Este é um olhar sobre Abrantes.
Numa dos lugares nobres da Cidade, a velha Ferraria, onde no medievo passearam os mercadores judeus e os cónegos da colegiada de São Vicente, a histórica tipografia Águia de Oiro, em ruínas.
Uma visão da Acrópole abrantina, o morro do Castelo e o panteão feudal dos Almeidas, debruada sobre casas a cair.
Agradeçamos a quarenta anos de gestão socialista, que vos contempla.
ma
O relógio de Sol do Castelo é único em Portugal e está muito desprezado. Ler o colega Coisas de Abrantes
D.João de Almeida lança uma pobre mulher sem motivo na prisão, provavelmente no Castelo. Não há processo, o preclaro Almeida abusa do poder. A vítima, Maria Anes, foge do cárcere e esconde-se e invoca a Justiça do Venturoso, que muitas vezes estava por Abrantes.
O Rei perdoa-lhe tudo, em troca de mera multa processual, desautorizando o Almeida, que como donatário tinha alguns poderes judiciais e policiais em Punhete.
D.Manuel já tinha razões de agravo (e fartas dos Almeidas), tem mais outra.
A notícia da fuga do Castelo, é dada por este documento da Chancelaria Régia, sumariado pela Torre do Tombo: e que se publica com a devida vénia.
''Estando em sua casa Simão Leal e João Gonçalves, ambos aí moradores, e estando ela em casa de uma vizinha, não fazendo nem dizendo de ninguém nenhum mal, os dois se houvera de razões, e Simão Leal ferira João Gonçalves com uma faca na cabeça, e lhe dera uma riscadura numa das mãos, de que logo fora são e sem aleijão. E estando em aquele tempo em Punhete o conde Abrantes, este a mandara prender, dizendo que os homens se haviam ferido por culpa dela. E, vendo-se presa 8 meses na cadeia, sem dela haver querela nem estado, temendo-se de jazer em prisão prolongada, gastando seu como não devia, fugira, abrindo somente a porta, que estava fechada com uma aldraba; e assim abrira um elo dos ferros com que a prendiam, se pusera a salvo, e se amorara. E João Gonçalves, que fora ferido, lhe perdoara segundo um público instrumento de perdão, feito e assinado por Manuel Fernandes, tabelião em Santarém, aos 10 de Outubro de 1500. Enviando a suplicante pedir, el-rei lhe perdoou contanto que, pela fugida, pagasse 300 rs. para as despesas da Relação - que logo pagou a Francisco Dias, por um seu assinado e outro de Gomes Eanes, escrivão, por João do Porto -, e pelo caso principal, por que fora presa, pagasse 1.000 rs. para a Piedade . Diogo Lasso a fez.''
Em 2018 foi defendida esta tese de mestrado, ''IDENTIDADE EM CONTRASTE , DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO À REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, CONVERSÃO DO CASTELO DE ABRANTES EM POUSADA'', na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, pela Arquitecta Patrícia Maria Fernanda de Matos.
A ideia de reconverter o Castelo em Pousada já foi equacionada nos anos 60, pela CMA e DGMN, aquando das grandes obras de intervenção que levaram à demolição das instalações do velho quartel de Artilharia.
A tese tem algumas boas ideias e enferma de lugares comuns como o elogio das desastrosas políticas municipais da cacique e sucessores, caracterizadas pelo despesismo e pela destruição do património.
Assim elogia-se o ''bunker ''como grande obra de arquitectura e até se diz que foi premiado, coisa que não sucedeu.
Mas faz-se uma abordagem histórica do Castelo muito fraquinha e com evidentes erros, produto da consulta da bibliografia municipal recente, que é medíocre. e está eivada de delfisnescos disparates.
Dizem-se coisas absurdas, que parecem de história-ficção:
O título concedido a D.Rodrigo não é dado por D.Afonso VI, que já estava morto quando o seu sobrinho-neto, D.João V cria o marquesado. A obra do dito Palácio dos Marqueses, é pois já do reinado do ''Magnânimo''.
O terramoto que arruinou a Torre de Menagem é de 1531, e não posterior a D.Pedro II.
A parte sobre a Idade Média é sumária e vê-se que não se consultou a obra básica ''Abrantes Medieval'' da Professora Doutora Hermínia Vilar.
Sustentar que a artéria medieval abrantina por excelência era a R. Correia de Lacerda, unindo a alcáçova a S.Vicente, é de novo fazer ficção histórica.
A autora citada considera a Rua Grande como a grande artéria da urbe, nos tempos feudais.
Finalmente dizer que o Castelo nunca sofreu nenhuma intervenção desde a Idade Média, é entre outras coisas esquecer a grande campanha de obras dos anos 60/70 da DGMN ou que a Fortaleza foi um equipamento militar importante até quase 1960, com múltiplas intervenções da engenharia militar desde o século XVII.
mn
foto da DGMN -desentulhando a Porta da Traição
Uma reportagem dum turista brasileiro. Bem feita
Nova construção numa rua de acesso ao Castelo (foto do sr.Herlânder Gomes).
Assim deixava construir a cacique, numa zona monumental.
É do baril.
ma
Esteve hoje na sessão da CMA, o João Furtado dos Bombeiros Voluntários. Discutiu-se a questão dum fogo no Centro Histórico.
Entretanto na página municipal o povo opina sobre o matagal nas Encostas do Castelo e noutros sítios:
A nenhum destes comentários foram capazes de responder os caciques.
mn
MANUSCRITO
AZEVEDO COUTINHO, Brigadeiro António de.
Conjunto de trinta e quatro (34) documentos, respeitantes a este distinto oficial que fez as campanhas de 1797, de 1801 a 1814, condecorado com a Torre Espada, entre os quais atestações, relações, ordens escritas por ministros ou secretários de Estado, assinaturas dos quais destacamos os seguintes: 1 - Atestação do mérito e lealdade pelo desembargador Lucas de Seabra da Silva, Intendente Geral da Polícia. Escrito pelo próprio, que assina. 2 - Certificação do Comandante da Polícia, Filipe de Sousa Canavarro,em 1810. Com selo rendilhado.; 3 - INSTRUÇÕES que devem seguir os Corpos dos Voluntários Reais. Redigidas no Real Mosteiro de Alcobaça em 23 Fevereiro de 1808. 4 págs A4, em bom estado. Provavelmente cópia da época.; 4, 5- Dois (2) documentos respeitantes à educação do seu filho no Real Colégio Militar, um deles escrito pelo fundador do Colégio, Teixeira Rebelo, em Novembro de 1815, sobre as moléstias do filho.; 6, 7 - Duas (2) relações judicativas das Informações e antiguidades dos Oficiais em Abrantes, em 1829.; 8 a 12 - Quatro (4) ORDENS DO DIA, do Quartel General do Pateo do Saldanha, em 1820.; 13, 14 - LISTA DOS OFICIAIS do Regimento de Cavalaria 11, no ano de 1811. grande desdobrável, comandado então por Azevedo Coutinho. E lista parecida, algum tempo antes, quando Azevedo Coutinho era ainda Tenente Coronel, e o posto de Coronel e de comandante estava vago.; 15 - Petição ao Governador militar de Abrantes Azevedo Coutinho, assinada por vários cidadãos abrantinos, em Julho de 1827 para melhor proteger as vias de comunicação de ataques de alguns espanhóis. 3 págs., A4.; 16 - ORDEM de criação dos Voluntários Reais, passada em Tomar, 1809, pelo comandante em Chefe do Exército Antonio Miranda Henriques, sendo Azevedo Coutinho encarregado de os organizar.; 17 - CERTIFICAÇÃO da conducta recta e justa do Major Azevedo Coutinho na 1ª Companhia de Cavalaria da Polícia, assinada por várias oficiais e praças, em 1808.; 18 - CAMPBELL, Tenente Coronel John. CERTIFICAÇÃO da sua satisfação pelos serviços prestados por Azevedo Coutinho. Campo Maior, 1811. 3 págs. A4. Provável cópia, já que está redigido em fluente português e em letra amanuense. Invulgar conjunto, numeroso, respeitante a uma personalidade militar de reconhecido valor.
MANUSCRITOS
DOCUMENTOS MILITARES ENTRE 1820 E 1830.
Conjunto de doze (12) documentos entre os quais destacamos: - Os assinados pelos oficiais Manuel Xavier Palmeirim, ou António Caetano de Souza Pavão. ; - Cartas ao Barão de Ponte da Barca (o Coronel Jerónimo Pereira de Vasconcelos) enviadas pelo Barão de Almofalla. ; - Ordem para os corpos de forrageadores. - Atestados de bons serviços. - Petição de um carcereiro. - Informação abonatória do capitão Veríssimo Álvares da Silva, herói nas batalhas em Espanha, governador de Abrantes, por parte do seu comandante António Azevedo Coutinho. Em folha impressa e manuscrita, escrita no quartel de Abrantes em 1-1-1828. - Cédulas de pagamento à viúva de soldado morto na campanha do Roussilhão. - Descrição do feito heróico do Coronel Jerónimo Pereira de Vasconcelos, em 1827, contra as tropas realistas na ponte da vila da Barca, que lhe valeu o título de barão da Ponte da Barca e depois Visconde. Muito interessante.
Descrição e negócio feito na conhecida leiloeira Correio-Velho
ma
Agradável surpresa. Mas denota-se alguma falta de cuidado e preservação, mas fora isso, local calmo e agradável.
Luís C.
Este castelo é bonito e a sua história interessante. Na torre de menagem está um marco geodésico(?) que considero um crime ter sido colocado no topo deste edifício histórico. Carece de limpeza de vegetação no interior junto à “porta da traição” e nalgum exterior, que em algumas partes parece mesmo abandonado! Não encontrei folhetos turísticos específicos do castelo ou da cidade. A única informação escrita obtida, foi um pequenino folheto editado pela “Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo”, sediada em Tomar. Os funcionários no castelo foram de um profissionalismo e de uma simpatia inexcedíveis.
Joana Belo
Depois de uma rota pelas aldeias históricas de portugal e comparando com outros castelos, este apresenta se algo degradado e pouco cuidado.
As vistas deslumbrantes não escondem o olhar desatento dos responsáveis máximos que tutelam uma peça deste valor histórico/cultural.
Não se percebe como numa época de turismo se desleixe desta maneira
Carlos S.
Construção em relativo bom estado de conservação, com um museu no seu interior, mas o mesmo sem um guia habilitado a dar informações relevantes sobre o dito museu
Ana Reis
Opiniões selecionadas no Tripadvisor com a devida vénia
A proposta classificada em 2º lugar no Concurso de Ideias pró Castelo queria construir um 3º andar na torre de menagem.
Eram autores:
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)