Um dia, encontro Marques Júnior a jantar na Tubuci com oficiais do meu Regimento. Estranho! Seria mesmo?
Tudo se precipitou na semana anterior. Sabíamos que ia acontecer, como ia acontecer, o que faríamos todos e cada um. Quem controlaria o Calado, quem prenderia o Piçarra, quem…, quem… Quando?! Estava tudo controlado, em cima, ou o “velho” não tivesse escrito “o livro”. Atenção aos sinais, à rádio, ao Paulo de Carvalho, ao Zeca… mas essa do Paulo e do Zeca só nos foi transmitida depois do jantar de 24, todos no quartel, hoje ninguém namora, em nome da nação e do futuro.
E começámos a conhecer paulatinamente os rostos escondidos do golpe. Eu percebi, então, a razão da substituição do capitão Salavessa pelo tenente Marques Júnior, em Mafra. E comecei a perceber outras movimentações, sobretudo as que iam acontecendo no segundo ciclo de instrução.(...)
a redacção