(...)''É um segredo que todos conhecem mas ninguém tem coragem de dizer. A verdade nua e crua – extremamente dolorosa de dizer até para mim- é simples: a CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL está insolvente.
Qualquer Presidente de um banco em Portugal, hoje, com exceção de Tomás Correia, bem entendido, dirá que o Montepio está constituído como o maior risco para o sistema financeiro.
As razões para a negação em que o Montepio está mergulhado são teóricas e práticas.
Teóricas, porque é extremamente difícil a muita gente de “esquerda” chamemos assim, nomeadamente nos meios políticos e dos Media, aceitar que uma instituição da economia social tenha, afinal, os mesmos tipos de problemas que todos os outros no sistema financeiro tiveram. Como seria possível que uma instituição baseada nos valores do Mutualismo e da solidariedade tivesse, afinal, jogado à roleta com os humildes recursos da Associação Mutualista?
Para muita “esquerda”, ou talvez melhor dito para o populismo barato, não há diferença entre Banqueiros e Banksters. Para estes todos os banqueiros são gangsters encartados que roubam com uma cartilha institucional. Como enquadrar num tal conceito pessoas como, por exemplo, José Silva Lopes, Álvaro Pinto Correia ou Almeida Serra, claramente acima de qualquer suspeita? Pessoas – de resto – por quem sempre eu tive – e tenho – a máxima consideração.
A identificação do Montepio com um lato conceito de “esquerda” ligado com a natureza da sua clientela claramente representativa do português médio, torna por sua vez muito difícil uma decisão política. Ainda para mais, de um Governo de direita num período pré-eleitoral e numa fase onde a autoridade do Banco de Portugal e do seu Governador estão fortemente enfraquecidas.
As dificuldades são também e, mesmo especialmente, de ordem prática, porque a Administração do Montepio liderada por Tomás Correia está – como seria espetável – a resistir à mudança. E mais, a desenvolver um jogo do gato e do rato com o BdP que faz tristemente lembrar os últimos meses de Ricardo Salgado. Assiste-se, assim, a um conjunto de manobras de contrainformação onde quer o BdP quer a Administração do Montepio operam ações nos Media de desgaste político onde quem mais perde é, obviamente, o Montepio. Quem tem stakeholders a quem responder está sempre mais vulnerável.
Avanços e recuos nas alterações estatutárias e tempo da sua aprovação, criação da noção que Tomás Correia está a ser empurrado pelo BdP para fora do cargo antes do fim de um mandato que até acaba daqui a seis meses, dança de nomes possíveis onde Teixeira dos Santos aparece como apontado pelo seu Amigo Carlos Costa mas, afinal, não passa de um – numa lista de quatro nomes. Divulgação com recorte embaraçoso, nomeadamente através de Cristina Ferreira no Público, de um conjunto de informação sobre a situação financeira do Montepio e sua auditoria forense com óbvia origem no BdP. Enfim, um festival de contrainformação e uma guerra de baixa intensidade que só tem como resultado a deterioração suplementar do Montepio e – se não for sustido imediatamente – o anunciar de um desastre final''
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(...)
João Oliveira Rendeiro
com a devida vénia do Blogue Arma Crítica (leia aqui o texto completo)
nota: qual a posição do José da Conceição Guilherme no MG?
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