os secretários da Comissão Concelhia de Arlindo Vicente
Duarte Castel-Branco e Correia Semedo...
o vogal.....
outro, o médico escolhido por Manuel Fernandes para lhe suceder, Joaquim da Costa e Simas, descendente directo doutro bolchevista, El-Rei.D.João II
ma
Alfredo Bobela da Mota da família dos fidalgos dos Telheiros, activista e escritor angolano, foi outra pessoa relacionada com Abrantes que se distinguiu organizando a campanha eleitoral de Arlindo Vicente, na maior colónia portuguesa.
E ....pelo MPLA.
ma
imagem do blogue: http://princesa-do-namibe.blogspot.com/2018/02/o-fugitivo-do-iona.html com a devida vénia.
O livro de João Alves Falcato (Ed Avante, Lisboa,2018) relata a campanha eleitoral do Advogado Arlindo Vicente, em 1958. Já se falou aqui nisso. Para o que nos importa refere a intervenção do representante abrantino, Dr. Virgílio Godinho nos órgãos nacionais da candidatura. Noticia a constituição da comissão concelhia abrantina a 17 de Maio de 1958. (...) por 18 democratas, incluindo advogados, médicos, comerciantes, proprietários, operários e outras profissões''. (...).
Dá destaque à intervenção de oradores abrantinos na histórica sessão de Alpiarça (a terra com mais pergaminhos anti-fascistas do Distrito, onde Delgado teve mais de 80% dos votos) em 18 de Maio.
Além de Arlindo Vicente, falaram o director da ''Seara Nova'', Câmara Reis, Manuel Sertório, e Maria Fernanda Corte-Real Silva que sublinhou ''o idealismo que impregna aqueles que enfileiram na Oposição a afirmou a inabalável vontade de concorrer na luta eleitoral até à boca das urnas. ''
Referiu ainda ''que o facto de haver duas candidaturas não nos pode separar....''
Falou também um oposicionista local, Carlos Pinhão e o escritor e advogado de Abrantes, Virgílio Godinho. Encerrou o comício, Arlindo Vicente.
ver aqui
Composição da comissão de Abrantes, que depois da desistência de Vicente, passou a apoiar o General Delgado.
Resta recomendar a leitura do livro.
ma
Em 1958, fazia parte da Comissão Central da candidatura do Arlindo Vicente a Presidente (de quem Duarte Castel-Branco era o chefe de gabinete) além do advogado local Vergílio Godinho (de que já se falou) João Dias Agudo, natural das Mouriscas, conhecido pedagogo.
Numa terra cheia de valorosos anti-fascistas nascidos a 26 de Abril, convém recordar quem se bateu.
ver aqui retirado do Museu S:Pedro da Palhaça.
Como se disse algures nesta reunião estava presente a delegação de Abrantes. Ver texto completo....
A candidatura era conotada com o PCP e desistiria a favor de Humberto Delgado.
Isto não significa que todos os mencionados fossem do PCP, Dias Agudo estava ligado a Sérgio, defensor dum socialismo cooperativista
mn
um dia destes a prisão de Duarte Castel-Branco
A página Papel em Rede, aparentemente relacionada com a Delegação, ou o que isso seja, do Médio Tejo da Ordem dos Arquitectos, resolveu publicar o ''in memorian'' do Professor Arquitecto Duarte de Ataíde Castel-Branco, fazendo aparentemente uma resenha ''exaustiva'' do pensamento e obra do aristocrata, académico, resistente-anti-fascista, arquitecto, urbanista, bairrista abrantino e homem de honra que foi o Duarte.
Infelizmente a resenha foi desenhada para omitir os factos que estragassem a versão idílica que a sociedade civil gosta de traçar da realidade abrantina.
Omite-se o papel destacado de Duarte Castel-Branco na Resistência, os problemas com a PIDE-DGS, o seu lugar como chefe de gabinete na candidatura presidencial deste homem:
Porquê?
Um aristocrata como o Duarte, ou como D.Fernando de Mascarenhas, Marquês de Fronteira, não se pode bater contra o fascismo?
Omite-se que depois do 25 de Abril, o Duarte justamente escandalizado com a gestão autárquica abrantina PS/PSD se ergueu contra ela e especialmente contra a candidatura PSD do eng. Ruivo da Silva, sendo candidato, pelo CDS-PP, a Presidente da Assembleia Municipal.
Omite-se a obra teórica escrita pelo Professor Universitário, porquê?
Porque não a leram? Ou porque toda ela, lição de inteligência, é, em si, uma condenação da desordem urbanística implantada em Abrantes, desde o 25 de Abril?
Em ''Urbanização sobrevivência contradição : ensaio para uma visão dialéctica'', publicada em 1972, Duarte Castel-Branco traça, certeiro e preciso, o que deve ser o Urbanismo e uma política urbanística. Ou seja teoriza que há uma dialéctica entre ordem e desordem e o que houve em Abrantes foi o supremo grau da desordem urbanística: o caos.
Omite-se parte da obra, a feita para clientes particulares em Abrantes, que é certamente a melhor da cidade nos anos 60, estou-me a lembrar da casa de João Castro e Solla Soares Mendes, nas Barreiras do Tejo ou a do Nuno Simão em Alferrarede.
A Câmara de Lisboa homenageou-o por isso e a CMA esteve calada, certamente porque gosta de barracas à moda de São Macário.
A notícia omite o contencioso legal entre a CMA e Duarte Castel-Branco acerca de direitos de autor, quando a Ordem dos Arquitectos devia ser a mais ardente defensora desses direitos.
A notícia omite o papel destacado de Duarte Castel-Branco na defesa do Património abrantino, designadamente na condenação da criminosa torre que queriam construir em São Domingos.
Torre que ele condenou com estas palavras terríveis:
E a notícia tem o mau gosto de ilustrar o epitáfio do Mestre com uma fotografia onde figura o político emigrante (emigrou de Abrantes para Tomar) Rui Serrano. E sobre o Serrano, o Prof. Castel-Branco, em devido tempo, enviou para a CMA isto:
MN
A história da Oposição à Ditadura em Abrantes está por fazer, apesar de haver alguma coisa publicada incluindo aqui neste Blogue. Mas são artigos de jornal (Mário Semedo no Ribatejo), alguma coisa que se encontra na Cronologia de Abrantes do Século XX do Eduardo Campos e pouco mais.
Neste blogue encontram alguma coisa, como o encontram para a história da República, onde com a divulgação da obra de Martins Júnior ‘’Landru na República da Calábria’’ se desmontaram as teses hagiográficas do Sr.Dr. Martinho Gaspar pela pena do homem que em Abrantes proclamou a República, João Augusto da Silva Martins.
O Sr. Dr.Martinho Gaspar num artigo publicado na ‘’Barca’’ sobre a ARA-Associação para o Desenvolvimento da Região de Abrantes ligou o nome de Duarte Castel-Branco à Ditadura.
Não referiu nenhuma fonte documental e até hoje não desmentiu a atoarda infame que insulta um homem que passou pelos calabouços da PIDE e que lutou contra Ditadura.
Aproveitando a homenagem a Duarte Castel-Branco pelo Rotary Club reproduzem-se documentos que provam o contrário e que associam outros Rotários ao combate contra a situação política vigente em 1958.
Convém situar a coisa. Trata-se de duas cartas do Advogado e Escritor Vergílio Godinho dirigidas ao ilustre intelectual da Seara Nova Câmara Reis.
Em 1958 antes de se definirem as candidaturas rivais do General Humberto Delgado e do Advogado e Pintor Dr. Arlindo Vicente, círculos afectos ao PCP tentaram a candidatura de Cunha Leal, ex- Primeiro Ministro da República . Como conta Mário Soares no ‘’Portugal Bailloné: Cunha Leal, homem da Direita Republicana, acabou por não reunir o consenso dos meios oposicionistas. De seguida a Oposição dividiu-se entre as candidaturas de Humberto Delgado e Arlindo Vicente, situação que terminaria com a desistência de Vicente a favor de Delgado.
É neste contexto que se forma o núcleo abrantino de apoio a Cunha Leal, cujos nomes agora conhecemos e que o Advogado e escritor abrantino (de adopção) Vergílio Godinho escreve a Câmara Reis.
http://www.pedroalmeidavieira.com
Não vou fazer a história da luta seguinte entre os oposicionistas que se dividiram entre Vicente e Delgado, mas o lógico é que os amigos do PCP seguiram Vicente. E Duarte Castel-Branco foi chefe de gabinete de Arlindo Vicente. Mais tarde voltaram a reunir-se em torno do General de infância abrantina, ali na R. da Barca, Delgado.
Das pessoas que constam na lista uma morreu outro dia o Sr. Dr. João Marques de Matos, de Alvega, na sua Coimbra. Apresentamos as condolências à família.
Dos que estão na lista dois foram Rotários: o meu amigo e médico Dr.Joaquim Costa e Simas (que foi fundador do Rotary Club), fundador também do PPD de Abrantes e quando o conheci melhor furibundo anti-comunista, anti-eanista e anti-borrabotas.
Um grande senhor. Um médico eminente. Um cirurgião com uma mão confiscada a Deus, apesar de ser ateu. Um bont-vivant.Um homem bom.
Os filho/as de Costas Simas são peticionários, tinha de ser.
Na sede do PSD há uma foto dele numa parede. Pena que tenha de aturar alguns anacléticos que há por lá.
Outro rotário oposicionista foi o comerciante Roberto Palma, cujo apelido está ligado a uma das mais antigas lojas abrantinas.
O Sr. Dr.Correia Semedo é o pai do jornalista Mário Semedo e da nossa amiga e peticionária Dr.ª Isabel Semedo. Foi meu amigo como Costa e Simas e chamou-me fascista alguma vez. E eu chamei-lhe comunista, coisa que o ofendia muito, porque era unitário ou seja do MDP-CDE:
O Sr.Dr.Orlando Pereira foi perseguido pela Ditadura, deixou o escritório ao Zé Amaral e é pai de amigos nossos.
Não vou fazer a biografia do resto dos oposicionistas. Tenho dados mas ficam para outra vez. Nem vou referir o nome do senhor, do outro lado da barricada que está nos Rotários e que combateu por Thomaz.
É meu amigo.
Espero que o sr. dr. Gaspar aprenda que a História se faz com documentos.
E recordar o que conta Duarte Castel-Branco entre um pide e um mentiroso a diferença é pequena. Quando ele foi dar uma volta à Europa, de moto, nos anos 50, com o Sá Nogueira....
Partida de Abrantes em 1952 de Duarte Castel-Branco, Rolando Sá Nogueira e Jorge Vieira numas bombas Motofix de 50 cm·
a canalha sustentava que estava na Checoslováquia a tirar um curso de metralhadoras para matar fascistas.....
Marcello de Noronha, da Tubucci
agradeço: ao Paulo Falcão Tavares e a uma jovem da idade de Duarte Castel-Branco as informações dadas
Bibliografia Mário Soares, Portugal Baillonéé, Calman-Levy; Paris 1972
Eduardo Campos, Cronologia de Abrantes no Século XX, CMA, Abrantes 2000
Mário Semedo: artigos vários no Ribatejo e Primeira Linha e noutras publicações
Jorge Vieira, Homem Sol, com textos de Ana Sousa Dias, António Mega Ferreira, Gérard Castello Lopes e João Lima Pinharanda e Rui Chafes, Parques das Nações,Lisboa 1999
A blogosfera também foi útil. Naturalmente a fonte essencial (oral) foi o Prof. Duarte de Ataíde Castel-Branco
Lamenta-se a ausência do famoso Manuel Dias entre os anti-fascistas mas não consta nos documentos ....
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