carta do General Avellar Machado vendida em leilão, 1884, diz que está doente (opurtunity leilões com a devida vénia)
Inauguração da Linha da Beira Baixa por D.Carlos (que passa por Abrantes para a inaugurar), vista por Rafael Bordalo no António Maria (desviado do Albicastrense).
As descrições divulgadas ultimamente, incluindo uma da chefa, que se dedicou a ler um jornal antigo, omitem alguns episódios trágico-cómicos
Ao longo do percurso do comboio real, acolitava D.Carlos e a Rainha, o cacique Avellar Machado, quando parava, as bandas tocavam, os padres benziam a locomotiva e o manda-chuva da terriola soltava o discurso, palavroso e suplicante, o Avellar punha-se a gritar, como um possesso: Viva El-Rei! Batam palmas a Suas Majestades! Era tanto o ardor, tal o entusiasmo, que o povo perguntava: '' Quem é aquele homem da pera que berra tanto?''
Também é a famosa a gaffe cometida junto do Rei por Manuel Lopes Maia, Presidente da Câmara do Gavião que era um burgesso e que Avellar transformou numa personagem cómica, ridicularizando-o em todos os jornais nacionais.
Os Ecos do Alentejo, jornal progressista do Gavião, vinga-se do Avellar com esta nota. E diz que o Maia era cunhado do padre do Mação e que o Avellar lhe devia favores ou seja que o vigário encaminhava os analfabetos para as cores regeneradoras.....
Parecia impossível que o rossiense (o Avellar) fosse tão ingrato...
Era 1881
mn
Bradou o Par do Reino General Dantas Baracho,
in Entre Duas Reacções, 1918
Destacou-se o Dantas por militar na extrema-direita integrista e jesuítica da época, o Partido Nacionalista
Terminou eleito deputado republicano em 1911, o Avellar Machado não teve tempo de fazer as acrobacias do seu colega da tropa e de província (era também ribatejano) , morreu antes de 1910.
Teria adesivado?
O filho, oficial de cavalaria, foi um republicano e anti-salazarista assumido. Por isso conhecendo a cadeia.
Mas ficamos a saber que o Avellar não gostava de polícias ou sendo ambos millitares tinham um desprezo elitista e militarista pela pobre polícia.
ma
É um violento panfleto contra os avelaristas da Câmara do Mação e por extensão contra o seu chefe político, Avellar Machado. No blogue há materiais sobre isto. Abílio de Sá fora magistrado neste concelho e entrara em conflito com os caciques locais. Chegara a prender o Presidente. O caso deu sonoro escândalo na impensa.
ma
Padre anaclético do Sardoal acusa o Par do Reino de ser um ateu dos piores
mn
A melhor biografia de Avellar Machado que vimos. O jornal republicano ''O Abrantes'' traça a biografia do líder regenerador abrantino e desfaz-se em elogios, provavelmente merecidos.
É um número histórico porque também faz a reportagem da inauguração da Praça de Toiros e continua a distribuir elogios ao Visconde de Alferrarede, Carlos Sá Pais do Amaral.
Já que se está em matéria de elogios, agradece-se à B.António Botto, a digitalização.
ma
O Coronel Avellar Machado e as primeiras experiências da TSF em Portugal
in A REVISTA TELEGRAPHO-POSTAL E A ELETROTECNIA PORTUGUESA
António Malveiro
Avellar não foi só um político foi também um importante engenheiro militar......como Fontes.
mn
O Coronel de Engenharia Luís José de Avelar Machado Veiga da Cunha, ''filho de D. Leopoldina Segurado de Avelar Machado e do Capitão de Engenharia Luís Vito Veiga da Cunha'' e neto do General Avellar Machado' foi'' Sub-Secretário de Estado das Obras Públicas no Governo do Prof. Oliveira Salazar, Professor Catedrático da Escola do Exército, Administrador da Companhia das Águas de Lisboa, Grande-Oficial da Ordem de Cristo''.(1)
Era natural do Estado da Índia
Entretanto um tio dele, também militar foi preso político por anti-salazarista e morreu Gov. de S.João Baptista de Ajudá,
(1) informação de Diogo de Paiva e Pona ALGUNS ELEMENTOS GENEALÓGICOS sobre a ascendência e a descendência de
PIO JOSÉ BANDEIRA natural de Lagos, que cita a Grande Enciclopédia Luso-Brasileira
O Gaspar, Martinho de seu nome, escreveu uma coisa sobre a República abrantina, lendo o Jornal de Abrantes.
Órgão da propaganda jacobina local, onde escrevia o dr. Baltazar Teixeira, que ainda conheci.
O Candeias dissertou na Zahara sobre as ''élites'' republicanas.
Mas era a arraia-miúda local, havendo apenas um vulto, Ramiro Guedes, com contactos na direcção nacional do movimento.
Nenhum deles conseguiu encontrar as redes de poder e compadrio, que ligavam as verdadeiras élites abrantinas aos centros de decisão.
Quem é que tinha boas relações com os chefes?
Um jovem matemático e militar, dado ao caciquismo, Avellar, dizia Oliveira Martins que nada se mexia na região de Abrantes, sem ordem do cabo eleitoral
Aqui vai a prova da boa amizade e das relações de compadrio do líder regenerador local, General Avellar Machado com o dr. Bernardino Machado.
Tinha estado o Bernardino em Abrantes, em Fevereiro, fazendo ''propaganda democrática'' na Praça de Touros. Depois tinha havido um ''banquete'' no Hotel Comercial, com muitos discursos e a banda do Rossio, a afamada Tuna Rossiense, a tocar a Marselhesa.
Mas não é isto que preocupa o Avellar, que trata por tu, ''o caro Bernardino'', tem o General de se preocupar com gerir uma cunha a favor duma colocação militar de Carlos Alberto Garcia Moreira da Silva e vai dando conselhos e gerindo a coisa.
Não quer desagradar a quem mete a cunha, o ''caro Bernardino''.
Portugal é isto, o país da cunha, onde se saltam os concursos, se prostitui a Lei, onde os maus costumes permanecem eternamente, apesar das mudanças de regime.
Donde vinha a amizade entre os 2?
De Coimbra, dos bancos da Universidade?
Da política? O Bernardino tinha sido Ministro Regenerador e decerto cozinhara fraudes eleitorais com o Avellar.
Do Parlamento? Os 2 tiveram assento na Câmara dos Pares do Reino.
Morreu o Avellar antes do 5 de Outubro. É uma chatice, não teve tempo de adesivar e de ser Ministro republicano, sob a batuta do ''caro Bernardino'', ex-bastião da Monarquia e ex-par do Reino.
ma
Era um falsificador Avellar Machado, como o cónego?
Parece que não, dizia a imprensa satírica.
Quem o dizia era o jornal Pontos nos Is em Abril de 1887
no jornal brilhava Raphael Bordallo
O Ministro que insinuara que o abrantino falsificara papelada e que depois lhe deu a Comenda era parece-nos Mariano de Carvalho.
Para gente desta, valha-nos Bordalo que tratou deles.
Mas devemos agradecer a estes políticos liberais, capazes de suportarem a liberdade de imprensa, tanto Mariano como Avellar podiam dar muitas lições aos caciques rupestres das parvónias.
mn
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