Domingo, 30.03.14

A Senhora Dona Maria Águeda Andrade que foi toda a sua vida professora de alemão ( e inglês) no Colégio de Nossa Senhora de Fátima (onde tinha sido aluna, espero que uma ''antiga'' me diga se foi fundadora....) e uma talentosa pintora (a melhor de todas as pintoras que saíram do Colégio onde certa Madre ensinou gerações de jovens abrantinas a pintar) morreu há tempos na Santa Casa de Misericórdia de Abrantes, onde se acolhera nos últimos anos.

 

Quem sabe alemão em Abrantes aprendeu com ela, e foi ela que me obrigou a decorar isto:

 

 

    

Martin Niemöller > Quotes > Quotable Quote

Martin Niemöller

“Als die Nazis die Kommunisten holten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Kommunist.
Als sie die Sozialdemokraten einsperrten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Sozialdemokrat.
Als sie die Gewerkschafter holten, habe ich nicht protestiert; ich war ja kein Gewerkschafter.
Als sie die Juden holten, habe ich geschwiegen; ich war ja kein Jude.
Als sie mich holten, gab es keinen mehr, der protestierte.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Isto foi dito por um Pastor protestante alemão num sermão, entre outras coisas para chatear o irmão que era um oficial nazi e sobretudo para se opor à barbárie  que recheava os ''laggers'' com os alemães decentes.

 

Chamava-se o Pastor

 

Martin Niemöller

  

 

 

 

Que a Senhora Dona Águeda gostasse de repetir a tirada dum Justo, não significava que fosse protestante, significava que não gostava de bestas pardas (ou da sua variedade local dirigentes da ANP) e que apreciava muito a cultura duma nação que era e é das mais cultas da Europa.

 

Apresento-vos um pouco da vida do Rev.Martin numa língua mais decifrável para quase todo o pessoal:

 

  

Agora é lamentável que sendo Martin um inimigo do totalitarismo, certos tipos lhe tenham roubado as palavras e atribuído isto a Bertold Brecht, grande escritor, mas colaboracionista com o regime da RDA e com o ocupante russo, um execrável fanático que justificou a repressão russa contra o levantamento operário na RDA.

 

E ainda pior, o que fez o Joaquim Duarte, Director da Gazeta o Ribatejo, que começou no Editorial a perorar sobre uma Ofélia, e terminou com castiça sensibilidade da bord' água a atribuir o sermão ao Brecht e ainda a deformar as palavras do pregador :

 

(....)

 Por cá, nem transporte arranjamos para os moradores que ainda resistem. Há um poema de Bertold Brecht que, embora escrito num outro contexto – a propósito da ascensão do nazismo na Alemanha –, vem-me à memória perante esta indiferença com que vemos o pior acontecer, seja a perda da liberdade ou a agonia do mundo rural, e que fica aqui como apelo à cidadania activa:

Primeiro levaram os negros /Mas não me importei com isso /Eu não era negro. / Em seguida levaram alguns operários /Mas não me importei com isso /Eu também não era operário. (…) Depois agarraram uns desempregados /Mas como tenho meu emprego /Também não me importei. / Agora estão me levando /Mas já é tarde. / Como eu não me importei com ninguém/ Ninguém se importa comigo.Primeiro levaram os negros /Mas não me importei com isso /Eu não era negro. / Em seguida levaram alguns operários /Mas não me importei com isso /Eu também não era operário. (…) Depois agarraram uns desempregados /Mas como tenho meu emprego /Também não me importei. / Agora estão me levando /Mas já é tarde. / Como eu não me importei com ninguém/ Ninguém se importa comigo. (....)

 

O Duarte substituiu os judeus,  pelos ''negros''.....

 

Ò Duarte, onde é que havia 6 milhões de pretos na Alemanha??????   

 

 

MN



publicado por porabrantes às 22:52 | link do post | comentar

Terça-feira, 19.04.11

 Angeli, FSP 08/3/2009 in folha de São Paulo  

 

Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.

Brecht in a ''Excepção e a Regra'

 

 

Passo a transcrever com IP e tudo um comentário que recebemos:

''bertold Brecht (IP: 2.82.128.202) disse sobre O Banco contra a Fome é aconfessional na Segunda-feira, 18 de Abril de 2011 às 23:30:

 

     

Porra, tanto implica com o padre! irra deve ter marrado com ele e ficado com algum corno preso... só admito essa hipóte-se... tire o corno...''

 

 

A política deste blogue é conhecida. Transcrevemos os comentários, preservamos o IP (abrindo excepções, como diria Brecht que escreveu a ''Excepção e a Regra'', para o caso deste fidelíssimo apóstolo da pastoral do Graça, como o fizemos para o Sr.José da Cachoeira, que suponho composto por um colectivo  de admiradores do padre, alguns dos quais são conhecidos  papa-hóstias mas não tão distintos como o Sr.Dr.Marcello de Noronha).

 

O Dr.Marcello de Noronha será da Obra, é um insubordinado, não aprecia o calão (parece que ficou zangado comigo quando eu disse ao plumitivo das alheiras, a propósito dele ter citado Herodes, ''ou te cagas, ou te fodes'') mas respeita a liberdade de expressão, é um homem cortês e sobretudo é um anti-carrilhista.

 

  O Graça em traje de trabalho

 

Os insultos que nos lança o fidelíssimo admirador do Graça (que suponho não ser de São Facundo, por razões óbvias) não  são só obviamente para mim, ou para a redacção do blogue, mas são dirigidos a mais de 1100 pessoas que assinaram a petição e que estou crente (não é só o ''bertrold brecht'' que pode crer no Graça, eu também posso crer em alguma coisa) que gostariam de ver o Cónego transferido outra vez para São Facundo.

 

Uma  coisa é óbvia, o Reverendo, até prova em contrário, participou na escolha de Carrilho da Graça, enquanto administrador vitalício de certa Fundação, foi conivente com um ajuste directo que considero ilegal, é cúmplice da destruição do património abrantino e pelo silêncio com a perseguição judicial movida pelo licenciado alentejano contra Mário Semedo.

 

Quais são as razões que o movem, não sei, mas suspeito.

 

E eu, não afirmo coisas, sem provas ou pelo menos indícios.

 

Se o MP, só baseado em indícios pôde acusar o ex-Vereador PS, ex-alto cargo da falida Apolinária Marçal e actual Administrador duma construtora, Sr.Júlio Bento, eu também posso afirmar coisas com base em indícios sérios.   

 

Estão claros os motivos que me levam (e levam a petição) a criticar o Graça.

 

Os motivos das críticas, enquanto católico, do Noronha são outros. E como consideramos que a petição e a redacção deste blogue foi insultada de forma soez por um porta-voz do clericalismo mais retrógrado, os senhores redactores e os senhores peticionários que o desejem têm carta branca para responder.

 

À letra.

 

Regresso ao Graça, e peço-lhe satisfações enquanto cidadão.

 

Explique-me o Graça, com as Leis na mão (incluindo o Código de Direito Canónico, que tem vigência na ordem interna portuguesa) porque não impediu a palhaçada do Padre Rosa ter sido candidato nas listas do CDS?

 

Não vou perguntar ao Graça até que ponto a revisão do PUA foi favorável aos interesses da Fábrica da Igreja de São Vicente. Alguém da petição perguntará primeiro à CMA.

 

E se nos chatearem muito....... terão, no caso de haver motivo, problemas no sítio certo.

 

Devo falar da  D.Amélia Baeta,

D.G.M. N.

ou deixo o assunto entregue a

 

à família Mesquitella?

Querem que continue?
 
Por acaso tenho mais que fazer.....  
 
Fica para outro dia, mas para terminar recordarei ao brecht de pacotilha, quem sabe nato na terra das alheiras, que em Portugal e em Abrantes, já não estamos no tempo que o João Abel Manta retratou assim
 
 
Miguel Abrantes, coordenador da petição, pedreiro-livre (1)
 
(1) Seremos mais livres em Abrantes quando virmos o Graça pelas costas..... 


publicado por porabrantes às 09:59 | link do post | comentar

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