técnicos para a analisar, deveria querer e saber responder com rigor, mas não o faz. Porquê?
Como se percebe, 100 novas empresas não é, em si mesmo, nem muito nem pouco, a não ser que sejam tidos em conta outros indicadores, como por exemplo o facto de o número médio de pessoas ao serviço dos estabelecimentos ter diminuído de 3 para 2,77, entre 2011 e 2018. E repare-se nestes números do IEFP: Nos últimos dois anos (janeiro de 2019 a dezembro de 2020), o número de desempregados registados no Centro de Emprego de Abrantes aumentou de 1.416 para 1.498 e o peso destes números no conjunto dos treze municípios do Médio Tejo subiu de 24,9% para 25,9%, sendo Abrantes responsável por mais de ¼ do desemprego na região.
E não é tudo. Os mesmos dados revelam que em 2020 foram inscritos 3.167 novos desempregados, tendo sido colocados pelos serviços apenas 563 (17,8%), o que dá um saldo negativo de 2.604, não refletido no número de desempregados registados. Desistiram de procurar emprego? Encontraram por si próprios? Foram trabalhar para fora do concelho? Foram recrutados para estágios profissionais ou ações de formação? Houve limpeza de registos? Não sabemos, o certo é que não foram colocados pelo Centro de Emprego de Abrantes por falta de ofertas de emprego compatíveis, tendo o mês de dezembro de 2020 sido um dos piores do ano.
Naturalmente que esta realidade é reflexo da quebra no emprego e só não é pior pelo facto de a população estar a diminuir e a envelhecer. Os últimos dados mostram que Abrantes perdeu 1.657 postos de trabalho (pessoal ao serviço dos estabelecimentos) de 2011 a 2015, tendo recuperado cerca de metade até 2018. No conjunto dos municípios do Médio Tejo, Abrantes passou de uma quota de emprego de 14,2% para 13,2%, sempre a cair. E os cidadãos questionam-se: o que acontecerá se grandes empregadores como a FRASAM (com cerca de 80 trabalhadores) ou a Central Termoelétrica do Pego (com cerca de 300 permanentes e 500 ocasionais) encerrarem?
É certo que Abrantes, à semelhança do conjunto dos municípios do Médio Tejo, tem vindo a aumentar o rendimento bruto e o poder de compra por habitante, quando comparado com a média nacional. O mesmo se passa, por exemplo, no domínio da Educação com o sucesso escolar. Contudo, tal como dissemos no último comunicado, o desempenho do nosso concelho é geralmente inferior ao da região – mesmo quando melhoramos em termos absolutos, pioramos em termos comparativos – o que revela duas coisas: falta de visão, ambição ou capacidade de realização, por um lado, e perda de oportunidades, posição e relevância regional e nacional, por outro.
Perante esta realidade esmagadora, deviam os autarcas em exercício estar mais preocupados com o desenvolvimento – e até sobrevivência – do território e das populações, do que com o “incómodo” causado por quem escrutina democraticamente o seu desempenho. Quando falamos, sabemos do que estamos a falar e olhamos para os factos com o necessário relacionamento e enquadramento técnico, tirando as ilações políticas que se impõem sem recorrer à reprovável manipulação e demagogia. Porque, no novo ciclo autárquico que se avizinha, não pode mais haver lugar à política vazia, sem verdade e sem competência.


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Segunda-feira, 22.02.21
ALTERNATIVAcom
Comunicado | 22 de fevereiro de 2021
POR UMA POLÍTICA INOVADORA DE LAZER E ENTRETENIMENTO
O movimento ALTERNATIVAcom defende e compromete-se a trabalhar, tanto no plano da cidadania participativa como no dos órgãos autárquicos, por um concelho mais humanizado e vivenciado que articule, com sabedoria, o progresso e a modernidade com a tradição e a identidade. E que equilibre bem as diversas dimensões da vida em sociedade, designadamente as da família e amizade, cultura e lazer, atividade física e espiritual, trabalho e empreendedorismo, produção e consumo, estudo e aprendizagens.
Estas dimensões devem, em nosso entender, estar presentes em todas as políticas autárquicas, das económicas e urbanísticas, às sociais, culturais e ambientais. Não é isso, contudo, que se tem observado em Abrantes, designadamente a nível urbanístico e cultural, comprometendo a procura e a exigência da população por mais e melhor oferta cultural. O diagnóstico que fazemos leva-nos a considerar que existem incoerências e desequilíbrios significativos, e que algumas das referidas dimensões (ou parte delas) não são valorizadas de forma suficiente ou adequada.
É o caso do lazer e entretenimento, assim como de uma parte significativa da atividade cultural na cidade e nas freguesias rurais. Não por acaso, o site do município contém, na secção “Lazer e Desporto”, apenas atividades desportivas, o que revela bem o fraco entendimento que esta autarquia tem do conceito de lazer. Sendo certo que, numa ótica de “mente sã em corpo são”, o desporto constitui também para o movimento ALTERNATIVAcom uma prioridade, entendemos que a política de lazer deve ser alargada e reforçada, abrangendo outros públicos-alvo, nomeadamente as famílias e as pequenas comunidades (residências, escolas, clubes, etc.).
Na nossa perspetiva, Abrantes carece de uma oferta atrativa de atividades de lazer e entretenimento, tanto diurnas como noturnas, que estimulem a fruição do domínio público – que se quer mais cuidado e com mais qualidade – e o acesso aos espaços de cultura erudita e popular, artes e espetáculos, restauração e bebidas, comércio e artesanato. Um concelho produtivo que estuda, trabalha e empreende, tem de ser também um concelho animado que se diverte, vive e convive, promovendo intercâmbios sociais e culturais, internos e externos. Porque o convívio e a animação contribuem para um espírito mais positivo, otimista e confiante.
Esta lacuna faz-se notar tanto nos dias úteis como aos fins-de semana, em todas as épocas do ano. Se, nalguns casos, isso se deve à carência de espaços e equipamentos lúdicos com tal vocação ou finalidade, em muitos outros deve-se à falta de conservação, reabilitação, valorização e aproveitamento dos existentes, incluindo adequada iniciativa e programação. O Aquapolis, onde tanto foi prometido e investido, é um exemplo gritante desta triste realidade, marcada pela falta de atratividade e abandono. Infelizmente, muitos outros exemplos – grandes e pequenos – poderiam ser dados.
Recorde-se a requalificação efetuada no Largo do Cruzeiro, no Pego, onde foi decidida uma solução que não agrada à maioria da população, tendo sido criados mais problemas do que aqueles que foram resolvidos. Ou o estado de degradação em que se encontra o Ecomuseu em Martinchel, prejudicando o potencial de exploração e o cumprimento das funções para que foi criado. E, claro, a cruel decisão de demolir o edifício histórico do Mercado e confinar o mercado diário a um imóvel impróprio, sem condições de funcionamento e de atração de consumidores.
É preciso compreender que a falta de uma política efetiva de lazer e entretenimento tem consequências económicas e sociais extremamente importantes. Desde logo, para o bem-estar e a qualidade de vida das populações que habitam os nossos bairros e aldeias, da mais tenra à mais proveta idade, sendo especialmente impactante nos jovens – que se sentem impelidos a procurar fora do concelho o que cá não encontram ou não os satisfaz – e nos idosos – obrigados pela limitação da mobilidade a permanecerem próximo das suas residências.
Depois, para a atração de turistas, profissionais, habitantes da região e novos residentes, sobretudo de segmentos mais jovens, em busca de novas ou distintas experiências recreativas e culturais. Finalmente, para a promoção das indústrias criativas e tecnológicas, arrastando consigo a regeneração urbana e a reabilitação habitacional (com destaque para os degradados e desertificados centros históricos), a sustentabilidade do pequeno comércio e o surgimento de novos serviços de proximidade.
Também no domínio estritamente cultural se verifica um manifesto desequilíbrio entre a cultura física e a cultura intelectiva, assim como entre a cultura popular e a cultura erudita. Não por acaso, muitas das iniciativas erísticas, literárias e de cinema promovidas por associações abrantinas têm de ser realizadas no vizinho Sardoal, por falta de condições ou de bom acolhimento em Abrantes. E, as que se realizam em Abrantes, ou não merecem da parte do município a mesma prioridade e investimento em programação, divulgação e promoção, ou têm uma duração efémera, mesmo quando são bem-sucedidas.
Deste modo, o movimento ALTERNATIVAcom assume o compromisso de trabalhar com todas as instituições artísticas e culturais no sentido de promover uma “cultura de cultura” e otimizar a utilização dos recursos humanos e materiais existentes, utilizando-os e valorizando-os numa ótica de reforço da democracia e do desenvolvimento. No caso específico da rede museológica de Abrantes, que conhecerá brevemente uma ampliação expressiva sem que se conheça o respetivo estudo de viabilidade económica, tudo faremos para que tenha uma gestão parcimoniosa e alcance um nível de visitação que justifique os elevados investimentos efetuados.
Comprometemo-nos, igualmente, a trabalhar com todas as freguesias e suas populações num programa de criação ou requalificação de espaços, equipamentos e serviços de fruição lúdica, incluindo espaços verdes e amenidades projetados para diferentes públicos, em especial os mais jovens e os mais idosos. Tudo faremos para que estes espaços sejam valorizados e adquiram um elevado grau de agradabilidade e atratividade, desde os grandes parques e jardins da cidade às pequenas pérgulas e fontanários dos bairros e das aldeias.
Daremos uma especial atenção à mobilidade urbana e entre a cidade e as freguesias, e procuraremos facilitar e incentivar investimentos na área do lazer e entretenimento – contando com as associações e coletividades, bem como com os empresários e empreendedores interessados – em bons equipamentos de esplanada e cafetaria, na promoção dos petiscos e da doçaria local, e em jogos e atividades que atraiam todo o tipo de públicos, tanto em espaços abertos (ou ao ar livre) como fechados (ou de salão).
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
Movimento ALTERNATIVAcom

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Fotos metidas pelo blogue



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Segunda-feira, 11.01.21

ALTERNATIVAcom



Comunicado | 11 de janeiro de 2021



SOBRE O FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS



O movimento ALTERNATIVAcom enviou uma intervenção escrita à última sessão da Assembleia Municipal, respeitando a orientação pública de que “dada a situação em que se vive, na sessão de 11 de dezembro de 2020 não vai haver intervenção de público presencial. No entanto, poderão fazer chegar as intervenções por escrito até às 14h para que seja dado conhecimento de que deram entrada. A sessão será transmitida online”.



Estranhamente, a intervenção enviada não foi apresentada na sessão, ao contrário de outras, nem dado conhecimento do seu reenvio para o executivo municipal, como expediente. Pedidos os devidos esclarecimentos, foi-nos dito que “o e-mail foi para a caixa SPAM e não foi possível aceder-lhe antes da sessão, por se estar a preparar a sala”. Além do pedido de desculpas, informava-se também que “por indicação do senhor presidente da Assembleia Municipal, o assunto foi reencaminhado para a Câmara Municipal, para os fins achados convenientes”.



É passado um mês e o conteúdo da nossa intervenção, que manifestava urgência nos esclarecimentos devidos aos cidadãos sobre o número de casos de COVID-19 mal contabilizados no concelho, continua por responder. Não se sabe se houve apuramento de responsabilidades, como prometido, e quais as consequências. Não se sabe qual o relacionamento institucional com a delegada de Saúde Pública do Médio Tejo, nem o conhecimento efetivo que a autarquia tem da evolução da pandemia no concelho.



O que se sabe é que foram criadas falsas expetativas nos agentes económicos e na população em geral, e que a narrativa até agora apresentada aos abrantinos não é esclarecedora, continuando sem se perceber o que realmente aconteceu, qual a origem dos erros e como é que estes não foram detetados ao longo de tantos dias, acabando por ser identificados em menos de três horas, depois de emitido o primeiro comunicado do município. E sabe-se, também, que a pandemia volta agora a agravar-se e todo o cuidado e rigor é pouco para lidar com a crise.



Infelizmente, tanto o extravio da nossa intervenção como o descaso da autarquia relativamente a um incidente grave da responsabilidade da autoridade de saúde local, não são casos isolados na forma como a democracia é tratada pelos (e nos) órgãos autárquicos. Preocupa-nos, também, a falta de empenho na mobilização dos cidadãos para a participação nos órgãos municipais e de freguesia, assim como a dificultação das condições organizativas que o permitam, designadamente o incumprimento dos prazos de convocação, a demora na publicação das atas, a realização das sessões em horário laboral e o remetimento das intervenções dos cidadãos para desoras.



Não se pode continuar a aceitar tanta falta de sentido democrático, de transparência e de prestação de contas. Abrantes e os abrantinos merecem respeito, incluindo os partidos e os movimentos que os representam. Neste sentido, instamos o senhor presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, não só a exigir uma resposta imediata à intervenção que depositámos nas suas mãos e que, por isso, ficou à sua responsabilidade, como também a promover uma reflexão alargada sobre os constrangimentos democráticos existentes e a tornar públicas as medidas a tomar para os superar.



Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.



Movimento ALTERNATIVAcom



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Quarta-feira, 22.07.20

A Alternativa.com publicou estas fotos da casa onde nasceu Solano de Abreu na Rua Grande, denunciando o estado de abandono e a passividade do município

casa solano lápide.jpg

casa de solano rua grande.jpg

Acho que era a casa de Brás Consolado, rico proprietário e negociante miguelista que era o avô de Solano. Foi depois um bom liberal.

O Brás era o avô materno do Solano.

O V.Armindo Silveira anotou que chamara a atenção para esta vergonha, em plena Ferraria.

Os da autarquia disseram que não podiam fazer niente porque era propriedade particular.

Entretanto intimam um proprietário das Sentieiras a fazer obras sob pena de sanções. Se aí a lei vigora, porque não vigora no centro da cidade?

O caso é igual na capela de Santo Amaro. Os do Outeiro das Mós depois da demolição da capela vão gozar duma licença para o espaço ser usado para acesso a uma garagem.

Começa a perguntar-se que estranhos compadrios parecem existir com interesses imobiliários dúbios.

ma

 



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