Neste número, o último do Jornal de Alferrarede, que faz trinta anos e que por isso se felicita , há dois grandes artigos, um do Advogado Dr.António Velez sobre a celerada reforma judicial, a que tiramos o chapéu e outro do Sr.Tenente-Coronel Pereira Santos sobre a abominável cremação forçada de mais de uma centena de abrantinos, enterrados em Santa Catarina, assunto já aqui abordado.
Pela sua importância, o artigo será aqui reproduzido e desde já se aplaude o seu conteúdo.
O artigo do Doutor Candeias refere um abatimento de muralhas do castelo e o achamento de grandes vestígios arqueológicos, que teriam ficado à guarda dum destacamento de soldadesca a mando do tenente Prior e ainda doutro oficial, Augusto Ruivo da Silva, tio da menina Pintasilgo, que ficou a servir de ''cicerone'' às visitas às ''maravilhas'' encontradas.
Também refere que todos os intervenientes na notícia eram pessoas sérias, coisa que se admite, mas também se admite que podiam ser uns ''gozões''.
O Doutor Candeias ainda admitiu que o artigo fosse uma partida de 1º de Abril, mas acha que Fevereiro está muito longe de Abril.
Assim não sendo, o esforçado Candeias estudou as cronologias (a única que há, é do Eduardo Campos), as actas da câmara! , a correspondência do Museu D.Lopo e mais alfarrábios e não achou nada.
Tanto labor, para a dúvida persistir....
E avisa os investigadores:
Esqueceu-se o Doutor Candeias do essencial, consultar um calendário perpétuo, porque a notícia foi publicada a 14 de Fevereiro de 1926 e Fevereiro costuma ser mês de Carnaval.
Fui consultar
14 de Fevereiro de 1926 era exactamente o Domingo-Gordo de Carnaval e tudo indica que o Senhor Adelino Lemos (certamente a meias com o tenente Prior e o tenente Ruivo da Silva) quiseram pregar uma monumental partida de carnaval aos abrantinos e aos historiadores do futuro.
Da mesma forma, a notícia, publicada no mesmo número, que o Candeias refere, e onde se conta que os mourões foram arrancados pelas cheias e levados até aos pilares da ponte é claramente outra partida de Carnaval.
Decididamente o Adelino Lemos era um grande folião de Carnaval, apesar de ser uma pessoa séria, certamente. E um adepto do Humorismo histórico.
sn
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