Em 2018 foi defendida esta tese de mestrado, ''IDENTIDADE EM CONTRASTE , DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO À REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, CONVERSÃO DO CASTELO DE ABRANTES EM POUSADA'', na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, pela Arquitecta Patrícia Maria Fernanda de Matos.
A ideia de reconverter o Castelo em Pousada já foi equacionada nos anos 60, pela CMA e DGMN, aquando das grandes obras de intervenção que levaram à demolição das instalações do velho quartel de Artilharia.
A tese tem algumas boas ideias e enferma de lugares comuns como o elogio das desastrosas políticas municipais da cacique e sucessores, caracterizadas pelo despesismo e pela destruição do património.
Assim elogia-se o ''bunker ''como grande obra de arquitectura e até se diz que foi premiado, coisa que não sucedeu.
Mas faz-se uma abordagem histórica do Castelo muito fraquinha e com evidentes erros, produto da consulta da bibliografia municipal recente, que é medíocre. e está eivada de delfisnescos disparates.
Dizem-se coisas absurdas, que parecem de história-ficção:
O título concedido a D.Rodrigo não é dado por D.Afonso VI, que já estava morto quando o seu sobrinho-neto, D.João V cria o marquesado. A obra do dito Palácio dos Marqueses, é pois já do reinado do ''Magnânimo''.
O terramoto que arruinou a Torre de Menagem é de 1531, e não posterior a D.Pedro II.
A parte sobre a Idade Média é sumária e vê-se que não se consultou a obra básica ''Abrantes Medieval'' da Professora Doutora Hermínia Vilar.
Sustentar que a artéria medieval abrantina por excelência era a R. Correia de Lacerda, unindo a alcáçova a S.Vicente, é de novo fazer ficção histórica.
A autora citada considera a Rua Grande como a grande artéria da urbe, nos tempos feudais.
Finalmente dizer que o Castelo nunca sofreu nenhuma intervenção desde a Idade Média, é entre outras coisas esquecer a grande campanha de obras dos anos 60/70 da DGMN ou que a Fortaleza foi um equipamento militar importante até quase 1960, com múltiplas intervenções da engenharia militar desde o século XVII.
mn
foto da DGMN -desentulhando a Porta da Traição
Como se sabe a cacicagem pariu, com apoio dos serviços técnicos, um parecer em que se diz que o Mercado Diário não merece ser preservado, nem classificado, porque não teria valor ''arquitectónico'' ou patrimonial.
A mesma gente recusou classificar o Teatro S.Pedro, proposta de Armindo Silveira, como imóvel de valor concelhio, apenas pela mesquinha razão de que já não fruíam do espaço.
Antes, quando o fruíam, tinham proposto a classificação à tutela, como imóvel de interesse público, que é o patamar superior na defesa dum edifício.
O que é que tem valor para esta gente, em matéria patrimonial?
Em 29-12-2011, a cacique Albuquerque (ou Oliveira Antunes) fez esta declaração:
Para a mulher e para os serviços que a assessoram isto:
é uma ''igreja vanguardista''
(imagem Rede Regional)
O Padre Mendes Pires chumbou, mais o fascista D.Agostinho de Moura, o projecto do arq. Freitas Leal para construir ''uma igreja vanguardista'' na terra por demasiado urbana. Ver aqui
Para isso alegou a oposição popular.
Portanto pela encomenda do P.Pires a Igreja das Mouriscas nunca seria vanguardista, mas conservadora, como de facto é conservador o discurso arquitectónico e eclesial, que se pode apreciar no edifício, cuja foto se publica.
No entanto para a cacique, cuja Kultura é notoriamente insuficiente, esta Igreja era ''uma referência na arquitectura construída na segunda metade do século XX''.
E se o fosse e tivesse tal valor, devia ter sido imediatamente classificada pela autarquia, ou pela DGPC e não o foi.
Porquê?
Porque a autarquia não se preocupa em preservar o património construído, preocupa-se em desenrascar e em fazer favores, para colher réditos políticos.
Igrejas do género das Mouriscas há muitas pelo país, coisa que não significa que esta não deva ser preservada ou defendida.
O que ela não é, de forma nenhuma,, é uma ''referência na arquitectura portuguesa'', a não ser para a Oliveira Antunes.
Também não é vanguardista, uma vez que o P.Pires e os locais tinham horror beato à vanguarda e despediam arquitectos por serem vanguardistas.
A '' vanguarda'' para eles era sinónimo de heresia e cheirava a Belzebu.
Resta a moral da história: para esta gente um edifício tem valor....quando lhes convém e deixa de ter, quando contraria os planos políticos e os interesses muitas vezes inconfessáveis da seita.
Ficamos a saber, que para esta gente a grande referência arquitectónica moderna de Abrantes é a Igreja das Mouriscas, que se formos ao Turismo do Bunker perguntar qual é o arquitecto, nem sequer sabem.
Ficamos a saber que é uma Igreja vanguardista, quando o P.Coelho e D.Agostinho proibiram expressamente templos vanguardistas no local, porque isso era subversivo e certamente comunistóide.
Segundo a Antunes e os disciplinados serviços técnicos, o P. Mendes Pires era vanguardista ''malgré lui'' e despedia arquitectos por fazerem Igrejas com linguagens ''atrevidas''.
Trata-se certamente da maior contribuição académica dos serviços abrantinos para a História da Arquitectura lusitana.
ma
o
Quem terá sido o arquitecto/a da CMA/SMAS que projectou esta paragem de autocarros no Vale de Horta (Bemposta)?
São extractos dum vídeo do Armindo Silveira, com a devida vénia.
Enquanto andaram a exigir que o ''povo'' conservasse a arquitectura vernácula cobrem-se de ridículo e projectam coisas alucinantes.
Quem seria o Presidente dos SMAS...o Bento, a Céu ou outro?
Que tal candidatar a obra a um prémio arquitectónico?
ma
Já sabemos que Agostinho de Moura, Bispo de Portalegre era um reaccionário, partidário do Estado Novo . Já sabíamos que deu cabo do trabalho de modernização pastoral e de defesa dos pobres, que D.António Ferreira Gomes, seu antecessor, iniciara.
Um fascista não tem de ser um conservador em matéria artística. Aliás boa parte dos artistas e arquitectos mais vanguardistas foram contratados pela SPN e pelo Estado Novo, seguindo-se a política de António Ferro, que queria dar ao regime uma fachada moderna.
Aliás.....Ferro era um homem de Orpheu...
A questão é complicada e não deve ser abordada aqui, por necessitar demasiado espaço.
Nos anos 50, o arquitecto António Freitas Leal fez um projecto para uma nova Igreja para as Mouriscas, para substituir a antiga, de S.Sebastião, que pelos vistos estava velha (bolas, podiam tê-la restaurado), e por causa das tensões bairristas entre os vários lugares da terra.(1)
O ante-projecto foi feito em 1952 e modificado em 1953 para incluir salão paroquial, biblioteca etc....(2)
O projecto era vanguardista e Freitas Leal tinha assinado o projecto duma nova Igreja em Moscavide, que deixou marca, pela sua arquitectura moderna.
Foto : Rede de Investigação em Azulejo
As forças vivas das Mouriscas, capitaneadas pelo P.João Mendes Pires, e pelo próprio Bispo visitaram a Igreja dos arredores de Lisboa e acharam aquilo demasiado moderno prás Mouriscas (3):
extracto da brilhantíssima tese de doutoramento em Arquitectura do Doutor João Pedro Gaspar Alves da Cunha
donde se extraíram as informações citadas.
O Doutor Arq. Alves da Cunha pormenoriza a questão na obra citada.
O Autor destaca ainda o papel do arq. Formosinho Sanches (com António Freitas Leal, Nuno Teotónio Pereira etc) no Movimento de Renovação da Arte Religiosa, que veio mudar a arquitectura das Igrejas de Portugal, em particular em Lisboa.
O programa teve o apoio do Cardeal Cerejeira. E com Cerejeira trabalhava e era influente um sacerdote das Mouriscas.
Parece-me que há uma Igreja de Formosinho Sanches no concelho. Falta confirmar...
mn
(1), (2) e (3).- Tese do Arq. Alves da Cunha
O sinistro Bunker da cacique foi chumbado pelo Júri da União Europeia, também foi vetado o Centro de Observação da Poluição do Tejo, no Rocio de Abrantes.
Estes arquitectos tinham-se posto em bicos dos pés para concorrer com homens da estirpe de Mestre Siza Vieira.
O júri que chumbou o Bunker e o Centro de Observação da Poluição do Tejo era presidido '' pelo arquiteto britânico Stephen Bates (Sergison Bates architects, London–Zurich), e dele formavam parte: pelo arquiteto português Gonçalo Byrne (Gonçalo Byrne Arquitetos), o arquiteto britânico Peter Cachola Schmal (diretor do Deutsches Architekturmuseum, museu alemão de arquitetura, em Frankfurt), o arquiteto turco Pelin Derviş, investigador, editor e curador independente, a arquiteta francesa Dominique Jakob (Jakob+MacFarlane), a socióloga finlandesa Juulia Kauste, (diretora do Suomen Arkkitehtuurimuseo, museu finlandês de arquitetura, em Helsínquia), e a historiadora de arte polaca Małgorzata Omilanowska (professora na Universidade de Gdansk)..'' (sapo 24 com a devida vénia)
Soubemos que uma das razões de chumbo do Bunker foi não se enquadrar na arquitectura tradicional abrantina e ter sido construído sobre a muralha histórica.
ler mais aqui http://24.sapo.pt/vida/artigos/maat-entre-os-quatro-projetos-nacionais-finalistas-ao-premio-de-arquitetura-mies-van-der-rohe
igogo
O Concurso de Ideias pró Castelo foi ganho pela arquitecta madrilena Laura Bacete, com colaboração do arquitecto paisagista Alejandro Domínguez . Receberá 5.000 euros.
Segundo o Cv da vencedora a sua actividade profissional foi entre 2007 e 2015 dar explicações ou como se diz em castelhano '' dar clases particulares''. Actualmente é professora de alemão num colégio privado.
O Júri era composto pela cacique e pelos srs arqs. João Carlos dos Santos da DGPC e Walter Angonese, da Ordem dos Arquitectos.
O projecto vencedor tem coisas interessantes e coisas aparentemente utópicas, como construir 2 novos andares na Torre de Menagem
Destacamos pela positiva a liquidação do famigerado parque radical
Saliente-se que a proposta vencedora defende a manutenção da estrutura romântica do Jardim do Castelo, coisa de aplaudir
Mas prevê a construção de dois novos pisos na Torre de Menagem, coisa que cheira a revivalismo kitsch
Também é de lamentar alguma gralha castelhana ou o uso da palavra omnibus para dizer autocarro, sinal que o tradutor da proposta era brasuca ou estudou na Casa do Brasil
O programa do concurso previa várias coisas que a arquitecta Laura Bacete não menciona designadamente valorizar a memória dos Almeidas e recolocar dentro das muralhas o mamarracho do D.Francisco de Almeida
A recolocação do mamarracho já tinha sido contratada ao Charters de Almeida e o homem (que não é arquitecto, nem urbanista) recebera 24.500 parcos euros para fazer o estudo.
Pois bem o Conde Lego parece que não atinou, porque agora pediam novo estudo e o programa do Concurso de Ideias não mencionava a sua proposta.
Finalmente a proposta da arquitecta para Santa Maria não respeita o valor histórico da única igreja gótica abrantina.
mn
ps- Comparem os 5.000 euros a receber pela jovem madrilena e os 24.500 pagos ao Charters que nem sequer é arquitecto
devida vénia à vencedora para o extracto da proposta publicado
O Senhor Deputado Municipal Armindo Silveira perguntou à CMA o seguinte, na página caciquista, no facebook....
Era 26 de Dezembro
Era dever do Vereador da Cultura dr.Luís Dias responder à pergunta
Certamente não repondeu, porque não sabe. Dizem-nos que vai telefonar a este gajo à procura dum esclarecimento
ma
O Prémio FAD de Arquitetura 2016 foi atribuído ao Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, obra desenhada por João Mendes Ribeiro, Francisco Vieira de Campos e Cristina Guedes, excelente peça destes destacados criadores.
O Bunker era concorrente. Como seria de esperar não levou prémio
O Bunker também conhecido por Mercado Municipal de Abrantes, apesar de quase não ter vendedores de hortaliça, é projecto da ARX – Portugal Arquitectos.
O prémio ao excelente projecto açoriano foi entregue pelo arquitecto Moisés Gallego, presidente do júri, que considerou
Para o presidente do júri, nasceu na Ribeira Grande "um pólo de criação e cultura, direcionado ao incentivo das residências artísticas nacionais e internacionais, articuladas com toda a comunidade”. (citado a partir do portal Governo Regional dos Açores)
O Prémio FAD de Arquitetura, fundado em 1958 pelo arquiteto Oriol Bohigas e concedido pela Foment de les Artes i el Disseny (FAD), de Barcelona, é considerado o prémio de arquitectura de referência para Portugal e Espanha, distinguindo obras localizadas na Península Ibérica e nas ilhas pertencentes aos dois países.''
Com efeito o bunker '' põe em causa a complexa e forte identidade'' da Rua de Nossa Senhora da Conceição, do tecido urbano edificado e destoa com os alçados do Largo 1 º de Maio
os autores do Arquipélago (foto Público) e o edifício
mn
Circula por aí uma carta atribuída a um político e empresário de nível nacional, personalidade de reconhecido prestígio, em que se pede 30.000 € aos amigos da terra do padre Zé de Oliveira, para a requalificação da Praça Central de S,Miguel do Rio Torto.
Trata-de uma obra de com um orçamento de 300.000 €, em que 274.000 € já estariam garantidos e onde a CMA contribuiria com o IVA!!!!!.
Dois mecenas teriam dado 35.000 € cada um.
Naturalmente gabo a generosidade dos dadores, o empenhamento bairrista, e censuro a tacanhez municipal.
O Senhor Luís Alves, militante do PS e líder carismático da Junta, assistiu impávido e sereno, a esta autarquia e a esta maioria, que nos desgoverna, comprarem uma herdade por cerca de um 1 milhão de euros e vendê-las no mesmo dia a cem mil euros, e ousa (!!!!)
VIR
pedir dinheiro
ao povo!!!!
Porque não vai pedir dinheiro à chefe da banda municipal?
Mais ainda, como é que se requalifica um largo carismático sem discussão pública?
Quem é que me garante que não metem lá um bunker obsceno e pornográfico?
A democracia local é a participação, a discussão pública.
Não se requalifica um Largo duma terra como S.Miguel, sem discussão pública. Sem debate democrático. Sem troca de ideias. Sem comparar várias soluções....
Mas o Alves faz parte da seita que queria meter uma Torre em S.Domingos. Da tropa que meteu o bunker na Praça da Feira.
Sem discutirem com o povo. Sem ouvirem urbanistas como o Professor Duarte Castel-Branco. Ajustando directa e ilegalmente com arquitectos, quando era necessário concurso público (1).
Não compreendo que o legítimo bairrismo venha impedir uma discussão democrática e legitimar a tropa do Alves.
Melhor que requalificar o Largo, é demolir esta maioria, antes que lhe dar gorjetas!!!!
Assim sendo, solicita-se ao Alves que ponha na praça pública o projecto para a malta ver se pelo menos não está lá um bunker.
Nunca se sabe.
Depois posso pensar se dou a gorgeta, como pede o político e a Dona Junta.
MA
fotos: CMA; dr. António José Carvalho com a devida vénia
(1) Refiro-me ao caso de S.Domingos
A história tem meses, mas só agora chegou a Portugal, porque as comunicações entre Sevilha e Lisboa são más.
Esta forma analfabruta de restaurar uma torre islâmica do século IX é escalpelizada no Diário de Notícias.
Para nós esta obra de arquitecto tem um nome..... é uma infame carrilhada e todos os que aplaudiram a torre do alentejano podem ver-se ao espelho nela.
É o retrato da barbárie e da incultura.
mn
foto:D.Notícias
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
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