Em 2012 foi publicado o

Diagnóstico Interno da Igualdade - Câmara Municipal de Abrantes
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O caríssimo diagnóstico revela que a igualdade entre sexos é já um facto ''teórico'' na CMA, segundo as opiniões dos entrevistados, mas também revela que isso é já um facto em todas os organismos públicos portugueses, devido à evolução da própria sociedade portuguesa e às medidas legislativas tomadas pelos vários governos.

As opiniões revelam uma percepção social e estão naturalmente condicionadas não só por hábitos culturais, mas também pela possibilidade de rapidamente se identificarem os ''anónimos'' que participaram no inquérito, como veremos.

Coisa que revela que os inquiridores não protegeram os entrevistados, com os devidos cuidados.

Mas o que de grave se revela no ''Diagnóstico'' é a percepção que persistem situações de acosso sexual entre os funcionários:

A persistência do assédio sexual é sentida por mais de 40% de funcionários,  que pede medidas para lhe pôr cobro, coisa que indicia que a situação é grave:

Entretanto a maioria dos funcionários está-se nas tintas para o uso de linguagem politicamente correcta não-sexista, como a maioria das pessoas sensatas, mas a cacique está muito preocupada

Isto é a cacique, como a viúva do Saramago, deve pretender que a tratem por Presidenta. Devemos recordar que às vezes essa linguagem não sexista já foi aqui usada, chamando Chefa a Isilda Jana.

Porém no português fica muito mal usar ''cacica'' e continuaremos a usar ''cacique'', em prol da decência e da harmonia linguística.

Uma nota para dizer que a ''Ent 1, mulher'' só pode ser Maria do Céu, a cacique que pune quem lava escadas sem licença, e que é estranho que os autores do diagnóstico não consigam proteger eficazmente o ''anonimato'' dos entrevistados. 

Finalmente convém urgentemente tomar medidas para terminar com as práticas de acosso sexual na CMA e deixar-se da palermice da ''harmonização não-sexista'' da linguagem.

M:A