Sexta-feira, 05.11.10

Sustentou outro dia o Sr.Dr. Santana Maia, líder da oposição  que não se pode confiar em certos blogues, naturalmente não se referia a este dado que é signatário da petição e alarmava-se com a influência dos blogues na formação da opinião pública abrantina.

 

O Sr.Dr. Santana-Maia é colaborador regular de dois jornais que leio, a Nova Aliança e o Ribatejo e não o vi preocupado com a falta de influência dos jornais locais (ressalvo o Mirante, que não tem papas na língua) na formação da opinião pública.

 

Porque é que esses jornais não influem?

Porque não dão notícias.

É ou não uma notícia relevante, que um ex-Vereador da CMA foi acusado no  âmbito  do ''Inquérito n.º 31/08.2TAEVR do Departamento de Investigação e Acção Penal de Évora''   como autor material, de um crime de tráfico de influência, p. e p. pelo artigo 335.º, n.º 1, alínea a) do Código Penal ?

É ou não uma notícia, que um dos arguidos se chamava Júlio?

É ou não uma notícia, que os factos debatidos em Tribunal podiam ter efeitos políticos em ano eleitoral ????

 

Não me lembro de nenhum jornal (nem sequer o Mirante), ter abordado o assunto que levou inclusive ao estabelecimento  de escutas telefónicas pelo DIAP durante as investigações!!!!

 

Não me lembro de nenhum partido oposicionista ter pedido um esclarecimento sobre o assunto durante a passada campanha eleitoral e isto havendo nas candidaturas do ICA e do PSD distintos juristas, designadamente o dr. Santana-Maia, o dr. José Amaral, o notário dr. Arês, etc ...

 

Não me lembro de nenhum membro da Oposição com assento na CMA ter levantado alguma questão sobre o assunto e digo isto porque que leio normalmente todas as actas do Executivo para escrever este blogue.

 

Não leio as actas da Assembleia Municipal porque não estão on-line.

 

Portanto  em 2008-2009 um ex-Vereador foi acusado pelo DIAP, a coisa chegou até à Relação, que pronunciou um acordão em 27-4-2010 e ninguém nem nos partidos nem nos jornais, nem sequer nos blogues falou no assunto.

 

Por isso pergunto: quem é que tem culpa da falta de informação e formação da opinião pública.?

 

Desde já digo, que eu e este, blogue, e os meus companheiros que o fazem não assumem culpa nenhuma.

 

Nem assumem a culpa de dizerem que havia um arguido chamado Júlio porque foi a Veneranda Relação que o disse no acórdão que passamos a transcrever nos posts seguintes..

 

Está naturalmente cheio de tecnicismos legais, não compreensíveis para leigos, mas vamos transcrevê-lo na íntegra  para os desconfiados confirmarem.

 

E como temos direito a ter opinião, desde já afirmamos que subscrevemos a opinião legal assumida pelo MP.

 

É um direito nosso.

 

Além disso estranhamos que não se divulgue o nome dos magistrados abrantinos e se diga quem foi a magistrada que foi relatora no processo.

 

Se as sentenças são públicas temos o direito de lê-las, comentá-las, saber que foram os seus autores, etc

 

Miguel Abrantes

 

 

 

 



publicado por porabrantes às 18:48 | link do post | comentar

Quinta-feira, 04.11.10

:: Lisboa: Câmara aprova Plano Boavista Nascente, oposição critica seis pisos em cave na nova sede EDP
03-11-2010
Lisboa, 03 nov (Lusa) -- A Câmara de Lisboa aprovou hoje a proposta para o Plano de Pormenor da Boavista Nascente, com críticas da oposição à "excessiva edificabilidade" prevista e às seis caves no subsolo projetadas para a nova sede da EDP.

 

Numa reunião marcada pela apresentação deste projeto de modelo urbano pelo arquiteto Carrilho da Graça, toda a oposição se mostrou preocupada sobretudo com as seis caves previstas para aquela zona de aterros e até o vereador Nunes da Silva, eleito como independente na lista de António Costa, as considerou "inviáveis". "Eu não tenho grande dúvida quanto aos seis pisos em cave. Eles são inviáveis", afirmou o vereador, que acabou por abster-se na votação deste projeto afirmando que tal opção não se devia à qualidade arquitetónica do projeto da autoria de Carrilho da Graça, mas ao facto de considerar este exemplo uma "má forma de fazer cidade". Também a vereadora Helena Roseta, responsável pelo pelouro da Habitação, optou pela abstenção, sublinhando que as reservas que mantinha vinham "de base", do excessivo índice de construção previsto nos termos de referência (documento orientador) do plano. O peso da construção também foi apontado pelo vereador do PCP, Ruben de Carvalho, que considerou ainda que, para a quantidade de habitação prevista, os equipamentos de proximidade não eram os suficientes. "Não há equipamentos ou o seu peso é praticamente residual nesta área", criticou Ruben de Carvalho, que manifestou igualmente muitas reservas quanto aos seis pisos de cave previstos para o edifício da EDP, dizendo que poderia causar uma "situação difícil para o subsolo e para o escoamento de águas". Além da edificabilidade e dos seis pisos de cave previstas, o CDS-PP questionou ainda se estaria garantido o sistema de vistas sobretudo a partir do miradouro de Santa Catarina. Na resposta, o vereador Manuel Salgado aludiu ao índice de edificabilidade previsto para um terreno confinante com este e para onde esteve prevista uma torre da autoria do arquiteto Norman Foster, projeto que está a ser reformulado em conjunto com Carrilho da Graça e que já não incluirá o polémico edifício. "No chamado plano Foster, que foi aprovado nesta câmara e mereceu parecer condicionado da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], o índice de edificabilidade era superior", realçou Salgado. O arquiteto recordou ainda que, com a revisão do 'plano Foster' em conjunto com o arquiteto Carrilho da Graça, o índice construtivo irá baixar, e realçou que, apesar de tudo, o que estava previsto está de acordo com o permitido no atual Plano Diretor Municipal para esta área. Quanto aos equipamentos o vereador lembrou que está prevista uma creche, um centro de saúde e um posto de apoio à limpeza urbana e que a autarquia tem ainda uma área de reserva de 3000 metros quadrados para equipamentos com o uso que a câmara municipal vier a definir. Já no que se refere aos seis pisos no subsolo, o arquiteto Carrilho da Graça garantiu que o estudo de hidrogeologia já feito para a área indicou que essa solução, "do ponto de vista da cidade é possível" e que as restantes questões serão resolvidas pelos projetistas. Quanto ao peso da edificabilidade, Carrilho da Graça defendeu que um índice menor poderia tornar esta zona como que num subúrbio, "sem vida e cheia de espaços [comerciais] fechados ou parcialmente fechados". "Para manter este espaço urbano vivido não seria viável uma densidade menor, sobretudo para não se correr o risco de se tornar como que numa zona de subúrbio", acrescentou. SO ***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico*** Lusa/fim

(ler aqui)

 

A absurda ideia de ''rentabilizar'' a obra com 6 caves vai obviamente, como salientou Ruben de Carvalho, causar sérios problemas para o escoamento de águas  e para o subsolo.

 

É uma solução repetidamente criticada pelo arq. Ribeiro Telles que um dia poderá causar uma tragédia em Lisboa.

 

As fotos que mostrámos, outro dia, sobre as recentes inundações na Baixa lisboeta, são a prova que estar permanentemente a impermeabilizar o solo, como se fez ao longo das margens do Tejo, no Aquapólis, só faz com que a terra seja incapaz de absorver a água das chuvas e transforma uma chuvada forte numa inundação.

 

Mas para os arquitectos do betão,rendidos ao culto à razão do dinheiro, de que o licenciado alentejano é expoente, é apenas o lucro que mais ordena.

 

 

E agora Carrilho atreve-se a ir modificar o plano de Sir Norman Foster.

 

É como entregar a gestão de águas de Lisboa a um tipo do nível do ex-VPC.

 

É como pôr a Lucília Moita a corrigir a Mona Lisa de Leonardo da Vinci!!!!!

 

Finalmente, antes que me ocorra outra comparação do género, por exemplo colocar o Gaspar do barrete frígio como catedrático de Coimbra para ''corrigir'' a obra de Fernando Catroga por pouco republicana, passo a outro assunto.

 

Vejam o nível dos vereadores de Lisboa que analisam com argumentos técnicos uma obra em pormenor.

 

Depois comparem com o  silêncio de ouro do notário  Arês, manifestado em cada acta municipal.

 

Finalmente vejam a diferença entre autarcas que são capazes de votar contra a linha do seu partido em Lisboa, porque pensam pela sua cabeça e borregos que só fazem o que lhes manda o chefe.

 

Miguel Abrantes



publicado por porabrantes às 08:11 | link do post | comentar

Terça-feira, 28.09.10

Ex.mo Senhor Director do jornal O MIRANTE

No jornal «Mirante» do passado dia 16 de Setembro, na secção «Cavaleiro Andante», vinha uma foto da inauguração do novo edifício dos Serviços Municipalizados de Abrantes com três cadeiras vazias que, segundo a legenda, estariam reservados para os vereadores da oposição. E terminava da seguinte forma: «Confirmar e depois não aparecer? Não se faz isto a uma senhora... inauguração».

Sem querer pôr em causa o sentido de humor e de brincadeira implícitos nesta secção, a verdade é que quem ler o vosso jornal é levado a concluir que os vereadores da oposição confirmaram a sua presença na inauguração e, depois, fizeram a desfeita de faltar, razão por que se encontram vazias as cadeiras que lhe foram reservadas.

Ora, não é verdade que os vereadores da oposição tivessem confirmado a sua presença no evento. E não confirmaram a sua presença precisamente porque a sua vida profissional não lhes permite comparecer a eventos que se realizem durante o período em que se encontram a trabalhar.

Como todos devíamos saber, há vereadores profissionais, ou seja, vereadores que fazem do exercício do cargo a sua profissão; e vereadores amadores, ou seja, vereadores que têm e desempenham uma profissão e que só podem desenvolver a sua actividade de vereador fora do seu horário de trabalho e sem ser remunerada (o que, infelizmente, nem sempre é valorizado).

Forçoso será, pois, concluir que os vereadores do oposição não puderam comparecer ao evento pela mesma razão que os vereadores do PS compareceram. Isto é, quer uns, quer outros, encontravam-se naquela hora no seu local de trabalho: os do PS na inauguração, os do PSD no tribunal e na escola.

in Amar-Abrantes

 

No Mirante e no Amar-Abrantes vem publicada esta divertida carta.

A primeira coisa a salientar é que o dr. Santana-Maia é um homem com sentido de humor.

Um político sem sentido de humor já estava a despachar uma queixa-crime por difamação ou injúrias contra o Director do Jornal.

Ter sentido de humor e ser capaz de aceitar uma laracha ou uma caricatura é o que diferencia um democrata dum cacique rupestre e fascizante.


Mário Soares um dos políticos mais caricaturados pelo genial Zé Vilhena nunca o processou!!!!

Agora há uma coisa que não percebemos do texto do Dr.Santana-Maia. Faltaram se bem me lembro 3 vereadores à Inauguração. Pelo menos vi 3 cadeiras vazias nalguma foto. E o dr. Santana-Maia diz que os Vereadores da Oposição estavam a trabalhar.....

Ora a Oposição é composta por ele e pelo outro Vereador laranja.

O notário do ICA é situação.

Portanto faltaram 2 Vereadores da Oposição e um situacionista, que tem vindo a mostrar-se um notável yes-man do PS.

Entre os situacionistas também faltou o dr. Lacão, parece-me.

Tem faltado demais a actos importantes da vida autárquica, dando um montão de trabalho ao seu substituto legal o Vice-Presidente da Assembleia Municipal.

Isto é Lacão fica com o penacho e o pobre dr.Santos, um dos políticos mais simpáticos do concelho, com o trabalho.

Se Lacão tem de salvar a Pátria na capital (embora nos pareça que está inserido num governo de coveiros de Portugal) abdique do penacho abrantino e entregue a presidência da A.Municipal ao dr.Santos.

Ficavamos todos melhor servidos, excepto a pobre pátria que tem em Sócrates & Lacão 2 excelentes enterradores.

in celta.clube.cr

Marcello de Ataíde, católico preparado para ir à Missa de Sétimo Dia por Portugal.



publicado por porabrantes às 11:38 | link do post | comentar | ver comentários (2)

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