EM ABRANTES
''Abrantes, 21 — A Câmara Municipal deliberou prestar todos os auxílios e socorros que possa aos habitantes da povoação do Rocio, inundada pelo Tejo. E em cumprimento dessa deliberação mandou fornecer já camas, luz e casa a homens, mulheres e crianças, para quem o administrador do concelho pediu albergue..
A casa destinada para esse asylo é a antiga cadeia, hoje transformada
em espaçosas e confortáveis salas.
O administrador requisitou rancho do quartel de caçadores para aquella
pobre gente. Abrantes tem cortadas as comunicações com todas as freguezias do sul e quasi todas as do norte.
Requisitados pela administração do concelho, estão sendo distribuídos
perto de 300 ranchos por dia a inundados pobres do Rocio. São, como deixamos dito, fornecidos pelo quartel do batalhão de caçadores n. 1.
Na ribeira de Alferrarede morreu uma criança afogada.
As ribeiras de Valle de Rãs, Coalhos, Alferrarede e Rio Torto tomaram
um volume de água extraordinário''
jornal brasileiro 1910
Em 1979, houve umas cheias terríveis no Ribatejo. O Rossio ao Sul do Tejo foi uma das povoações mais afectadas. No último trimestre desse ano, Lourdes Pintasilgo assumia a chefia dum governo efémero, muito contestado pela Direita e pelo PS, quase só apoiado por Eanes.
Desdobrou-se em visitas pelo País e veio a Abrantes, onde recebeu os protestos dos descontentes e prometeu mudanças.
A Capital 22-10-79
Numa reunião da Junta do Rossio com comerciantes elaborou-se um documento com os protestos, críticas ao Zé Bioucas, Presidente da autarquia e à burocracia da administração central. Era Presidente da Junta, o Jorge Pombo, que depois foi Vereador PS, passou ao PRD e depois ao PSD, salvo erro.
Numa audiência com a chefe de gabinete da Pintasilgo, o Pombo e a Comissão, Maria José Lamoroso Delgado e Edmundo Navalho, comerciantes, tinham anteriormente explicado as causas das cheias e os graves prejuízos da terra.
E acusaram o Mendes, que era concessionário das areias, de ser um dos responsáveis pelo assoreamento do rio.
O Mendes terminou (antes de falido) mandatário da cacique em 2009
mn
documentos reproduzidos`: Fundação Cuidar o Futuro, que guarda o espólio da Pintasilgo.
E uma pergunta: como é que a senhora guardou papéis que deviam estar num arquivo púlico?
As agendas do Salazar estão na Torre do Tombo, não em mãos privadas.
Aviso da CM de Santarém
Era Fevereiro de 1947
mn
Dezembro, Diário Ilustrado
CMA
PUA-Plano de Urbanização de Abrantes:
Leito — Terreno coberto pelas águas quando não influenciadas por cheias extraordinárias, inundações ou tempestades; no leito compreendem-
-se os mouchões, lodeiros e areais neles formados por deposição aluvial; o leito é limitado pela linha que corresponder à extrema dos terrenos
que as águas cobrem em condições de cheias médias, sem transbordar para o solo natural, habitualmente enxuto, correspondendo, conforme os
casos, à aresta ou crista superior do talude molhado das motas, cômoros, valados, tapadas ou muros marginais
Rádio Hertz
Zona ameaçada pelas cheias — Área contígua à margem de um curso de água que ainda não foi classificada por decreto, embora se encontre
ameaçada pelas cheias. As zonas ameaçadas pelas cheias estendem -se até à linha alcançada pela maior cheia que se produza no período de um
século ou pela maior cheia conhecida, no caso de não existirem dados que permitam identificar a anterior.
Artigo 33.º
Abrantes — Zona Histórica (U.C. / Z.H.1) e Rossio
ao Sul do Tejo — Zona Histórica (U.C. / Z.H.2)
1 — No Rossio ao Sul do Tejo, nas novas edificações, as cotas dos pisos de habitação, terão que ter uma cota superior ou igual a 35 metros.
Nos pisos a cota inferior, os mesmos não deverão ter uso habitacional, em todo o caso, é aos interessados, proprietários ou utilizadores de qualquer edificação ou parte situada à cota inferior à de 35 metros que compete prevenir ou obstar aos efeitos que por acção directa ou indirecta (por exemplo incidência negativa nas infraestruturas urbanas) decorram de eventuais cheias no Tejo.
2 — Nas áreas referidas no ponto anterior, em zonas ameaçadas pelas cheias, não são permitidas garagens abaixo da cota do terreno,
nem construção de caves.
Art 36 2º
a) O uso habitacional está limitado pela cota de nível de 35 metros devido à cota altimétrica do leito de cheias do rio Tejo. Os pisos com
cota inferior não poderão ter uso habitacional, em todo o caso, é aos interessados, proprietários ou utilizadores de qualquer edificação ou
parte situada à cota inferior à de 35 metros que compete prevenir ou obstar aos efeitos que por acção directa ou indirecta (por exemplo
incidência negativa nas infraestruturas urbanas) decorram de eventuais cheias no Tejo
Depois de verificar que a nova construção está em em leito de cheia, e verificar que o Parque de Campismo e Caravanismo também, tenho de dizer que, por muitas babelas que diga o referido art 33 do PUA, a CMA é cível e penalmente responsável pelos danos (incluindo morte) sofridos eventualmente por utilizadores do parque referido devido a inundações, porque é dona dele.
Um regulamento camarário não pode afastar as disposições do Código Penal e Civil, como é óbvio.
MN
A foto é municipal e não há melhor exemplo do desleixo municipal. Toda a gente sabia que o Tejo iria subir face ao estado das barragens e às previsões meteorológicas.
Este equipamento que o dr. Velez, grande Advogado da Cidade e dirigente local do CDS-PP, crismou, cáustico e sarcástico, a barraca do Kadafi, o nómada berbere justiçado pelo povo, continuou montado, quando era mais lógico que o desmontassem para que quando o beduíno ressuscitasse ter onde se acolher com as suas camelas, que o meu amigo José Luís Pechirra e o Sócrates tanto amam.
Mas era fim-de-semana e a Páscoa da Ressurreição e a tropa municipal tinha de comer as amêndoas.
E a tenda lá continuou plantada, para vogar nas águas revoltosas do nosso Tejo.
CMA
Não há cheias ao fim de semana como não há notícias na rádio que recebe dezenas de milhares de euros para fazer propaganda da recandidata.
Eu faria da minha opa da Procissão dos Passos, onde vi a recandidata e o 2º esposo do Concelho, o 1º é o esposo da chefa, acompanhar uma Procissão, chefiada por um cónego a contas com a polícia, um estandarte roxo da vil tristeza abrantina onde até a Páscoa, que devia ser florida e alegre, é roxa e quaresmal, devido ao ignóbil desleixo desta tropa que nos governa....
Mas a recanditada fez da barraca...uma barracada....como o foi a sua mensagem das gralhas...
Caem as estradas, produto das célebres empreitadas à maneira e acha-se que isto é tão normal, como normal é o próspero Júlio Bento enriquecer enquanto Vereador e enquanto adjudicava empreitadas e o Sr.Carvalho andar pelo mundo em viagens de missionação gabando a excelência da modernização administrativa abrantina, que só tem dois nomes, antigos e vis, caciquismo e clientelismo.....
É normal, talvez seja, mas é triste ver um povo submisso e habituado a ser governado desta forma, a continuar a olhar para um poder medíocre e piroso, com a mesma atitude beata com que olha para a Virgem de Fátima.
Temos de ser governados por esta gente????
As cheias não são pragas bíblicas, são ocorrências normais e cíclicas no velho Tejo e só são complicadas porque quem implanta no leito do Rio porcarias mil ou impermeabiliza as margens multiplicando os danos e semeando o caminho da tragédia....
Finalmente havia uns tótos que diziam que isto não é uma cheia.....
Blogue Pinheiro de Abrantes
Fotos da empreitada : João de Matos
isto não é uma cheia, um corrupto não é um corrupto, e a Céu não é uma cacique....
Ámen
Marcello de Noronha
a recanditada Albuquerque acaba de postar no seu facebook
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