Pagar cem contos para ser deputado PS-Por António Arnaut

O Dr. António Arnaut, que eu tive o privilégio de conhecer pessoalmente e ser amigo é um exemplo para a sociedade, um cidadão impoluto, serviu o país sem se servir, quando saiu de ministro não foi para gerente de uma grande empresa, regressou ao seu e ... O Dr. António Arnaut, que eu tive o privilégio de conhecer pessoalmente e ser amigo é um exemplo para a sociedade, um cidadão impoluto, serviu o país sem se servir, quando saiu de ministro não foi para gerente de uma grande empresa, regressou ao seu escritório de Advogado em Coimbra, na Rua Dr. Manuel Rodrigues (o Ministro da Bemposta) - é neste local actualmente, não sei se na época era ali - e à profissão que tinha antes de ter ido para a política! Se muitos querem honrá-lo que sigam o exemplo dele! Aliás, o Curso Jurídico de 1954/59 em Coimbra, conta com pelo menos 2 cidadãos exemplares: António Arnaut e Eurico Consciência!

Agradecemos ao amigo Rui Lopes o comentário.

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Carta manuscrita enviada por Maria Emília Tito de Morais para António Arnaut referindo-se à recusa pelo CDS do nome do segundo para Ministro da Justiça

Lisboa          

Datas: 1978-01-01/1978-01-01

E o tipo que vetou, o Freitas terminou ajudante para fretes externos do mais corrupto político português.

São as ironias da história.

Ainda não vimos se o Freitas se juntou ao coro do elogios ao Advogado de Penela.

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(...)Previa aquilo que aí vinha quando optou por abandonar a política ativa? 

Previa... A corrupção tinha começado e quando começa é como uma epidemia e não há propriamente vacina. Só a denúncia pública. Mas a imprensa também teve a sua cumplicidade nisto, porque em vez de denunciar casos reais pôs-se a espetacular com outros irreais. Hoje tudo está comprado ou vendido. Quase tudo. Eu tenho a minha alma limpa e se tivesse ficado na política eu conservava a minha alma limpa, mas podia ter alguns salpicos, porque estava limitado pela camaradagem e pela solidariedade que devia aos meus correligionários. Eu não podia estar a acusar o partido. Mas eu digo aí (aponta para o romance “Rio das Sombras”) o caso de um sujeito que quis ser deputado dois ou três meses para ficar no currículo e pagou cem contos ao PS para ir nas listas. Isso é verdade, mas não digo o nome. Eu fiquei tão indignado. Estou a falar há 35 anos ou 40 anos. Cem contos era muito dinheiro. Esses contratos não se fazem, mas era assim. (..) ''

António Arnaut -entrevista de Luís Claro no Sol