Depois dos vândalos destruirem a estátua do bandeirante Borba Gato, chegou a resposta dos bolsonaristas, imagem Folha de S.Paulo.
E se deixassem as estátuas em paz?
O judeu abrantino, Miguel Francês (apelido duma prestigiada família marrana local) deve ter sido o mais prodigioso delator premiado, cá do burgo.
Residia em Pernambuco, em pleno século XVII, quando a cidade brasileira estava nas mãos dos holandeses e em geral a comunidade judia se aliou aos invasores calvinistas.
Colocando ao seu serviço as redes comerciais que dominavam, como o tráfico de escravos de Angola para as costas brasileiras.
Miguel Francês, comerciante afamado, permaneceu fiel aos interesses lusos e ao mesmo tempo delatou à Inquisição, os seus irmãos de fé.
Delatou 130, 33 residentes em Amsterdão, 57 em Hamburgo e 33 na colónia americana. (1)
Caçado num processo inquisitorial, foi bem tratado, transportado para Lisboa, e depois de se penitenciar, posto em liberdade e regressou a Pernambuco.
Ao contrário do habitual, os seus bens ficaram incólumes ao confisco inquisitorial.
Morreu como o homem mais rico lá da terra, no Recife.
Saíra de Portugal, rumo a Amesterdão, onde judaizara, fora baptizado como católico em Abrantes.
O Poder tratou sempre bem os delatores......
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(1) Bibliografia citada
(Bibliografia :Regina de Carvalho Ribeiro da Costa, ''Disjuntivas judaicas no contexto do Brasil Holandês, entre a Fé e o Interesse'' ,Revista Contraponto, Janeiro/Junho, 2020)
A riqueza dum idioma na pena duma jornalista brasuca para classificar o caudilho. Na Folha de S.Paulo. Gamado ao Emb. Seixas da Costa.
Broxável: Quando alguém apresenta corpo-mole, desânimo para realizar ou fazer algo;
Parecido, só um artigo de António Barreto injuriando um Ministro da Cultura.
Quem quiser estudar a língua tem pano para mangas e quem desejar qualificar políticos/as locais e nacionais tem aqui injúrias aos pontapés para aplicar.
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A expulsão de Abrantes dum professor primário (1849)
É uma honra para mim que tenha chegado à cidade de Abrantes a minha tese, tendo sido lida por cidadãos desse município, tão bonito e tão interessante de Portugal. Escrevi essa tese com carinho e meu sonho era o de que ela fosse lida para além dos muros da universidade. E foi assim em Abrantes! Fiquei feliz. Carlota Boto
Gilberto Freyre, Diário de Pernambuco, 17 de junho de 1938
Um repórter me perguntou anteontem o que eu achava das “admiráveis performances brasileiras nos campos de Strasburgo e Bordeaux.”
Respondi ao repórter – que depois inventou ter conversado comigo em plena praça pública, entre solavancos da multidão patriótica na própria tarde da vitória dos brasileiros contra os tchecoslovacos – que uma das condições dos nossos triunfos, este ano, me parecia a coragem, que afinal tiveramos completa, de mandar à Europa um team fortemente afro-brasileiro. Brancos, alguns, é certo; mas um grande número de pretalhões bem brasileiros e mulatos ainda mais brasileiros.
Porque a escolha de jogadores brasileiros para os encontros internacionais andou por algum tempo obedecendo ao mesmo critério do Barão de Rio Branco quando senhor-todo-poderoso do Itamaraty: nada de pretos nem de mulatos chapados; só brancos ou então mulatos tão claros que parecessem brancos ou, quando muito caboclos, deviam ser enviados ao estrangeiro. Mulatos do tipo do ilustre Domício da Gama a quem o Eça de Queiroz costumava chamar, na intimidade, de “mulato cor-de-rosa”.
Morto Rio Branco, desaparecia o critério anti-brasileiro do Brasil se fingir de República de arianos perante os estrangeiros distantes que só nos conhecessem através de ministros ruivos ou de secretários de legação de olhos azuis. E de tal modo desaparecia o falso e injusto critério da seleção de louros que o próprio Barão seria substituído por mulatos ilustres – um deles o grande brasileiro que foi Nilo Peçanha.
Nilo Peçanha… Assistindo também anteontem à fita que reproduz o jogo dos brasileiros contra os poloneses, foi de quem me lembrei – de Nilo Peçanha. Porque o nosso estilo de foot-ball lembra seu estilo político.
O nosso estilo de jogar foot-ball me parece contrastar com o dos europeus por um conjunto de qualidades de surpresa, de manha, de astúcia, de ligeireza e ao mesmo tempo de espontaneidade individual em que se exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha foi até hoje a melhor afirmação na arte política.
Os nossos passes, os nossos pitu’s, os nossos despistamentos, os nossos floreios com a bola, o alguma coisa de dança e de capoeiragem que marca o estilo brasileiro de jogar foot-ball, que arredonda e adoça o jogo inventado pelos ingleses e por eles e por outros europeus jogado tão angulosamente, tudo isso parece exprimir de modo interessantíssimo para os psicólogos e os sociólogos o mulatismo flamboyant e ao mesmo tempo malandro que está hoje em tudo que é afirmação verdadeira do Brasil.
Acaba de se definir de maneira inconfundível um estilo brasileiro de foot-ball; e esse estilo é mais uma expressão do nosso mulatismo ágil em assimilar, dominar, amolecer em dança, em curvas ou em músicas técnicas européias ou norte-americanas mais angulosas para o nosso gosto: sejam alas de jogo ou de arquitetura. Porque é um mulatismo, o nosso – psicologicamente, ser brasileiro é ser mulato – inimigo do formalismo apolíneo – para usarmos com alguma pedanteria a classificação de Spengler – e dionisíaco a seu jeito – o grande jeitão mulato. Inimigo do formalismo apolíneo e amigo das variações; deliciando-se em manhas moleironas, mineiras a que se sucedem surpresas de agilidade. A arte do songa-monga.
Uma arte que não se abandona nunca à disciplina do método científico mas procura reunir ao suficiente de combinação de esforços e de efeitos em massa a liberdade para a variação, para o floreio, para o improviso. Até mesmo a liberdade para a ostentação ou para a exibição do talento individual num jogo de que os europeus têm procurado eliminar quase todo o floreio artístico, quase toda a variação individual, quase toda a espontaneidade pessoal para acentuar a beleza dos efeitos geométricos e a pureza de técnica científica. Sente-se nesse contraste o choque do mulatismo brasileiro com o arianismo europeu. É claro que mulatismo e arianismo são considerados não como expressões étnicas mas como expressões psico-sociais condicionadas por influências de tempo e de espaço sociais.
O contraste pode ser alongado: o nosso foot-ball mulato, com seus floreios artísticos, cuja eficiência – menos na defesa do que no ataque – ficou demonstrada brilhantemente nos encontros deste ano com os poloneses e os tchecoslovacos é uma expressão de nossa formação social democrática como nenhuma.
Rebelde a excessos de ordenação interna e externa; a excessos de uniformização, de standartização; a totalitarismos que façam desaparecer a variação individual ou espontaneidade pessoal.
No foot-ball, como na política, o mulatismo brasileiro se faz marcar por um gosto de flexão, de surpresa, de floreio que lembra passos de dança e de capoeiragem. Mas sobretudo de dança. Dança dionisíaca. Dança que permita o improviso, a diversidade, a espontaneidade individual. Dança lírica.
Enquanto o foot-ball europeu é uma expressão apolínea – no sentido spengleriano – de método científico e de esporte socialista em que a pessoa humana resulta mecanizada e subordinada ao todo – o brasileiro é uma forma de dança, em que a pessoa humana se destaca e brilha.
O mulato brasileiro deseuropeisou o foot-ball dando-lhe curvas, arredondados e graças de dança. Foi precisamente o que sentiu o cronista europeu que chamou aos jogadores brasileiros de “bailarinos da bola”. Nós dançamos com a bola.
Havelock Ellis – que o meu amigo Agrippino Grieco não sei porque supõe um simples Mantegazza inglês, quando Ellis é, na verdade, um dos pensadores mais lúcidos e um dos humanistas mais completos do nosso tempo – se visse o team brasileiro jogar foot-ball acrescentaria talvez um capítulo ao seu ensaio magnífico sobre a dança e a vida.
O estilo mulato, afro-brasileiro, de foot-ball é uma forma de dança dionisíaca.”
título cá da casa, é um gozo ler um grande prosador como Gilberto Freire
Na catedral de São Pedro, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, está o túmulo de Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara que foi Governador de Abrantes e um homem muito importante na Governação do Sul do Brasil e no estudo e defesa das fronteiras.
De Abrantes dedicou a D.Pedro II a '' Representação estudiosa e util para as Magestades, grandeza e vassallos de Portugal'' em 20 de Novembro de 1711 onde dá conselhos à Coroa como defender e povoar a colónia de Sacramento, no actual Uruguai contra espanhóis, guaranis e jesuítas.
Luis Ferrand de Almeida neste texto e na sua tese de doutoramento estudou o assunto com sabedoria, salientando a importância do documento datado da vila abrantina.
A única edição parece ser esta
Aquilo que Veiga Cabral recomendava, ''tratar dos jesuítas'' e da sua ''má'' influência sobre os indíos guaranis, que tinham aldeado na célebres ''reducciones'' foi posto em prática por Pombal e pelos espanhóis, que numa operação militar conjunta massacram os índios e os padres da Companhia.
Como é sabido um célebre filme retratou esta miserável operação colonial ibérica.
bib: A Colónia do Sacramento nos princípios do século XVIII: (uma fonte importante para o seu estudo), Almeida, Luís Ferrand de, Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra
URL
persistente: http://hdl.handle.net/10316.2/46644
DOI: https://doi.org/10.14195/0870-4147_16_22
ver aqui mapas traçados por Veiga Cabral
Uma miúda de 10 anos foi estrupada pelo tio e engravidou. Um tribunal ordenou que abortasse para proteger a criança. O Governo pela voz do Vice, General Mourão defende a justiça e bem. Os fanáticos católicos tentaram impedir a intervenção médica.
E a pia Comissão Episcopal queria que a menina de 10 anos desse à luz.
Estes fanáticos Bispos deixam Bolsonaro como um moderado.
ma
Este cara é o prefeito de Itajaí que anunciou o tratamento do Covide, introduzindo ozónio no anús.
Foi no Vale do Itajaí( capital do nazismo brasileiro) onde morou a Lurian, que a cacique e o IPT trouxeram a Abrantes, e fizeram passar como Secretária de Estado do Brasil, quando era mera secretária dum prefeito rural desse Estado.
Os laços tecidos com esta ignara tropa trouxeram a banda municipal local a Abrantes em 2015.
O genro do ''doutor'' Lula foi lá caçado num abjecto caso de corrupção.
Para completar o quadro só falta o baptizado do netinho da Lurian
E a pergunta vai o cacique do PMDB introduzir ''ozónio'' na bunda da Lurian?
ma
Os vereadores da Várzea Grande pediram a restauração da estátua do Padre Vieira, ex-político federal, conhecido por ser o apóstolo dos burros
Na entrada da cidade
Construíram um monumento
Padre Vieira e um Jegue
Feito de barro e cimento
De modo extraordinário
Para provar que o vigário
É mesmo irmão do jumento
O monumento estar feito
Na entrada da cidade
No gancho das duas pistas
Como prova de amizade
Ao Padre e o jumento
Prestando nesse momento
Merecedora homenagem
O jumento é muito alto
O padre da é mesma altura
Foi Zé Helder quem mandou
Fazer aquela escultura
Formando um documentário
Em homenagem ao vigário
Divulgador da cultura
É na praça do triangulo
Lá no alto do tenente
Padre Vieira e o jegue
Virados para o poente
Tá bonito de se ver
É o tempo de crescer
Da várzea Alegre da gente
O Padre Antonio Vieira
Fez grande divulgação
Dizendo em todo Brasil
Que o jumento é nosso irmão
Não achem ruim se eu negue
Pois não sou irmão de Jegue
Do jeito que vocês são
Eu não sou filho de jega
Pra ser irmão de lopeu
O Padre Vieira era
Pois ele mesmo escreveu
Irmão do jegue eu não sou
Padre Vieira adotou
O jegue como irmão seu
Mas relativo a estátua
Ficou belo o monumento
Não é de carne e de osso
É ferro pedra e cimento
Fizeram com perfeição
O padre passando a mão
Na sarmelha do jumento
Por essa obra tão bela
Queremos agradecer
Ao gestor municipal
Desse tempo de crescer
Por tudo quanto ele fez
Várzea Alegre cada vez
Tá bonita de se ver
Zé Helder está trabalhando
Honrando nossa poeira
Tibúrcio como seu vice
Também ergueu a bandeira
Fazendo aquela homenagem
Perpetuando a imagem
Do Padre Antonio Vieira
Peço desculpas ao povo
Do comentário que fiz
Desculpa ao Jegue porque
Ser seu irmão eu não quis
Quem for irmão do ganjão
Diga Jegue meu irmão
Eu estou muito feliz
Zé Helder muito obrigado
Pelo trabalho que fez
Pois fez um jegue tão grande
Que se dividir dar três
Com o padre forçando o braço
Alisando o espinhaço
Do jegue irmão de vocês
Poeta Antonio de Freitas
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
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