O Boletim Municipal do Sardoal é um magnífico exemplo do que deve ser uma folha informativa duma autarquia. Junta informação institucional, notícias da terra, curiosidades históricas e pretende ser também um elo de ligação entre a comunidade sardoalense espalhada por desvairados destinos.

Enfim o B.M.S. é o exemplo do que devia ser o de Abrantes  e não é, constituindo antes uma espécie de Boletim Oficioso do PS local.

Feita esta homenagem ao Sr.Moleirinho (e pedindo-lhe que seja mais simpático com a D.Maria do Céu, no fim de contas é uma colega e quase foi correligionária sua laranja (1) ) e aos funcionários camarários que fazem a gazeta, reproduzimos uma interessante artigo sobre um dos vultos da política regional e da vida clerical abrantina e sardoalense, o Cónego Martins. Felicitamos a sua Autora pelo vivo interesse que nos despertou a sua leitura.

Acrescentamos que no seu trabalho pastoral abrantino do Cónego se destaca a fundação do Colégio de Fátima (ainda sem Doroteias e  a funcionar no palacete onde está agora a Casa de Santa Maria, imóvel onde se fazem actividades pastorais, funciona uma livraria apostólica quase sem livros (2) e já não sei mais o quê).

Finalmente achamos graça à atitude do Rei D.Carlos descrita no artigo onde se recusava a aparecer junto ao Cónego, então P. da Câmara do Sardoal, porque um Rei liberal não devia acamaradar com clérigos.

D.Carlos também não se esquecia que o Papa tinha excomungado o seu avô, o maçon Vitor Emanuel II Rei de Itália e o homem que terminou com o Estado do Vaticano até que o benemérito Mussolini o restaurou.

Marcello de Ataíde

(1) História que fica para outro dia.

(2) Podiam trespassar a livraria às Edições Paulinas .Assim já teríamos livros católicos em Abrantes!!!! Ou os católicos só devem dar esmolas e a leitura faz-lhes mal?