devida vénia Estado Ibérico
Em Junho de 1893, no Teatro Ayala,na cidade de Badajoz, reúnem-se iberistas de toda a Península para tratarem de relançar o velho ideal, que andava um bocado em desuso , desde que D.Luís e seu Pai, D.Fernando II tinham recusado a coroa de Espanha, que lhes oferecera o caudilho catalão Juan Prim.
A ideia do general Prim era recriar de novo a Monarquia Dual dos Habsburgos, agora sob a égide liberal dos Braganças (D.Fernando era um importante dirigente maçon).
D.Luís substituiria a exilada Isabel II.
Boa parte dos presentes são republicanos dos dois lados da raia. Do lado luso Feio Terenas, Teixeira de Castro (deputados do PRP), Magalhães Lima (director do Século) , Ramiro Guedes, etc
Do lado castelhano o mais importante era Nicólas Salmeron, que fora efémero Presidente da I República espanhola
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e que se demitira do cargo, por se recusar a assinar uma sentença de morte. Preferira manter a sua consciência de homem livre, que repudiava a pena capital, a ser Chefe de Estado com essa tétrica obrigação.
Arquivo Distrital de Santarém
mn
bibliografia: Magalhães Lima, La Federation Ibérique
Aqueles que quiseram transformar a excelentíssima milionária abrantina, D.Clemência Dupin de Seabra
numa anarco-republicana, defensora da emancipação feminina vão ter mais uma sonora desilusão, mas a verdade histórica é para ser respeitada.
Corria 1922 e o Exército de Espanha batia-se para impor a Civilização Ocidental no Rif, onde as tribos berberes e mouras não aceitavam a tutela de Castela.
No ano anterior, o caudilho Abdel-el-Krim, que rejeitava em simultâneo a autoridade do Sultão e das potências protectoras, a França e a Espanha, esmagou perto de Melilla, o exército colonial, no ''desastre de El Annual''. Caíram vários milhares de soldados espanhóis e o comandante da força, General Silvestre.
Boa parte dos mortos foram capados e muitos prisioneiros foram torturados.
O Governo de Afonso XIII planeou uma operação de castigo, com a colaboração dos franceses, capitaneados por Petain e resolveram usar a aviação para gasear civilizadamente os revoltosos.
A boa sociedade espanhola e os lusos que tinham amizades, interesses ou negócios relacionados com Espanha , caso da abrantina D.Clemência, com fortes investimentos em Badajoz, resolveram financiar a vingança.
O Heraldo dá notícia da contribuição dos sócios do aristocrático RACE-Real Automóvel Club de Espanha para financiar a vingança colonialista.
Ao lado da fina-flor dos Grandes de Espanha, com o Duque de Alba, como primeiro doador, e de alguns portugueses, como o Duque de Palmela, encontramos a milionária abrantina dando 100 pesetas para meter os ''mouros'' na ordem colonial.
Um pouco antes da D.Clemência, está outro doador luso, o Conde da Lousã, um Lencastre, compadre do Marquês de Viana, um aristocrata cordobês, alto cargo palatino e companheiro de idas às meninas do Rei em Deauville e Biarritz.
A filha do Lousã, seria 3º Marquesa de Viana.
Dando-se com gente desta, querem fazer-nos acreditar que a milionária abrantina, com raízes francesas e tramagalenses era uma anarco-republicana?
Ainda espero encontrar uma foto dela ao lado de Afonso XIII, o homem que criminosamente mandou executar um anarquista chamado Ferrer.
Em 1925 o Marechal Petain e o General Primo de Rivera esmagaram a revolta berbere de Abdel-el-Krim, num banho de sangue.
O caudilho do Rif morreu no Cairo, nos anos 60, sob protecção de Nasser
vai isto dedicado à Fátima Al-Glauí, sobrinha-neta do Paxá de Marraquexe e professora de Física Nuclear na Universidade de Rabat, distinta fundamentalista e minha amiga.
ma
foto da D.Clemência na Càmara Corporativa, ANTT com a devida vénia
O miserável cubo, à Carrilho da Graça,
que prostituía a Alcáçova de Badajoz começou a ser demolido por ordem do Tribunal
Foto e notícia Hoy com a devida vénia
O candidato laranja D.António Castel-Branco está a consultar o cunhado, Dr.Júdice, para saber se o licenciado violou os direitos de autor do Senhor Seu Pai
ma
diz o Garcia Salas, um político extremenho, para debater cidades inteligentes.
A Presidenta
explicará aos castelhanos, que a inteligência abrantina consiste em comprar oliveiras centenárias a 2.000 € para desonrar a memória de Lucília Moita, que nunca pintou oliveiras tão caras, porque era muito poupadinha.
ma
Informa-nos o Partido de Santiago Carrillo que o proletariado de Badajoz desencadeou uma greve de lixo contra a concessionária, a FCC, a empresa dona da Abrantaqua, onde vegeta o ex-Vereador PS de Abrantes Júlio Bento
A greve contra a empresa dominada pelo argentário mexicano Slim (que tem como impedido o camarada de Júlio Bento, Felipe Gonzalez Márquez ) reveste a dureza tradicional da luta de classes ibérica, sem trégua contra o capital e os parasitas de benta pança
La Cronica
Diz La Cronica que a Comissão de Trabalhadores apresentou uma queixa-crime contra FCC por violar o direito laboral.
Esperamos ver o dr.Avelino Manana fiel à solidariedade internacionalista, denunciando os amigalhaços da Abrantaqua
J.Yague (correspondente em Badajoz)
foto :Abrantaqua
(...)
(...) Cipriano envió al ministro de Fomento en 1874 una carta de seis folios, incluyendo planos donde demostraba que el mejor trazado entre Palazuelo-Empalme (Malpartida de Plasencia) y Lisboa era a través de Valencia de Alcántara, Abrantes y Entroncamento. Tras enconadas polémicas en la prensa, ese fue el trazado aprobado. Don Cipriano manipulaba la realidad, sobre todo porque el trazado que él proponía era 83 kilómetros más largo y costoso pues debía cruzar el Alagón y el Tajo. Pero mandaba bastante más que cualquier alcalde de Torrejoncillo y por Valencia de Alcántara se fue el tren.(...)''
Leia o artigo de Don
J. R. Alonso de la Torre no Hoy de Badajoz
O Cipriano decidiu a favor de Abrantes, graças a ele houve Linha do Leste!
ma
Em Badajoz uns arquitectos nabos e inconscientes do valor da Alcáçova da Cidade construíram um cubo merdoso dentro das muralhas mouriscas para fins universitários..
A associação de defesa do património pacense encetou uma longa luta popular e de massas contra o inqualificável cubo, construído pela reles cacicagem do PSOE e foi aos tribunais.
A sentença é determinante. O cubo vai abaixo. A velha Alcazaba será defendida contra gregos e troianos.
Foto Hoy
Foto Hoy
Entretanto a cacique abrantina esteve em Badajoz, certamente para ver como uma cidade civilizada preserva o património.
Ignoramos se foi ao Corte Inglês
mas foi a esta actividade, onde parece que o Presidente Rafael Garesse permaneceu fiel ao apelo da siesta.
a redacção
créditos:APTE, Hoy
Clemência Dupin morreu em Abril de 1936, procuradora salazarista à C.Corporativa.
Os militares espanhóis revoltaram-se em 18 de Julho de 1936, comandados pelo General Sanjurjo, que estava exilado no Estoril e aí morreu num desastre de aviação, quando partia para comandar as tropas sublevadas.
Já tínhamos visto ser fuzilado em Valência por clerical o gerente da D.Clemência. Badajoz ficou em mãos republicanas, mas rapidamente a resistência foi jugulada pelo Coronel Yague, autor duma repressão implacável, denunciada em primeira mão pelo enviado do Diário de Lisboa, que foi Mário Neves (que seria o 1º Embaixador de Portugal na URSS).
Mas que sucedeu às afamadas indústrias Dupin?
Pelo anúncio de 1940, estavam a trabalhar ao serviço do exército de Francisco Franco
mn
A Companhia Internacional de Madeiras era outra empresa da família Dupin-Seabra
Conheço um idiota em Abrantes, que acha que tem no cofre um Velázquez. Já houve uma abrantina, milionária, que comprou esta espécie de Velázquez em Badajoz
Era um ''Velazquez'' ou seria um ''Murillo''?
Também podia ser.
Onde é que anda o quadro? Vi-o outro dia. A D.Clemência Dupin
mandou estudar a tela que comprara antes de mandar fazer qualquer Museu com uma torre de 40 metros de altura para meter a obra-prima.
Ao contrário do que fez Isilda Jana que subscreveu um texto na Zahara atribuível (diz ela, porque a Isilda só tem uma fotocópia não assinada) a um infeliz Baltazar, onde se diz que Dominique Dupin, o francês que se radicou em Abrantes e montou o grupo familiar, que D.Clemência aumentaria, era um ''alcóolico incorrigível'' (sic),
Voltarei ao assunto.
Podem ler aqui o artigo de um misterioso X, que relata a história atribulada do quadro espanhol da herdeira Dupin.
mn
créditos: O Século/ANTT (extracto)
Centro de Estudios Extremeños (quadro)
A Revista de Estudios Extremeños destacou há tempos (2012) uma importante inovação na técnica agrária da região de Badajoz. Num artigo de Juan José Viola Cardoso conta como praticamente até meados do século XIX se manteve inalterável na região raiana a forma de arar os campos. Durante 2.500 anos quase não houve mudanças nas técnicas.
A introdução duma charrua moderna ou ''charrueco'' foi feita em grande parte a partir de ''importações'' de Portugal, realizadas através do contrabando e destacam-se as alfaias contrabandeadas a partir da Duarte Ferreira.
Essas charruas ou arados foram extremamente populares nos campos de Badajoz e foram responsáveis por uma mini- revolução agrícola na zona.
Imagens do excelente artigo do investigador Juan José Viola que se recomenda ler.
mn
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