Terça-feira, 28.11.17
Pedro Manuel Monteiro, especialista em veículos militares lusos e autor de ''Military Vehicles of the Portuguese Army'', prepara-se para lançar em Abril, um livro com o título: ''“Berliet, Chaimite e UMM – Os Grandes Veículos Militares Nacionais'', que será editado pela ''Contra a Corrente''.
O livro, financiado pelo sistema Crowdfunding, será certamente muito interessante para a história militar e colonial, bem como para a da indústria automóvel lusa.
Mais informação aqui
mn
Terça-feira, 08.12.15
Pièces de machines agricoles, usine de Tramagal -Portugal-, cliché Jacques Thévoz, 1965
Fondation de l’automobile Marius Berliet - Lyon (1965)
Ouvrier, usine de Tramagal -Portugal-, cliché Jacques Thévoz, 1965
Nouvelle facade de la société MDF à Tramagal -Portugal-, cliché Jacques Thévoz, 1965
devida vénia à Fondation de l’automobile Marius Berliet - Lyon (1965), para as fotos e as legendas das fotos
imprescindível local para os interessados na História do automóvel que também é a nossa.
Monsieur Jacques Thévoz era um grande fotógrafo, por isso não está na Galeria Quartel
E a do Tramagal
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quanto a exposições municipais é melhor ir a Lyon, há voos charters baratos
Pièces de machines agricoles, usine de Tramagal -Portugal-, cliché Jacques Thévoz, 1965
Fondation de l’automobile Marius Berliet - Lyon (1965)
Ouvrier, usine de Tramagal -Portugal-, cliché Jacques Thévoz, 1965
Fondation de l’automobile Marius Berliet - Lyon (1965)
Nouvelle facade de la société MDF à Tramagal -Portugal-, cliché 1965
Fondation de l’automobile Marius Berliet - Lyon (1965),
devida vénia à Fondation de l’automobile Marius Berliet - Lyon
imprescindível local para os interessados na História do automóvel, que também é a nossa.
Monsieur Jacques Thévoz era um grande fotógrafo
E a do Tramagal
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quanto a exposições municipais é melhor ir a Lyon, há voos charters baratos
Domingo, 21.06.15
8 Fotografias antigas Fábrica Fundição do Tramagal
€ 9,00
Colecções - Antiguidades
Vende-se
Deixa-se o aviso para a esforçada rapaziada que está (há 30 anos!) a tentar montar um Museu na Vila ( o primeiro projecto já estava pronto em 1977 e orçamentado em 12.500 contos!)
Tudo isto devido à acção do Prof.Mário Silva que queria construir um Museu Nacional da Ciência e da Técnica, que lhe tinha sido encomendado pelo ministro fascista Veiga Simão. O Museu teria vários pólos, um deles o da MDF. O Mário Silva, académico prestigiadíssimo, tinha sido perseguido pela Ditadura e o físico nuclear Veiga Simão, que se distinguira pelo abandono da Academia para passar à política, repescara-o. A sua demissão da função pública, em 1947, juntamente com a do General Marques Godinho, do abrantino Lopes Raimundo (cuja genealogia e obra foi tratada, no Jornal de Alferrarede, pelo dr. António Graça Pereira) e outros anti-fascistas já aqui foi abordada.
A Tubucci oportunamente publicou esta imagem. Resta dizer, que o que se publica abaixo, acerca do Museu, são extractos, do importante livro (1) de Adelaide Costa Duarte, sobre o falhado Museu da Ciência e da Técnica que Veiga Simão queria edificar. A Lígia Marques conseguiu escrever um artigo sobre os esforços da CMA/ Junta de Freguesia para fazer um Museu no Tramagal, sem descobrir que o projecto já datava pelo menos de 1976 e que até tinha orçamento. É obra!!!! . Não sei como há pachorra para ler coisas de quem não cita a bibliografia mais elementar, mas havia que recordar Mário Silva, como o sanearam, ao mesmo tempo que o General Godinho, como sobreviveu transformado em vendedor de espumantes, enquanto, patriótico, o Rui Duarte Ferreira (o que vendeu a Coelheira, quando andava pró escasso de money) escoltava Américo Tomás. E calo-me, para não dizer o que fazia o Mário Bastos!!!! Ele e o bravo Rui, estão na última foto, que, como a anterior ,é retirada da revista de propaganda ''Passos'', onde o Martinho Gaspar traçou, eufórico, a saga das Berliets, que transportaram tropas em missão de soberania.
As Berliets também serviram para transportar uma tropa humilhada e vencida, depois da Abrilada, na saga mais vergonhosa para as Forças Armadas de Portugal desde Alcácer-Quibir. Como escreveu Mestre António José Saraiva: '' Para começar, escreveu-se na nossa História uma página ignominiosa de cobardia e irresponsabilidade, página que, se não for resgatada, anula, por si só todo o heroísmo e altura moral que possa ter havido noutros momentos da nossa História e que nos classifica como um bando de rufias indignos do nome de Nação.'' Enquanto isso, Luís Cabral fuzilava os bravos Fulas que se tinham batido por Portugal e o Sr.Almirante Almeida d'Eça (hoje com 97 anos, diz o Expresso) fazia o impossível por conseguir libertar os patriotas cabo-verdianos que o PAIGC metera no Tarrafal, pelo simples facto de não quererem viver num regime despótico. Vil miséria. ma
(1) Edição da Universidade de Coimbra
PS-A Lígia Marques fez esta esta tese de mestrado no IPT sobre a musealização da MDF, com patrocínio municipal, orientação do Doutor Luís Mota Figueira, com 273 páginas,e não conseguiu descobrir o projecto Veiga Simão/Mário Silva. Mas naturalmente a Lígia Vanessa conseguiu ser candidata à Assembleia de Freguesia do Tramagal com o PS....
Ò Ligia, o Veiga Simão era seu falecido camarada, depois de ser fascista, foi Ministro da Defesa socialista, com Guterres....
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Quarta-feira, 07.05.14
Passa-me pelas mãos parte dum arquivo militar que era secreto, até há pouco, que há sobre a região?
Muito....
Só a título elucidativo:
35 – "Material" (contém notas sobre bombas napalm, informação sobre utilização do napalm e outras armas incendiárias, alterações por parte do governo espanhol em relação ao fornecimento e trânsito de material de guerra com destino a Moçambique e Angola, renovação da frota e recrutamento de pilotos, situação das tropas pára-quedistas, necessidade de helicópteros e aquisição de sobressalentes para viaturas Berliet-Tramagal), 1972 – 1974
MA
Quarta-feira, 19.02.14
A Senhora Albuquerque e a corte que a rodeiam têm feito sucessivas viagens ao Japão para alegadamente visitarem a ''casa-mãe'' duma fábrica ''japonesa'' de veículos pesados instalada no Tramagal, que agora com grande pompa e circunstância se reclamou herdeira das velhas Berliets.
Se a sede da Mitsubishi significasse alguma coisa em matéria de poder de decisão sobre a continuidade da fábrica no Tramagal talvez essas viagens fossem razoáveis. Acontece que a marca japonesa está controlada em cerca de 90% pela empresa alemã Daimler e onde se tomam as decisões é na RFA.
Portanto a haver viagens para ''dialogar'' ou ''influenciar'' quem tem capacidade de decidir na indústria automóvel tramagalense o destino lógico teria de ser a pátria de Frau Merkel e não o exótico Mikado.
De forma que se roga que arranjem outra desculpa para justificar viagens transântlanticas que esta: ''Aproveitando a presença no Japão, Maria do Céu Albuquerque visitou a casa mãe da fábrica da Mitsubishi Fuso, em Kawasaki, procurando fortalecer as relações com esta empresa, cuja fábrica no Tramagal constitui um factor estruturante do desenvolvimento económico do concelho.''
Como diz a Daimler, arrogante e imperialmente germânica'' The Mitsubishi Fuso Truck and Bus Corporation (MFTBC) is an integral part of Daimler Trucks. As one of the leading manufacturers of commercial vehicles in Asia, MFTBC produces light-, medium- and heavy-duty trucks for the most diverse operating conditions.''
Portanto em vez de peregrinar a Kavasaki, convém ir prestar vassalagem à
Tudo isto é tão simples que não merecia sequer uma nota. Mas como acham que temos de tomar gato kamikaze por lebre teutónica, deixa-se a nota.
mn
Segunda-feira, 17.02.14
Uma Berliet da tropa lusitana na Guerra de 14-18, antes de haver Berliets do Tramagal
MN
Sexta-feira, 14.02.14
O Senhor Tenente-general Victor Manuel Mota de Mesquita ( Ex-Director do Departamento de Finanças do Exército).explica-nos aqui, na Revista Militar
''( ...)
A Comissão que funcionou no então Serviço de Administração e Finanças da Defesa Nacional era constituída por um Presidente, nomeado pelo Ministro da Defesa Nacional, um representante do Exército, um representante da Força Aérea e dois representantes das Finanças, sendo um auditor jurídico, e outro, representante do Ministro.
Durante o período que decorreu entre 1968 e 1974 as aquisições de material para reequipamento do Exército e da Força Aérea, atingiram o montante de 9 milhões e 800 mil contos (9.800.000.000 $), cabendo o grosso das despesas ao Exército.
Houve, evidentemente, ou passou a haver, um maior rigor na realização das despesas, obedecendo às regras da contabilidade pública, apesar de que nem sempre tenha sido compreendido e com o argumento da urgência se tenha procurado aligeirar as aquisições.
Foi evidente a intervenção das Finanças na nova metodologia de aquisições que, teve ainda a possibilidade de agregar àquela Comissão, dois técnicos, um em economia e outro em problemas ultramarinos.
Assim se consumou o cerco à administração das Forças Armadas, já que na referida Comissão passaram a estar três militares e quatro civis.
Nas aquisições de menor importância deixava-se o Presidente da Comissão decidir, mas nas que envolviam centenas de milhares de contos, tais como as respeitantes a viaturas, apareciam sintonizados os quatro civis, votando em maioria.
Cabe aqui referir que, durante a guerra, com as viaturas militares se gastaram cerca de 6 milhões de contos (6.000.000.000 $) e que os custos aumentaram de adjudicação para adjudicação, sabendo-se de antemão, que a mesma viatura (Unimog ) era constantemente alterada.
Novo exclusivo foi dado a uma nova viatura que apareceu (Berliet), tendo-se chegado ao ponto das viaturas começarem a ser montadas antes da realização dos concursos públicos. Tal era a certeza de que a adjudicação ia ser essa.
A explicação era a de que se tratava de ajudar a empresa do Tramagal em que o Estado tinha investido e um novo titular da pasta da Defesa acabou por dar a exclusividade de fornecimento às duas viaturas. (...).
(...)
extracto de os ''Encargos na Guerra do Ultramar'' pelo autor citado, na Revista Militar, com a devida vénia
Há outra explicação a África do Sul já montava Berliets sob licença francesa e compadecida com a falta de meios do Exército Colonial no Sul de Angola, fornecera algumas que tinham dado boas provas no terreno.
E ainda face a um progressivo bloqueio ocidental a Portugal no que toca a fornecimentos militares, só a França gaullista parecia ter alguma compreensão pela situação portuguesa, sendo evidente a colaboração dos serviços secretos franceses com a PIDE, o apoio luso e francês à tentativa secessionista do Biafra, e a aliança tácita entre os dois países (veja-se a correspondência publicada entre Salazar e Marcello Mathias, então Embaixador português em Paris....)
Moral da história; a MDF deixara-se anquilosar e só produzia nesta época material agrícola antiquado incapaz de competir com o estrangeiro e darem-lhe as Berliets para montar, era atirarem-lhe uma bóia de salvação.
MN
Domingo, 13.06.10
O Pedro Oliveira do excelente blogue Santa Margarida teve a amabilidade de nos corrigir acerca dos veículos militares:
''
O veículo que ilustra o texto pertence é da Mercedes-Benz, chama-se: Unimog (do alemão "UNIversal-MOtor-Gerät").
Nada a ver com as Berliet-Tramagal,portanto.
Pedro Oliveira, ex-militar do Regimento de Infantaria de Abrantes (antes do mesmo ser transformado em coudelaria).''
Nós somos nabos em matéria de veículos da tropa,mas onde fomos buscar a imagem:
Berliet Tramagal GBA
Vinha também a parte dianteira com a mesma matrícula e essa parece-nos que pertence a uma Berliet -Tramagal
Há 2 matrículas idênticas para veículos militares diferentes?
Ou houve canibalismo por falta de peças e juntaram a parte de trás de uma Unimog com a dianteira de uma Berliet?
O blogue Rodas de Viriato tem muitas fotos e documentação sobre as Berliets-Tramagal. Acrescentamo-lo à nossa lista de links....
E já agora uma foto do piloto , Santinho Mendes, com publicidade ao Tramagal, no mesmo blogue
(1980)
Miguel Abrantes