O Conselheiro João de Matos e Vasconcelos Barbosa de Magalhães que fora Intendente da Polícia no tempo da repressão à conjura de Gomes Freire e que estava deportado na vila por mandato de D.Miguel, morre aqui em 1834 e é enterrado em S.Domingos.
O Campeão Português, 1822 (dirigido por Liberato de Carvalho)
Foi membro do governo, académico na Academia de Ciências, mas sobretudo ficou conhecido porque Camilo o tornou numa personagem do Romance dum Homem Rico.
Nesta época morrem várias personagens importantes do reino na vila, que aqui estavam refugiadas devido à Guerra Civil.
mn
o motim dos Voluntários Reais de Abrantes em 1765, visto pela pena implacável de Camilo, in '' Perfil do Marquês de Pombal.''
mn
o meu barbeiro em Abrantes foi o senhor Camilo, quer queiram.... quer não....
e se calhar também foi o melhor editor local de postais,
histórica..... esta vista aérea
como destruíram os edis e os negociantes esta cidade?????
perguntem ao povo, que..... ele conta.....
porquê????
vil metal e ignorância asinina
mn
Vejam esta verve plenamente actual a página 161 deste livro de inícios do século XXI
''Padre Nosso que estais no Céu,
acima dos grupos económicos, dos lóbis e multinacionais; do Banco Mundial,
da Wall Street, do F.M.I. e das mafias internacionais.
Que sois muito maior do que o Belmiro, o Amorim, o Pinto da Costa, o Balsemão, o Chapalimaud, o Jardim Gonçalves e o Presidente da República,
(Por isso vos chamam Todo Poderoso) defendei-nos dos políticos corruptos e demagogos,
da globalização e das máfias do futebol.
Vós que mandais mais do que a polícia, os bancos, os tribunais, os partidos, a televisão e o Governo, ponde um travão nessa cambada
para que não maltratem o povo.
Perdoai, Senhor, as filha de putices que nos fazem.
Perdoai aos nossos irmãos transviados, e aos que nos querem foder, pois uns e outros não sabem o que fazem.
Não nos deixeis cair em fornicação sem preservativo e livrai-nos,
para todo o sempre, das doenças venéreas.
Amen."
É vernácula demais a linguagem?
Só quem não leu José Agostinho de Macedo é que pode corar como uma catequista a ler Vilhena e depois aplaudir as patacoadas insultuosas do primeiro esposo do concelho através duma rádio que já foi livre.
Resgatámos um texto abrantino de Mestre Vilhena que reproduzimos com a devida vénia para que os moralistas pensem duas vezes antes de começarem a uivar.
POR UMA BOA QUECA
Saudades da drª. Edite Estrela
POR FAVOR, NÃO FODAM A LÍNGUA PORTUGUESA!
Pedro Marques, esforçado dirigente da JSD de Santarém, endrominou uma moção de estratégia para o próximo Congresso do PSD a que chamou «Por uma boa queca».
Politicamente correcto, este título (pois a política anda cada vez mais rasteira), não o é quanto à semântica. De facto, a palavra queca não existe em português vernáculo. Não vem em qualquer dicionário. Alguns ignorantes usam-na sem saberem que se trata de uma corruptela da palavra queda, vocábulo antiquíssimo, do tempo em que foder acontecia quando a mulher estava em decúbito dorsal, quer dizer com os costados no chão e as pernas abertas pronta a levar a bela foda. Dizia-se então que estava em «queda», ou «caída».
Hoje isso está ultrapassado. As fodas, na grande maioria dos casos, não acontecem com a mulher naquela atitude (aliás ridícula). Há mesmo muitos fornicadores encartados que a desconhecem. As fodas, hoje, dão-se de pé, sentado, de cócoras, à canzana, enfim, numa das 32 posições bem explicadas no Kama Sutra e idênticos manuais (alguns admitem 36), raramente em queda (ou em queca).
Mal vai à JSD quando tem um dirigente que lança uma moção de estratégia sobre Educação Sexual e só sabe foder numa posição!...
Tudo isto nos faz sentir saudades do tempo em que a drª. Edite Estrela policiava os assassinos da língua portuguesa nas suas charlas da televisão. Ninguém melhor do que ela sabia que «queca» é uma aberração.
Infelizmente a ilustre especialista da língua já não se move nessa área. Mudou-se para a política, para Sintra, para o dolce far niente e todos ficámos a perder. Com ela, não haveria gaffes nas quecas.
BOAS QUECAS
O verbo correcto a usar na famigerada moção seria foder, que tem origem no latim – fodio, fodis, fododi, fodossum, fodere – e significa furar, picar. Por isso, a proposta do Sr.Pedro Marques devia intitular-se POR UMA BOA FODA. Ele pode dar umas boas quecas nas miúdas lá da JSD mas do que não tem direito é de foder a língua portuguesa.
José Vilhena in
onde ficou imortalizado o ex-chefe do Pico, Sr.Dr.Pedro Marques.
publicado por Miguel Abrantes
Armando Fernandes escreve na Barca ''(os) sujos e ignaros fidalgotes de província''.
Ora descende Armando Fernandes duma família certamente empobrecida de ''fidalgotes de província''
Escreve Aquilino Ribeiro ''MANUEL DOS REIS DA SILVA BUÍÇA - Buíça é um título que pertence a um Brazão d'Armas que foi cunhado em 1724 por um seu antepassado - pertencia a uma família nobre brasonada, e abastada, do Norte de Portugal.''
Toda a gente sabe (escreveu-o Armando Fernandes, que é parente próximo do regicida MANUEL DOS REIS DA SILVA BUÍÇA, filho dum abade de Vinhais), e que a sua família deixou de usar o apelido Buiça para fugir com o rabo à seringa.
Mas todas as descrições apresentam MANUEL DOS REIS DA SILVA BUÍÇA como um fidalgote de província, da mais remota e subdesenvolvida de Portugal certamente, mas como um homem higiénico e relativamente culto.
Aderiu Armando Fernandes (que já percorreu quase todo o espectro político) a alguma seita que quer obrigar o pobre Buiça a ser um porco e um ignaro?
O repúdio dos antepassados, aquilo que Freund chamava matar o pai, é admissível mas emporcalhá-los e torná-los analfabetos é revoltante.
O filho do Abade de Vinhais antes de ir matar o Rei deixou uma carta aos filhos: ''Meus filhos ficam pobrissimos; não tenho nada que lhes legar senão o meu nome e o respeito e compaixão pelos que soffrem. Peço que os eduquem nos principios da liberdade, egualdade e fraternidade que eu commungo e por causa dos quaes ficarão, porventura, em breve, orphãos.''
Pede que respeitem, o apelido do Buiça cujos antepassados tinham um brasão em 1794.....
Foi esse nome que a parte da família do Sr. Armando Fernandes renunciou por razões de comodidade pessoal....
Mas houve outros na família menos dados ao medo que continuaram a usá-lo e se honram dele.
E o Sr.Fernandes lá por ter agora amigos duma seita obscura não tem de enxovalhar Buiça chamando-lhe porco e analfabeto.
Aqui podem ver uma carta duma sobrinha neta que conta a história, descreve com base em Aquilino e em papéis da família como era o regicida. Tudo o contrário do que sugere Fernandes.
E se Fernandes não se referir a Buiça e queria generalizar está a meter água na sopa e a receita sairá aguada.
Um tal Luís de Camões, que era um fidalgote de província, era ignaro?
Um tal, Camilo Castelo Branco, também era ignaro?
Depois vem a fonte bibliográfica onde o Fernandes bebeu.
Uma tal Madame Junot que passou a vida a dizer que era Duquesa de Abrantes porque o ex-sargento Junot recebeu tal mercê de Napoleão.
Mas pode-se confiar no seu testemunho?
Escreveu um historiador francês: Jean Tulard, dans sa "Bibliographie critique des Mémoires sur le Consulat et l'Empire" a placé les Mémoires de la duchesse d'Abrantès parmi les tout premiers (n° 2), mais pour des raisons alphabétiques uniquement. Car il écrit "Il convient toutefois de n'utiliser qu'avec précaution le témoignage de la duchesse d'Abrantès que Théophile Gautier a surnommé, non sans raison, la duchesse d'Abracadabrantès."
Napoleão chamava-lhe a pequena peste
"Le duc et la duchesse d'Abrantès en famille" par Marguerite Gérard (Grasse 1761 - Paris 1837)
E não contente com isto arrasou as pretensões aristocráticas da ''Duquesa'' no Memorial de Santa Helena.
Portanto as Memórias da Duquesa devem ser lidas com prudência e não são a Bíblia.
a Princesa vista por Rafael Bordalo
São mais do género de ''Portugal a vol d'oiseau'' da Princesa Ratazzi (vagamente Bonaparte) que um fidalgote ignaro e porco (para seguir a definição de Armando Fernandes), Camilo Castelo Branco ''traduziu'' com um título demolidor ''Portugal em voo de Pássara''.
Miguel Abrantes
Sobre Buiça ler aqui um artigo duma parente sua do ramo da família que não fugiu com o rabo à seringa.
E ainda para ver qual o grau de higiene de Portugal no tempo de Camilo uns parágrafos seus insultando Ratazzi e falando da bicharia que frequentava os hotéis de Lisboa:
"Fala muito de faguêtes que a incomodam, e diz que Vm.cê é o diminutivo de V. Exc.a. Investigando a linguística, observa que não dizemos o rei, mas el-rei; e que oel é recordação mourisca e vestígio da ocupação dos árabes. Confunde o artigo espanhol el (do latim ille) com o artigo arábico al, prefixo a muitas palavras portuguesas. As Therezas philosophas são muito mais vulgares que as Therezas philologas. Diz que o nosso ai Jesus! também é muçulmano, e o se Deus quiser também é vestígio arábico. É uma mulher das arábias, ela!
Foi aos touros; viu os capêlhas portugueses, e os torreros e os forçados (forcados) que ela diz assim chamarem-se, forçados, porque forçam os aplausos. Está em primeira mão esta sandice.
Em uma página útil e talvez a única proveitosa aos viajantes, informa acerca dos hotéis. Diz que no "Hotel de Lisbonne" há muitos ratos; no "Alliança" percevejos; e no "Gibraltar" baratos (não confundir preços baratos com "baratas", ou "carochas"). Depois desta asseveração impugnável, esteia a sua afirmativa em uma passagem do Cousin Bazilio onde se lê que em Lisboa há percevejos. Luxo escusado de erudição. Os percevejos em Lisboa são duma tamanha evidência fétida e matemática que se dispensava o testemunho do snr. Eca de Queroz (...). "
O Jazigo de A. Herculano
À portaria do mosteiro augustiniano da Piedade, em Santarém, chegou em 1762 um homem na flor dos anos a pedir o hábito. Mostrou pelos seus documentos chamar-se João Correia Botelho, e ser de Vila Real de Trás-os-Montes. Viera de longe propelido por uma grande catástrofe. A profissão era o acto final de uma tragédia que eu escrevia frouxamente nesta minha idade glacial, se tivesse vida para urdir o romance intitulado os Brocas. Como a história é enredada e de longas complicações, nem ainda muito em escorço posso antecipá-la. Se eu morrer, como é de esperar da medicina, com a malograda esperança de escrever este livro, algum dos meus sobrinhos encontrará nos meus papéis os elementos orgânicos de uma história curisa e recreativa.
*
O pai do frade augustiniano era Domingos Correia Botelho, meu terceiro avô paterno. Este homem casara duas vezes. Quando, já velho, contraíu segundas núpcias, entregou aos filhos da primeira consorte os seus avultados patrimónios. João Correia, ao vestir o hábito de agostinho descalço, era rico. O outro filho, Manuel Correia Botelho, meu bisavô, residiu em Vila Real. Havia mais duas filhas que professaram em um mosteiro de Abrantes. E, como a segunda esposa lhe moresse, o viúvo, com um filho e duas meninas do segundo matrimónio, foi residir em Santarém, onde o chamavam o amor e a saudade do seu desgraçado João.
Domingos Correia morreu à volta dos oitenta anos, e confiou à protecção do filho frade os seus meios-irmãos José Luís, Ana Bernardina e Joana.
Em nome de José Luís Correia Botelho, comprou frei João a quinta de Gualdim, na Azóia de Baixo, onde foi residir a família. Depois, ainda a expensas do frade, uniram-se à quinta algumas propriedades circunvizinhas, esculpiram na casa o seu brasão de armas e aí permaneceram até que este ramo da família Correia Botelho, no lapso de vinte e cinco anos, se extinguiu.
José Luís, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, dotara sua irmã Ana Bernardina com a quinta de Gualdim e suas pertenças, para casar com um Ferreira Mendes. Por morte deste sujeito, casou D. Ana, em 1794, com Pedro Vieira Gorjão, da Vila de Torres.
Não teve D. Ana filhos de algum dos maridos; mas em 1807 chamou para a sua companhia um afilhado e sobrinho do segundo esposo, que também se chamou Pedro Vieira Gorjão.
José Luís Correia Botelho faleceu em 4 de Março de 1808, e sua irmã em 1811, legando os seus bens ao afilhado Pedro, sobrinho de seu marido. Este herdeiro universal dos bens comprados pelo frade, veio a ser o general de brigada Pedro Vieira Gorjão, que nascera a 28 de Maio de 1806, e faleceu na quinta de Gualdim em 9 de Agosto de 1870.
Aquele general foi, como é notório, particular amigo de Herculano. É também sabido que o cadáver do egrégio historiador, sete anos depois, foi encerrado no jazigo do seu defunto amigo.
Eu não sei se o general Gorjão removeu do carneiro da capela de Gualdim ou do pavimento da igreja da Azóia para o jazigo construído no adro os ossos dos Correias Botelhos, e especialmente os da sua madrinha, que privara os consanguíneos da herança para lha transmitir a ele. É natural que sim.
*
(…)Conjecturando, pois, que os ossos de A. Herculano esperam a ressurreição da carne, de camaradagem com meu terceiro avô, Domingos Correia Botelho, sinto extraordinária alegria, antevendo o meu antepassado, evidentemente um bronco analfabeto, ao lado do primeiro historiador da Península, no dia do juízo universal!
Por outro lado, contrista-me a ideia de que A. Herculano, na congregação cosmopolita de Josafat- onde se há-de operar a reorganização mucosa e celular dos estômagos e dos fígados- sentirá pejo de se sentir ao lado de uns companheiros de jazigo que foram infamados de judeus. Porque meu tio-bisavô José Luís Correia Botelho (horresco referens!) quando professou na Ordem de Cristo em 1788, viu-se em pancas para contraditar as testemunhas do inquérito que uniformemente aseveravam ser ele terceiro neto do cavaleiro de Sant’Iago, Martim Machado Botelho, e da judia de Vila Real, Raquel Mendes. Ora eu, acreditando por justos motivos que as testemunhas, todas fidalgos de Vila Real, juraram a pura verdade, presumo piedosamente que a veneranda viúva de A. Herculano e seus amigos, por ignorância, colocaram em péssima companhia os ossos do plangente cantor da Paixão de Jesus da Galileia, crucificado pelos judeus. Além disso, a senhora D. Guiomar Torresão que visitou Vale de Lobos e a sepultura do insigne Mestre no adro da igraja de Azóia, escreveu por esse tempo uns lucilantes artigos em que deixava entrever o catolicismo do autor da Voz do Profeta nestas expressões eloquentes…Entrámos na capela (em casa de Herculano) no extremo da qual se vê um altar ricamente ornamentdo de lavores doirados e guarnecidos de valiosas imagens de uma alvura marfínea que destacam na penumbra recortando os seus bustos seráficos. E acrescenta com literária emoção: Instintivamente os nossos lábios murmuram ali a doce “PREGHIERA” que A. Herculano põe aos pés do Crucificado do admirável prefácio do “PÁROCO DE ALDEIA” e pergunta-se em que obscuro ponto de casuística se fundavam esses juízes da cnsciência humana que ousaram chamar ateu ao mais crente e virtuoso de todos os espíritos dissidentes do velho dogma católico…
Também o Sr. Oliveira Martins, sopesando a consciência religiosa do preclaro escritor, nos diz no “PORTUGAL CONTEMPORÂNEO” que Deus era para Herculano o deus cristão.
Pois, não obstante a capela e as imagens idolátricas dos santos em altares ricamente ornamentados- tanto monta que sejam belas esculturas como grosseiros manipanços- a minha razão, reagindo aos escrúpulos, sugere-me que Alexandre Herculano, o incomparável autor da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal- ele que nos fez chorar sobre a sorte desastrosa dos hebreus- não se envergonhará de ressurgir da sua primeira para a segunda imortalidade entre os obscuros e malsinados descendentes de Raquel Mendes, a judia, por alcunha a Barbada, minha 5.ª avó.
Camilo Castelo Branco, Boémia de Espírito
dedicado ao furor sionista do PSD por Marcello de Ataíde
PS- Façam o favor de não mandar a quinta-avó de Camilo ao barbeiro......
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